Levantou-se e despiu a roupa que envergava. Dirigiu-se à casa de banho e dentro de momentos refrescava-se com um banho de água fria. Depois daquele duche resolveu, fazer a barba, que havia seis dias não era feita.
Em seguida penteou-se com esmero, envergou roupa., limpa e passados momentos percorria as ruas de Kansas City.
Seis dias de imobilidade haviam-lhe emperrado as pernas e andando um bocado a pé, desentorpecia-as.
Todos o fitavam com certo receio e respeito, pois eram já conhecedores das atitudes do rapaz.
Sentiam por ele grande admiração, não só pelo seu procedimento violento, como também pela coragem que demonstrara ao salvar de uma morte certa a filha do rancheiro Taylor.
Haviam-se criado dois partidos. Um, desfavorável ao rapaz, considerava a salvação de Jane como um acaso furtuito. O outro, favorável, considerava aquele ato como prova dos bons sentimentos do jovem forasteiro, relegando para segundo plano as suas qualidades de brigão, que atribuíam à sua juventude fogosa.
Nelson Montgomery continuou o seu passeio, completamente alheio ao que se passava em seu redor.
Não lhe interessava o modo como o classificavam, pois tinha a certeza de que, dentro em breve, a opinião pública se inclinaria a seu favor.
De repente ouviu o barulho de um carro puxado por cavalos e olhou.
Frank Taylor e Jane acabavam de chegar à cidade. Não o viram e pararam em frente de um estabelecimento pertencente a um Dal Cooper, onde se vendiam os mais diversos artigos para ranchos.
Nelson, ansioso por estar com a rapariga, resolveu fazer-se encontrado com eles.
Deixou-os entrar no estabelecimento e depois, pacatamente, dirigiu os seus passos para lá.
Entrou no momento em que eram atendidos pelo empregado.
Este, devido à sua posição frontal, foi o primeiro a vê-lo e inadvertidamente estremeceu.
Aquele movimento fez que a rapariga voltasse a cabeça e encarasse com Nelson que pana eles se encaminhava com um sorriso prazenteiro nos lábios.
— Papá! — exclamou a rapariga .— Olha quem aqui vem.
— Nelson Montgomery — proferiu o rancheiro.
— Bons olhos a vejam, Jane. «Mister» Taylor... --saudou o rapaz com um aceno de 'cabeça.
Ambos apertaram efusivamente a mão de Nelson, perante o patente espanto do empregado do estabelecimento que não queria acreditar no que os seus olhos viam.
Seria possível que o potentado Taylor demonstrasse tão grande amizade por um pistoleiro daquele calibre? Se lho contassem não acreditava.
Entretanto, os três conversavam animadamente. Haviam-se afastado um pouco dos restantes clientes, de modo a não serem escutados.
Taylor dizia naquele momento:
— Fiquei sem fala, quando Holden me contou tudo. Confesso-lhe que a princípio duvidei das palavras do xerife.
— Pois é verdade, «mister» Taylor — murmurou o rapaz com um ricto de amargura nos olhos. — A minha vida, infelizmente tem sido assim. Semente de uma coisa me não podem acusar. É de crimes de morte. Matei sim, mas sempre de frente.
— Isso não quer dizer nada, meu amigo — interrompeu-o o rancheiro. — Todos nós podemos ter um desvio para o mau caminho. Poucos, porém, têm a coragem que você demonstra possuir, para enveredar pelo caminho da verdade. Isso só demonstra que você é um homem que tem valor.
— Obrigado, «mister» Taylor, mas não mereço as suas amáveis palavras.
Foi a vez de Jane o interromper:
— Não merece estas palavras? Merece-as e merece muito mais. Tenho a certeza de que poucos homem no mundo procederiam da sua maneira.
— Nem pense nisso, Jane — cortou Nelson. — Nada mais fiz do que cumprir o meu dever. Quanto a isto de os ajudar, denunciando os negros propósitos desse bandido, somente o faço porque simpatizei muito convosco e de modo algum poderia pensar em deixar levar a cabo tão traiçoeiro ataque. De resto, que mais fiz eu?
— Acha pouco o que fez? — perguntou o pai da rapariga. — Pois olhe que eu, no seu lugar, era capaz de não fazer tanto. Deixe-se de falsa modéstia, meu amigo.
— O senhor fazia, «mister» Taylor. O senhor fazia tenho a certeza. Se soubesse o dilema em que me debato...
Taylor não acusou o toque. Dirigindo-se a ambos disse-lhes:
— Tenho de ir ao Banco levantar dinheiro para pagar o arame farpado que hoje comprei. Se quiserem, fiquem a conversar. Encontrar-nos-emos no «Kansas Bar».
Saudando os dois jovens com a mão, o velhote saiu.
Ambos se encararam por momentos. Depois, a rapariga perguntou:
— Nelson. É capaz de ser sincero para mim?
— Sou, Jane.
— Tem a certeza de que responderá com sinceridade, a uma pergunta que lhe vou fazer?
O rapaz hesitou. Com voz pouco segura, proferiu:
— Depende, Jane. Compreende que há circunstâncias na vida de uma pessoa em que a sinceridade é um perigo. Mas antes de me fazer tal pergunta, sugiro que saiamos para a rua, pois aqui abafa-se com calor.
Ambos deixaram o estabelecimento, perante o espanto de todos que não queriam acreditar naquela estranha convivência.
Cá fora, os dois começaram a andar. Nelson ia de cabeça baixa, adivinhando o que a bonita rapariga lhe ia perguntar.
E a pergunta surgiu finalmente:
— Porque arrisca a sua vida desta maneira? Seja sincero.
Nelson gaguejou:
— Bem... Jane... eu... — E interrompeu-se.
— Continue — insistiu a rapariga, suspensa e com os olhos brilhantes.
Nesse momento uma voz desagradável e autoritária soou nas suas costas:
— Jane!
Ambos se voltaram. A quatro passos de distância estava um jovem parado.
Era da estatura de Nelson, pouco mais ou menos e vestia de negro. A sua cabeleira era também negra e os olhos estranhamente verdes formavam um contraste arrepiante.
— Kansas Kid! — balbuciou a rapariga empalidecendo.
— Vejo que ainda te lembras de mim...
Encarando Nelson ordenou:
— Para evitar um desgosto, será conveniente que parta imediatamente. Necessito de ter uma conversa com esta pombinha.
O semblante de Nelson endurecera instantaneamente, depois desta frase do desconhecido.
A sua reação não se fez esperar.
Suavemente, afastou a rapariga para um dos lados e a sua voz soou ameaçadora:
— Nada tenho com os vossos assuntos. Mas fique desde já ciente de que somente me afastarei, se esta senhora mo pedir e como ainda não o fez, suponho que não deseja a sua presença.
Jane empalidecera extraordinariamente.
Kansas Kid era um dos seus inúmeros pretendentes. Havia muito tempo que tentava conquistá-la e era mais insistente de todos.
Ultimamente, vendo que a não conseguia vencer, o pistoleiro passara a ameaçá-la com a morte do pai, caso não aceitasse os seus torpes desígnios. A rapariga não sabia que atitude tomar.
Receava contar tudo a seu pai, pois tinha a certeza de que ele iria imediatamente tirar uma explicação com o bandido, sendo vencido com toda a certeza.
Agora, que encontrara o seu príncipe encantado, via-se novamente ameaçada. Os seus pensamentos foram interrompidos pela voz do bandido que rugiu:
— Ouve, cobarde. A mim não me apanhas desprevenido como aos outros desgraçados. Se quiseres luta, é só dizeres. Tenho dois «colts» com seis balas cada um e chegam para apanhares a maior indigestão da tua vida, no teu último banquete.
Voltando-se para todos os que assistiam à cena, Nelson falou:
— Acabam de assistir a esta provocação, sem pés nem cabeça. Eu não conheço este homem de parte al-o-uma e ele insultou-me. Vou matá-lo. Não tenho outra alternativa mas deixá-lo-ei sacar primeiro. Agradeço--lhes que sejam honrados e que depois vão contar ao xerife como as coisas se passaram. Se algum faltar à verdade, pode contar comigo.
Kansas :Kid deu uma sonora gargalhada.
— Sempre quero ver essa garganta. Quando quiser...
As suas mãos roçavam as coronhas das armas. Tinha as pernas ligeiramente afastadas e a sua atenção concentrada no seu adversário.
A voz de Nelson soou forte:
— Saca!
Kansas Kid sacou realmente, mas não foi suficientemente rápido para se antecipar ao jovem Montgomery
Com uma velocidade de raio este sacara já depois de o outro ter empunhado as armas que não chegou disparar.
Apenas um tiro soou. Um buraco vermelho apareceu entre os olhos de Kansas Kid. Por ele se esvaiu toda a sua vida. Por ele saiu a fama que tinha adquirido.
Mais uma vez Nelson vencera perante a admiração de todos.
O outro jazia no chão, de borco, com ambos os «Colts» fora dos coldres. Tivera todas as vantagens mais uma, mas não as soubera aproveitar. Pagara com, a vida a sua lentidão.
Dirigindo-se aos atónitos assistentes, voltou a falar
— Como viram, cumpri o prometido. Ele sacou primeiro. Defendi-me.
Enlaçando a rapariga pela cintura, o rapaz arrastou-a suavemente, enquanto a acalmava:
— Não chore, Jane. Já passou tudo. Como viu, matei-o, mas dei-lhe todas as vantagens. Mais do que fiz seria um suicídio.
— Oh! Nelson! — murmurou a rapariga por entre soluços. — Eu vi tudo. Mais uma vez, por minha cause arriscou a sua vida.
— Esqueça isso, Jane. Limpe as lágrimas e vamos procurar o seu pai.
— Quando lhe contarem o ocorrido, vai ficar aflito
Minutos depois encontravam Frank Taylor.
Ainda desconhecia o que se havia passado e depois de a filha o ter posto a par de tudo abraçou efusiva mente o rapaz e mais uma vez lhe agradeceu.
Jane perguntou:
— Nelson, ainda me não respondeu à pergunta que lhe fiz há pouco.
— Se me permite, Jane, responder-lhe-ei, depois de isto estar tudo resolvido. Aceita esta modalidade?
Dececionada a rapariga respondeu:
— Está bem. Depois falaremos:
Os dois despediram-se e pouco depois partiam para o rancho, levando grande quantidade de arame farpado.
Em seguida penteou-se com esmero, envergou roupa., limpa e passados momentos percorria as ruas de Kansas City.
Seis dias de imobilidade haviam-lhe emperrado as pernas e andando um bocado a pé, desentorpecia-as.
Todos o fitavam com certo receio e respeito, pois eram já conhecedores das atitudes do rapaz.
Sentiam por ele grande admiração, não só pelo seu procedimento violento, como também pela coragem que demonstrara ao salvar de uma morte certa a filha do rancheiro Taylor.
Haviam-se criado dois partidos. Um, desfavorável ao rapaz, considerava a salvação de Jane como um acaso furtuito. O outro, favorável, considerava aquele ato como prova dos bons sentimentos do jovem forasteiro, relegando para segundo plano as suas qualidades de brigão, que atribuíam à sua juventude fogosa.
Nelson Montgomery continuou o seu passeio, completamente alheio ao que se passava em seu redor.
Não lhe interessava o modo como o classificavam, pois tinha a certeza de que, dentro em breve, a opinião pública se inclinaria a seu favor.
De repente ouviu o barulho de um carro puxado por cavalos e olhou.
Frank Taylor e Jane acabavam de chegar à cidade. Não o viram e pararam em frente de um estabelecimento pertencente a um Dal Cooper, onde se vendiam os mais diversos artigos para ranchos.
Nelson, ansioso por estar com a rapariga, resolveu fazer-se encontrado com eles.
Deixou-os entrar no estabelecimento e depois, pacatamente, dirigiu os seus passos para lá.
Entrou no momento em que eram atendidos pelo empregado.
Este, devido à sua posição frontal, foi o primeiro a vê-lo e inadvertidamente estremeceu.
Aquele movimento fez que a rapariga voltasse a cabeça e encarasse com Nelson que pana eles se encaminhava com um sorriso prazenteiro nos lábios.
— Papá! — exclamou a rapariga .— Olha quem aqui vem.
— Nelson Montgomery — proferiu o rancheiro.
— Bons olhos a vejam, Jane. «Mister» Taylor... --saudou o rapaz com um aceno de 'cabeça.
Ambos apertaram efusivamente a mão de Nelson, perante o patente espanto do empregado do estabelecimento que não queria acreditar no que os seus olhos viam.
Seria possível que o potentado Taylor demonstrasse tão grande amizade por um pistoleiro daquele calibre? Se lho contassem não acreditava.
Entretanto, os três conversavam animadamente. Haviam-se afastado um pouco dos restantes clientes, de modo a não serem escutados.
Taylor dizia naquele momento:
— Fiquei sem fala, quando Holden me contou tudo. Confesso-lhe que a princípio duvidei das palavras do xerife.
— Pois é verdade, «mister» Taylor — murmurou o rapaz com um ricto de amargura nos olhos. — A minha vida, infelizmente tem sido assim. Semente de uma coisa me não podem acusar. É de crimes de morte. Matei sim, mas sempre de frente.
— Isso não quer dizer nada, meu amigo — interrompeu-o o rancheiro. — Todos nós podemos ter um desvio para o mau caminho. Poucos, porém, têm a coragem que você demonstra possuir, para enveredar pelo caminho da verdade. Isso só demonstra que você é um homem que tem valor.
— Obrigado, «mister» Taylor, mas não mereço as suas amáveis palavras.
Foi a vez de Jane o interromper:
— Não merece estas palavras? Merece-as e merece muito mais. Tenho a certeza de que poucos homem no mundo procederiam da sua maneira.
— Nem pense nisso, Jane — cortou Nelson. — Nada mais fiz do que cumprir o meu dever. Quanto a isto de os ajudar, denunciando os negros propósitos desse bandido, somente o faço porque simpatizei muito convosco e de modo algum poderia pensar em deixar levar a cabo tão traiçoeiro ataque. De resto, que mais fiz eu?
— Acha pouco o que fez? — perguntou o pai da rapariga. — Pois olhe que eu, no seu lugar, era capaz de não fazer tanto. Deixe-se de falsa modéstia, meu amigo.
— O senhor fazia, «mister» Taylor. O senhor fazia tenho a certeza. Se soubesse o dilema em que me debato...
Taylor não acusou o toque. Dirigindo-se a ambos disse-lhes:
— Tenho de ir ao Banco levantar dinheiro para pagar o arame farpado que hoje comprei. Se quiserem, fiquem a conversar. Encontrar-nos-emos no «Kansas Bar».
Saudando os dois jovens com a mão, o velhote saiu.
Ambos se encararam por momentos. Depois, a rapariga perguntou:
— Nelson. É capaz de ser sincero para mim?
— Sou, Jane.
— Tem a certeza de que responderá com sinceridade, a uma pergunta que lhe vou fazer?
O rapaz hesitou. Com voz pouco segura, proferiu:
— Depende, Jane. Compreende que há circunstâncias na vida de uma pessoa em que a sinceridade é um perigo. Mas antes de me fazer tal pergunta, sugiro que saiamos para a rua, pois aqui abafa-se com calor.
Ambos deixaram o estabelecimento, perante o espanto de todos que não queriam acreditar naquela estranha convivência.
Cá fora, os dois começaram a andar. Nelson ia de cabeça baixa, adivinhando o que a bonita rapariga lhe ia perguntar.
E a pergunta surgiu finalmente:
— Porque arrisca a sua vida desta maneira? Seja sincero.
Nelson gaguejou:
— Bem... Jane... eu... — E interrompeu-se.
— Continue — insistiu a rapariga, suspensa e com os olhos brilhantes.
Nesse momento uma voz desagradável e autoritária soou nas suas costas:
— Jane!
Ambos se voltaram. A quatro passos de distância estava um jovem parado.
Era da estatura de Nelson, pouco mais ou menos e vestia de negro. A sua cabeleira era também negra e os olhos estranhamente verdes formavam um contraste arrepiante.
— Kansas Kid! — balbuciou a rapariga empalidecendo.
— Vejo que ainda te lembras de mim...
Encarando Nelson ordenou:
— Para evitar um desgosto, será conveniente que parta imediatamente. Necessito de ter uma conversa com esta pombinha.
O semblante de Nelson endurecera instantaneamente, depois desta frase do desconhecido.
A sua reação não se fez esperar.
Suavemente, afastou a rapariga para um dos lados e a sua voz soou ameaçadora:
— Nada tenho com os vossos assuntos. Mas fique desde já ciente de que somente me afastarei, se esta senhora mo pedir e como ainda não o fez, suponho que não deseja a sua presença.
Jane empalidecera extraordinariamente.
Kansas Kid era um dos seus inúmeros pretendentes. Havia muito tempo que tentava conquistá-la e era mais insistente de todos.
Ultimamente, vendo que a não conseguia vencer, o pistoleiro passara a ameaçá-la com a morte do pai, caso não aceitasse os seus torpes desígnios. A rapariga não sabia que atitude tomar.
Receava contar tudo a seu pai, pois tinha a certeza de que ele iria imediatamente tirar uma explicação com o bandido, sendo vencido com toda a certeza.
Agora, que encontrara o seu príncipe encantado, via-se novamente ameaçada. Os seus pensamentos foram interrompidos pela voz do bandido que rugiu:
— Ouve, cobarde. A mim não me apanhas desprevenido como aos outros desgraçados. Se quiseres luta, é só dizeres. Tenho dois «colts» com seis balas cada um e chegam para apanhares a maior indigestão da tua vida, no teu último banquete.
Voltando-se para todos os que assistiam à cena, Nelson falou:
— Acabam de assistir a esta provocação, sem pés nem cabeça. Eu não conheço este homem de parte al-o-uma e ele insultou-me. Vou matá-lo. Não tenho outra alternativa mas deixá-lo-ei sacar primeiro. Agradeço--lhes que sejam honrados e que depois vão contar ao xerife como as coisas se passaram. Se algum faltar à verdade, pode contar comigo.
Kansas :Kid deu uma sonora gargalhada.
— Sempre quero ver essa garganta. Quando quiser...
As suas mãos roçavam as coronhas das armas. Tinha as pernas ligeiramente afastadas e a sua atenção concentrada no seu adversário.
A voz de Nelson soou forte:
— Saca!
Kansas Kid sacou realmente, mas não foi suficientemente rápido para se antecipar ao jovem Montgomery
Com uma velocidade de raio este sacara já depois de o outro ter empunhado as armas que não chegou disparar.
Apenas um tiro soou. Um buraco vermelho apareceu entre os olhos de Kansas Kid. Por ele se esvaiu toda a sua vida. Por ele saiu a fama que tinha adquirido.
Mais uma vez Nelson vencera perante a admiração de todos.
O outro jazia no chão, de borco, com ambos os «Colts» fora dos coldres. Tivera todas as vantagens mais uma, mas não as soubera aproveitar. Pagara com, a vida a sua lentidão.
Dirigindo-se aos atónitos assistentes, voltou a falar
— Como viram, cumpri o prometido. Ele sacou primeiro. Defendi-me.
Enlaçando a rapariga pela cintura, o rapaz arrastou-a suavemente, enquanto a acalmava:
— Não chore, Jane. Já passou tudo. Como viu, matei-o, mas dei-lhe todas as vantagens. Mais do que fiz seria um suicídio.
— Oh! Nelson! — murmurou a rapariga por entre soluços. — Eu vi tudo. Mais uma vez, por minha cause arriscou a sua vida.
— Esqueça isso, Jane. Limpe as lágrimas e vamos procurar o seu pai.
— Quando lhe contarem o ocorrido, vai ficar aflito
Minutos depois encontravam Frank Taylor.
Ainda desconhecia o que se havia passado e depois de a filha o ter posto a par de tudo abraçou efusiva mente o rapaz e mais uma vez lhe agradeceu.
Jane perguntou:
— Nelson, ainda me não respondeu à pergunta que lhe fiz há pouco.
— Se me permite, Jane, responder-lhe-ei, depois de isto estar tudo resolvido. Aceita esta modalidade?
Dececionada a rapariga respondeu:
— Está bem. Depois falaremos:
Os dois despediram-se e pouco depois partiam para o rancho, levando grande quantidade de arame farpado.
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