Tinha sido havia dois, três, quatro anos? Quem não conhecia então Merrick? Passeara o seu revólver por todo o Arizona depois de tê-lo passeado pelo Texas onde nascera. Naquele 'mesmo Verão, em Phoenix, durante uma viagem, cerca de cinquenta pessoas de diferentes idades e categorias sociais e morais tinham perguntado ao xerife o que é que fazia Merrick em Santa Rita, e se era verdade que se tinha reformado.
O xerife recordava o dia em que Merrick, pela primeira vez em toda a sua vida de adulto e adolescente, saíra à rua sem armas. Fora ali precisamente em Santa Rita, onde tinha ido, contemplar pela última vez o rosto da jovem com quem ia casar e que tinha vindo para as Montanhas para recompor os pulmões. Não o conseguira e morrera.
Merrick chegou tarde demais. Uma luta com uns «raiders» mexicanos impedira-o de acorrer a tempo.
Então, ante os, olhos assombrados dos habitantes de Santa Rita, desenrolou-se o mais estranho acontecimento que jamais lhe fora dado presenciar.
Ante o cadáver da jovem, Merrick tirou os revólveres e arrojou-os para longe de si. Depois ajoelhou-se e durante muito tempo ninguém soube se rezava ou mão. Quando enterravam a jovem, permaneceu ao lado do féretro até que a última pá de terra tombou, sem dizer uma palavra.
Mas no domingo seguinte levantou-se na igreja e disse que jamais voltaria a disparar uma arma de fogo contra um semelhante e que se arrependia das mortes que lhe pesavam agora na consciência.
Durante vários dias, a opinião pública flutuou, dominando a ideia de que aquilo acabava em qualquer momento e que o homem voltaria a pegar nas armas e a colocá-las à cinta. Não sucedeu assim. Pelo contrário, várias vezes, no decurso daqueles dias voltou a predicar na igreja sobre a não resistência ao mal.
E sucedeu o inevitável. Um dia, na rua, um idiota qualquer, um vaqueiro bêbedo, provocou-o, ameaçou-o, tentando ver aonde chegaria a transformação operada num homem que até então não suportara provocação alguma.
Merrick tentou acalmá-lo, e aconselhou-o a que não se deixasse levar pelos seus baixos instintos. O outro continuou a provocá-lo e acrescentou insultos dificilmente suportáveis. Merrick empalideceu, mas não reagiu em desacordo com as suas novas ideias. Alguém tentou meter-lhe um revólver na mão mas ele afastou-o para longe. E então o vaqueiro disparou contra ele.
Ao vaqueiro lincharam-no, porque Merrick estava desarmado, mas quando se restabeleceu do seu ferimento, toda a gente virava a cabeça à sua passagem, e inclusivamente a igreja chegou a esvaziar-se um domingo em que ele tentou de novo predicar. Depois começaram a atirar-lhe pedras as crianças. E as mulheres a rir-se à sua passagem...
Então partira para a velha igreja espanhola da montanha, dizendo a quem o queria ouvir que esperaria lá todos os que tivessem algum peso na consciência e que ele trataria, na pobre medida das suas forças, de aliviá-los.
Tinham passado, recordou-se o xerife de repente, não quatro mas sim cinco anos.
O xerife recordava o dia em que Merrick, pela primeira vez em toda a sua vida de adulto e adolescente, saíra à rua sem armas. Fora ali precisamente em Santa Rita, onde tinha ido, contemplar pela última vez o rosto da jovem com quem ia casar e que tinha vindo para as Montanhas para recompor os pulmões. Não o conseguira e morrera.
Merrick chegou tarde demais. Uma luta com uns «raiders» mexicanos impedira-o de acorrer a tempo.
Então, ante os, olhos assombrados dos habitantes de Santa Rita, desenrolou-se o mais estranho acontecimento que jamais lhe fora dado presenciar.
Ante o cadáver da jovem, Merrick tirou os revólveres e arrojou-os para longe de si. Depois ajoelhou-se e durante muito tempo ninguém soube se rezava ou mão. Quando enterravam a jovem, permaneceu ao lado do féretro até que a última pá de terra tombou, sem dizer uma palavra.
Mas no domingo seguinte levantou-se na igreja e disse que jamais voltaria a disparar uma arma de fogo contra um semelhante e que se arrependia das mortes que lhe pesavam agora na consciência.
Durante vários dias, a opinião pública flutuou, dominando a ideia de que aquilo acabava em qualquer momento e que o homem voltaria a pegar nas armas e a colocá-las à cinta. Não sucedeu assim. Pelo contrário, várias vezes, no decurso daqueles dias voltou a predicar na igreja sobre a não resistência ao mal.
E sucedeu o inevitável. Um dia, na rua, um idiota qualquer, um vaqueiro bêbedo, provocou-o, ameaçou-o, tentando ver aonde chegaria a transformação operada num homem que até então não suportara provocação alguma.
Merrick tentou acalmá-lo, e aconselhou-o a que não se deixasse levar pelos seus baixos instintos. O outro continuou a provocá-lo e acrescentou insultos dificilmente suportáveis. Merrick empalideceu, mas não reagiu em desacordo com as suas novas ideias. Alguém tentou meter-lhe um revólver na mão mas ele afastou-o para longe. E então o vaqueiro disparou contra ele.
Ao vaqueiro lincharam-no, porque Merrick estava desarmado, mas quando se restabeleceu do seu ferimento, toda a gente virava a cabeça à sua passagem, e inclusivamente a igreja chegou a esvaziar-se um domingo em que ele tentou de novo predicar. Depois começaram a atirar-lhe pedras as crianças. E as mulheres a rir-se à sua passagem...
Então partira para a velha igreja espanhola da montanha, dizendo a quem o queria ouvir que esperaria lá todos os que tivessem algum peso na consciência e que ele trataria, na pobre medida das suas forças, de aliviá-los.
Tinham passado, recordou-se o xerife de repente, não quatro mas sim cinco anos.
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