Os Robinson viviam em Nova Orleães, onde possuíam urna pequena casa de vendas a retalho que ia dando para comer e para, devido à organização de Susy e ao seu método, juntarem um pequeno pé-de-meia.
O sonho de ambos era possuírem um rancho, mas o seu pequeno pecúlio ainda não chegava.
Teriam de comprar o terreno e só para ele iriam todas as economias que, mesmo assim, não chegavam, devido a gente sem escrúpulos que especulava pedindo por terrenos de pouca valia dez ou vinte vezes o seu valor real.
Apesar disso, pai e filha não perdiam as esperanças e moeda a moeda o pequeno pecúlio ia aumentando dia a dia.
Os meses foram passando e quando julgaram ter o suficiente, Robert Robinson dirigiu-se a Lou Carpenter, um vendedor de terrenos, a fim de finalmente comprar um que já estava falado e com preço estipulado. Porém Carpenter era velhaco e cobiçava Susy.
Quando Robinson se apresentara para fazer o negócio, o bandido atendeu-o cheio de falsos sorrisos:
— Ora viva o nosso Robinson. Então que o traz por cá?
— Bom dia, Carpenter — cumprimentou o velho pioneiro. -- Finalmente consegui o dinheiro suficiente para comprar a terreno de que já falámos. Trago-lhe os dez mil dólares, conforme o combinado e pode já começar a passar-me a declaração de venda.
O sorriso desapareceu da boca de Carpenter. Lentamente sentou-se e a sua, voz tomou um tom de lamentação.
— Sinto ter de lhe dizer, Robinson, que lhe não posso vender o terreno por esse preço. É que...
— Mas foi assim que combinámos e você não pode voltar com a palavra atrás — interrompeu-o o velho Robinson.
— Custa-me imenso fazê-lo, Robinson, mas não tenho outra alternativa. O preço dos terrenos subiu devido à linha dos caminhos de ferro e já me ofereceram por ele o dobro e não o vendi. Isto é falar-lhe com franqueza.
— Mas...
— Lamento, meu amigo.
O especulador apertava os lábios entre o indicador e o polegar da sua mão direita e estava pensativo o que deixou o pai de Susy em suspenso.
Ao fim de alguns minutos Carpenter falou:
— Há uma maneira de chegarmos a um acordo caro Robinson.
— Diga lá. Sabe bem que tudo farei para adquirir aquele vale. É a paixão da minha Susy.
— Isso ainda vem ao encontro dos meus planos. Vamos fazer a seguinte combinação: como sabe eu gosto de Susy e tudo, farei para a conquistar, embora, sem saber porquê, ela me não...
— Alto, Carpenter — gritou o pai da rapariga cheio de indignação. Pare de falar e feche essa parca bocarra de sapo antes que eu a desfaça a murros.
— Mas, senhor Robinson...
— Cale-se, filho de uma cadela.
Agarrando o bandido pelas bandas da labita levantou-o da cadeira, demonstrando uma força invulgar para a sua idade.
Carpenter, vendo o caso mal parado, estava pálido como um cadáver e tremia como varas verdes.
Com a cara muito junta da do bandido, o velho disse com voz rouca:
— Fica sabendo, cão imundo, que Robert Robinson é um homem honesto e não negoceia a sua filha. Preferia pedir esmola a vê-la casada com um cobarde como tu.
— Senhor Robinson, tenha calma — pediu Carpenter.
— Calma, estando um réptil asqueroso como tu tão perto? Eu devia matar-te, cão, mas nem o custo de uma bala mereces. Livra-te de eu te ver tentando falar com a minha filha. Hoje só te faço isto.
Robinson escarrou-lhe na cara e atirou-o sobre a cadeira que se estilhaçou em mil bocados.
Virando-se para sair do gabinete parou boquiaberto.
À entrada da porta estava Susy que assistira à discussão sem os dois homens terem dado pela sua presença.
Dirigindo-se à filha, Robinson disse:
— Vamos, minha filha. Abandonemos este covil infecto.
— Sim, pai, vamos embora, mas antes deixe-me dizer, duas palavras a esse parco cobarde. — E voltando-se para o aturdido Carpenter continuou: — Se até agora sentia por ti somente simpatia, a partir de hoje nem ódio sinto, tanto valor tens para mim. — Voltando-se para seu pai prosseguiu: — Vamos, paizinho?
Ambos abandonaram o escritório do bandido.
Este levantou-se do chão e com os olhos fixos na porta sacudiu maquinalmente o pó do fato. Sentindo a cara húmida, levou a mão, ao sítio e verificou repugnado que um escarro lhe vinha agarrado aos dedos.
Sacudiu-os vigorosamente e com um lenço limpou a face.
Acabava de cometer o maior erro, da sua vida. Devido à sua ganância, perdera um bom amigo, unia mulherzinha adorável e dez mil dólares por um terreno que lhe custara cem.
Isso tudo aliado ao facto de ter sido humilhado até às últimas por um velho de cinquenta e dois anos. Irra, que era demais.
O sonho de ambos era possuírem um rancho, mas o seu pequeno pecúlio ainda não chegava.
Teriam de comprar o terreno e só para ele iriam todas as economias que, mesmo assim, não chegavam, devido a gente sem escrúpulos que especulava pedindo por terrenos de pouca valia dez ou vinte vezes o seu valor real.
Apesar disso, pai e filha não perdiam as esperanças e moeda a moeda o pequeno pecúlio ia aumentando dia a dia.
Os meses foram passando e quando julgaram ter o suficiente, Robert Robinson dirigiu-se a Lou Carpenter, um vendedor de terrenos, a fim de finalmente comprar um que já estava falado e com preço estipulado. Porém Carpenter era velhaco e cobiçava Susy.
Quando Robinson se apresentara para fazer o negócio, o bandido atendeu-o cheio de falsos sorrisos:
— Ora viva o nosso Robinson. Então que o traz por cá?
— Bom dia, Carpenter — cumprimentou o velho pioneiro. -- Finalmente consegui o dinheiro suficiente para comprar a terreno de que já falámos. Trago-lhe os dez mil dólares, conforme o combinado e pode já começar a passar-me a declaração de venda.
O sorriso desapareceu da boca de Carpenter. Lentamente sentou-se e a sua, voz tomou um tom de lamentação.
— Sinto ter de lhe dizer, Robinson, que lhe não posso vender o terreno por esse preço. É que...
— Mas foi assim que combinámos e você não pode voltar com a palavra atrás — interrompeu-o o velho Robinson.
— Custa-me imenso fazê-lo, Robinson, mas não tenho outra alternativa. O preço dos terrenos subiu devido à linha dos caminhos de ferro e já me ofereceram por ele o dobro e não o vendi. Isto é falar-lhe com franqueza.
— Mas...
— Lamento, meu amigo.
O especulador apertava os lábios entre o indicador e o polegar da sua mão direita e estava pensativo o que deixou o pai de Susy em suspenso.
Ao fim de alguns minutos Carpenter falou:
— Há uma maneira de chegarmos a um acordo caro Robinson.
— Diga lá. Sabe bem que tudo farei para adquirir aquele vale. É a paixão da minha Susy.
— Isso ainda vem ao encontro dos meus planos. Vamos fazer a seguinte combinação: como sabe eu gosto de Susy e tudo, farei para a conquistar, embora, sem saber porquê, ela me não...
— Alto, Carpenter — gritou o pai da rapariga cheio de indignação. Pare de falar e feche essa parca bocarra de sapo antes que eu a desfaça a murros.
— Mas, senhor Robinson...
— Cale-se, filho de uma cadela.
Agarrando o bandido pelas bandas da labita levantou-o da cadeira, demonstrando uma força invulgar para a sua idade.
Carpenter, vendo o caso mal parado, estava pálido como um cadáver e tremia como varas verdes.
Com a cara muito junta da do bandido, o velho disse com voz rouca:
— Fica sabendo, cão imundo, que Robert Robinson é um homem honesto e não negoceia a sua filha. Preferia pedir esmola a vê-la casada com um cobarde como tu.
— Senhor Robinson, tenha calma — pediu Carpenter.
— Calma, estando um réptil asqueroso como tu tão perto? Eu devia matar-te, cão, mas nem o custo de uma bala mereces. Livra-te de eu te ver tentando falar com a minha filha. Hoje só te faço isto.
Robinson escarrou-lhe na cara e atirou-o sobre a cadeira que se estilhaçou em mil bocados.
Virando-se para sair do gabinete parou boquiaberto.
À entrada da porta estava Susy que assistira à discussão sem os dois homens terem dado pela sua presença.
Dirigindo-se à filha, Robinson disse:
— Vamos, minha filha. Abandonemos este covil infecto.
— Sim, pai, vamos embora, mas antes deixe-me dizer, duas palavras a esse parco cobarde. — E voltando-se para o aturdido Carpenter continuou: — Se até agora sentia por ti somente simpatia, a partir de hoje nem ódio sinto, tanto valor tens para mim. — Voltando-se para seu pai prosseguiu: — Vamos, paizinho?
Ambos abandonaram o escritório do bandido.
Este levantou-se do chão e com os olhos fixos na porta sacudiu maquinalmente o pó do fato. Sentindo a cara húmida, levou a mão, ao sítio e verificou repugnado que um escarro lhe vinha agarrado aos dedos.
Sacudiu-os vigorosamente e com um lenço limpou a face.
Acabava de cometer o maior erro, da sua vida. Devido à sua ganância, perdera um bom amigo, unia mulherzinha adorável e dez mil dólares por um terreno que lhe custara cem.
Isso tudo aliado ao facto de ter sido humilhado até às últimas por um velho de cinquenta e dois anos. Irra, que era demais.
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