Cynthia olvidara duas coisas naquele dia. A primeira, que fosse sábado. A segunda, que o sábado era o dia em que os vaqueiros recebiam os seus salários e invadiam as ruas da povoação logo às primeiras horas do entardecer, dispostos a gastar o mais alegremente possível o dinheiro acabado de receber.
Isso era um facto comum em todos os povoados do Oeste, que nem Colman nem ninguém conseguira reprimir de modo algum. Os mesmos vaqueiros que, em circunstâncias normais e com a mente serena, respeitavam o homem da estrela prateada como se este fosse o presidente da União, não respeitariam nem à própria mãe quando o álcool começava a produzir os seus dei-tos.
Na realidade, Cynthia pensava regressar a casa muito antes da hora perigosa. Mas os seus propósitos sofreram alteração, pois Liam Stendhal, o filho de Chester Stendhal, presidente do Banco de Lander, teve trabalho inesperado que o demorou mais uma hora, motivado por alguns depósitos efetuados pelos ganadeiros da região fora do horário habitual.
Liam era o encarregado da tesouraria e por esse motivo não pôde reunir-se a Cynthia senão depois das sete da tarde, hora em que já Lander regurgitava de vaqueiros ansiosos por se divertirem. Cynthia distraiu a espera com uma visita à loja de modas da senhora Gould e ao armazém de Happy Scott. Quando o relógio do armazenista assinalou as sete menos cinco, Cynthia decidiu-se par umas luvas de pelica, acabadas de chegar do Este. Scott embrulhou-as e a jovem, depois de satisfazer a importância da compra, tornou à calidez da tarde estival, que se toldava já de sombras acinzentadas, mal dispersas pelas chamas amarelecidas dos candeeiros de petróleo e de azeite que os lojistas da rua principal de Lander, a mais concorrida e animada de todas, haviam acendido já.
Cynthia evitou dois ou três grupos de vaqueiros ruidosos, fedorentos de álcool. Alguns deles tinham por hábito terminar o trabalho às cinco da tarde e duas horas de liberdade, com os bolsos repletos, era tempo de sobra para os «cattle-men», ansiosos de se ressarcirem de uma longa semana de trabalho e de fadigas. O cheiro do «whisky» fazia-os esquecer o fedor a esterco, a pastos e a gado que lhes era tão familiar.
O Banco estava em frente, situado a uma distância não superior a cem metros. Cynthia desceu o passeio para atravessar a rua em diagonal, na direção do edifício bancário.
De súbito, viu ante ela a sombra enorme de um ca valo e do seu cavaleiro. O animal vinha disparado e louca corrida, enquanto o seu ululante cavaleiro disparava o revólver para o ar, atroando a rua com o despropositado tiroteio.
A jovem, não obstante a sua habitual serenidade deteve-se horrorizada, muda de espanto ante o perigo inevitável. Isto, porque, por mais rápida que fosse a sua reação, já não lhe seria possível afastar-se da rota cavalo que, enlouquecido pelo cheiro a pólvora, o ruido das detonações, os gritos do homem que o montava e pelas esporadas sangrentas que lhe dilaceravam os flancos, não tardaria a esmagá-la debaixo dos seus cascos.
Cynthia gritou com toda a força dos seus pulmões, levando instintivamente as mãos para cobrir a rosto transtornado, branca máscara de horror sob a meia tinta do cinzento crepuscular.
Aos disparos do cavaleiro ébrio e enlouquecido, misturou-se outra detonação. Esta procedera, no juízo de muitas das petrificadas testemunhas da terrível cena, de um rifle de potente calibre, possivelmente um «Henry». A sua inconfundível detonação atroou a rua, dominando inclusivamente o ruído dos disparos do cavaleiro suicida.
O cavalo deteve-se, de súbito. O pobre animal, com um orifício redondo na sua fronte nobre, refreou instantaneamente a marcha, fincando as patas dianteiras no pó da rua. Depois os seus quartos traseiros abateram-se, relinchou num lamento de agonia e precipitou-se numa queda fulminante, sem avançar um único metro mais, metro que talvez houvesse sido fatal para Cynthia, tão curta era já a distância que a separava do desenfreado animal.
O cavaleiro saiu disparado como um projétil por cima da montada, logo que o animal se deteve atingido pelo tiro que o sacrificou. Rolou sobre a poeira levantada pelo cavalo ao abater-se com a cabeça estoirada pela bala que salvara Cynthia Colman de uma morte certa, e o homem, com uma inesperada agilidade, logrou erguer-se e pôr-se em pé sobre as suas botas altas, negras e lustrosas, não obstante o pó que as cobria.
Uns olhos injetados de sangue, olhos alucinados de ébrio enfurecido, cravaram-se na rapariga que continuava a cobrir o rosto com as mãos, ante o cavalo morto. Depois, aquelas terríveis pupilas percorreram os semblantes ainda atónitos da multidão que enchia a rua de um lado a outro. E gritou, numa voz potente, que estremecia ao ímpeto de uma fúria incontável:
— Quem matou o meu cavalo? Onde está o cobarde, o miserável que fez isto?
Cynthia olhava agora o bêbado desordeiro, quase tão assustada como momentos antes ao ver a sua vida em perigo, talvez por reconhecer naquele selvagem de físico gigantesco o belicoso Dan Wilburn, de quem ouvira dizer que uma vez partira um homem em dois, quebrando-lhe a espinha dorsal.
Já o homem apanhava do solo o revólver que anteriormente disparara raivosamente, mas ao ver que estava descarregado atirou-o novamente fora num gesto furioso. Então, sacou do cinturão de um segundo «Frontier Colt», que empunhou ameaçadoramente, procurando obstinadamente à sua volta.
— Onde está esse cobarde maldito? — rugia, ao mesmo tempo que uma baba viscosa lhe escorria dos lábios contraídos. — Esse cão que matou cobardemente o meu cavalo... Onde está? Quero saber quem é, ver o seu miserável rosto de suíno!
— Sente-se bem, menina? — perguntou, de súbito, uma voz suave e solícita nas costas de Cynthia.
Esta voltou-se um pouco antes de o fazer o próprio Wilburn, sacudido pelo som daquela voz. Cynthia viu um jovem alto e arrogante, cujas feições enérgicas lhe eram vagamente familiares, olhando-a com um interesse bem visível nos seus grisáceos olhos escuros. A sua mão direita empunhava ainda um rifle cujo cano fumegava.
— Eu... sim... — foi a única coisa que a jovem atinou dizer.
Também não lhe deram tempo para mais. Dan Wilburn voltara-se ao ouvir aquela voz, depois de uma breve indecisão. E o seu olhar demoníaco fincara-se naquele rosto impassível, que se fixava agora nele, muito sereno e senhor de si.
— Tu?!... Outra vez?! — rugiu o vaqueiro, com a voz desfigurada pela fúria. — Joel Rose... o cobarde! Não podia ser outro o assassino de um cavalo inofensivo!
— Joel Rose! — gritou, transtornada, a jovem, contemplando com assombro o jovem de cabelos revoltos, cuja voz familiar tinha agora a sua explicação. — Joel... você... tu...
Mas Joel não a ouvia. Passara por ela, afastando-a para o lado, e a sua figura, inteiramente vestida de cinzento-escuro, oferecia algo de lugubremente estranho que impressionava. Deteve-se a dois ou três passos de Wilburn, que parecia uma torre fabulosa, toda músculos e carne, animada por um rancor homicida pelo homem que tinha na sua frente.
— O teu inofensivo cavalo não tinha culpa, mas ia matar esta menina — disse, friamente, Joel Rose. — E tudo porque um bêbado estúpido o conduzia sem olhar por onde. Matei-o a ele, embora tivesse preferido disparar sobre ti. E agora desaparece daqui, Wilburn, antes que repita a sorte tomando-te a ti por alvo. Vamos, põe-te a andar!
Mas Wilburn não se retirou, nem mesmo lhe passou pela mente tal ideia. A sua mão direita continuava empunhar o revólver, embora o cano da arma estivesse dirigido para terra.
Numa breve fração de segundo, o revólver mudou de posição, alcançando num cintilar rápido a horizontalidade. Apontava agora diretamente ao estômago de Joel Rose. Ao mesmo tempo, o dedo polegar de Wilburn puxou atrás o percutor da arma.
— Joel, cuidado! — gritou Cyrithia, a quatro mi cinco passos de distância, assistindo à trágica cena.
Joel Rose, frio e aprumado, parecia não se have movido durante. os décimos de segundo que durou movimento vertiginoso de Wilburn, cuja ação imediata seria apertar o gatilho e incrustar o chumbo mortífero no corpo do seu jovem inimigo.
No entanto, uma nova detonação do «Henry» sacudiu a rua em estrondosas vibrações. Um fumo, azul e espesso, elevou-se entre os dois homens, enquanto os olhos de um e outros permaneciam cravados nos do respetivo antagonista.
Foi um interminável segundo de angústia para Cynthia. Parecia haver partir do revólver de Wilburn detonação que ouvira. No entanto, Joel Rose permaneci em pé, sereno, com vida... e foi a enorme mão do gigante que soltou lentamente a sua arma, a qual cai no solo a seus pés.
Joel desceu o cano ainda fumegante do rifle, situada horizontalmente entre ambos e seguro pela mão direita do jovem à altura da cintura, depois de haver crava o projétil no ventre de Wilburn.
O tiro fora tão preciso, tão mortífero e disparar, tão à queima-roupa, que o vaqueiro não teve tempo apertar o gatilho da sua arma. Dobrava a sua colossal figura de gigante, enquanto a vida se escapava dele com a mesma tumultuosa velocidade com que o sangue se derramava da tremenda brecha aberta no seu corpo.
Um último olhar carregado de profundo rancor fixou-se em Joel. Depois, Dan Wilburn deixava de existir. Não passava agora de urna enorme massa negra, grotescamente posta da aos pés do forasteiro vestido de cinzento-escuro.
Isso era um facto comum em todos os povoados do Oeste, que nem Colman nem ninguém conseguira reprimir de modo algum. Os mesmos vaqueiros que, em circunstâncias normais e com a mente serena, respeitavam o homem da estrela prateada como se este fosse o presidente da União, não respeitariam nem à própria mãe quando o álcool começava a produzir os seus dei-tos.
Na realidade, Cynthia pensava regressar a casa muito antes da hora perigosa. Mas os seus propósitos sofreram alteração, pois Liam Stendhal, o filho de Chester Stendhal, presidente do Banco de Lander, teve trabalho inesperado que o demorou mais uma hora, motivado por alguns depósitos efetuados pelos ganadeiros da região fora do horário habitual.
Liam era o encarregado da tesouraria e por esse motivo não pôde reunir-se a Cynthia senão depois das sete da tarde, hora em que já Lander regurgitava de vaqueiros ansiosos por se divertirem. Cynthia distraiu a espera com uma visita à loja de modas da senhora Gould e ao armazém de Happy Scott. Quando o relógio do armazenista assinalou as sete menos cinco, Cynthia decidiu-se par umas luvas de pelica, acabadas de chegar do Este. Scott embrulhou-as e a jovem, depois de satisfazer a importância da compra, tornou à calidez da tarde estival, que se toldava já de sombras acinzentadas, mal dispersas pelas chamas amarelecidas dos candeeiros de petróleo e de azeite que os lojistas da rua principal de Lander, a mais concorrida e animada de todas, haviam acendido já.
Cynthia evitou dois ou três grupos de vaqueiros ruidosos, fedorentos de álcool. Alguns deles tinham por hábito terminar o trabalho às cinco da tarde e duas horas de liberdade, com os bolsos repletos, era tempo de sobra para os «cattle-men», ansiosos de se ressarcirem de uma longa semana de trabalho e de fadigas. O cheiro do «whisky» fazia-os esquecer o fedor a esterco, a pastos e a gado que lhes era tão familiar.
O Banco estava em frente, situado a uma distância não superior a cem metros. Cynthia desceu o passeio para atravessar a rua em diagonal, na direção do edifício bancário.
De súbito, viu ante ela a sombra enorme de um ca valo e do seu cavaleiro. O animal vinha disparado e louca corrida, enquanto o seu ululante cavaleiro disparava o revólver para o ar, atroando a rua com o despropositado tiroteio.
A jovem, não obstante a sua habitual serenidade deteve-se horrorizada, muda de espanto ante o perigo inevitável. Isto, porque, por mais rápida que fosse a sua reação, já não lhe seria possível afastar-se da rota cavalo que, enlouquecido pelo cheiro a pólvora, o ruido das detonações, os gritos do homem que o montava e pelas esporadas sangrentas que lhe dilaceravam os flancos, não tardaria a esmagá-la debaixo dos seus cascos.
Cynthia gritou com toda a força dos seus pulmões, levando instintivamente as mãos para cobrir a rosto transtornado, branca máscara de horror sob a meia tinta do cinzento crepuscular.
Aos disparos do cavaleiro ébrio e enlouquecido, misturou-se outra detonação. Esta procedera, no juízo de muitas das petrificadas testemunhas da terrível cena, de um rifle de potente calibre, possivelmente um «Henry». A sua inconfundível detonação atroou a rua, dominando inclusivamente o ruído dos disparos do cavaleiro suicida.
O cavalo deteve-se, de súbito. O pobre animal, com um orifício redondo na sua fronte nobre, refreou instantaneamente a marcha, fincando as patas dianteiras no pó da rua. Depois os seus quartos traseiros abateram-se, relinchou num lamento de agonia e precipitou-se numa queda fulminante, sem avançar um único metro mais, metro que talvez houvesse sido fatal para Cynthia, tão curta era já a distância que a separava do desenfreado animal.
O cavaleiro saiu disparado como um projétil por cima da montada, logo que o animal se deteve atingido pelo tiro que o sacrificou. Rolou sobre a poeira levantada pelo cavalo ao abater-se com a cabeça estoirada pela bala que salvara Cynthia Colman de uma morte certa, e o homem, com uma inesperada agilidade, logrou erguer-se e pôr-se em pé sobre as suas botas altas, negras e lustrosas, não obstante o pó que as cobria.
Uns olhos injetados de sangue, olhos alucinados de ébrio enfurecido, cravaram-se na rapariga que continuava a cobrir o rosto com as mãos, ante o cavalo morto. Depois, aquelas terríveis pupilas percorreram os semblantes ainda atónitos da multidão que enchia a rua de um lado a outro. E gritou, numa voz potente, que estremecia ao ímpeto de uma fúria incontável:
— Quem matou o meu cavalo? Onde está o cobarde, o miserável que fez isto?
Cynthia olhava agora o bêbado desordeiro, quase tão assustada como momentos antes ao ver a sua vida em perigo, talvez por reconhecer naquele selvagem de físico gigantesco o belicoso Dan Wilburn, de quem ouvira dizer que uma vez partira um homem em dois, quebrando-lhe a espinha dorsal.
Já o homem apanhava do solo o revólver que anteriormente disparara raivosamente, mas ao ver que estava descarregado atirou-o novamente fora num gesto furioso. Então, sacou do cinturão de um segundo «Frontier Colt», que empunhou ameaçadoramente, procurando obstinadamente à sua volta.
— Onde está esse cobarde maldito? — rugia, ao mesmo tempo que uma baba viscosa lhe escorria dos lábios contraídos. — Esse cão que matou cobardemente o meu cavalo... Onde está? Quero saber quem é, ver o seu miserável rosto de suíno!
— Sente-se bem, menina? — perguntou, de súbito, uma voz suave e solícita nas costas de Cynthia.
Esta voltou-se um pouco antes de o fazer o próprio Wilburn, sacudido pelo som daquela voz. Cynthia viu um jovem alto e arrogante, cujas feições enérgicas lhe eram vagamente familiares, olhando-a com um interesse bem visível nos seus grisáceos olhos escuros. A sua mão direita empunhava ainda um rifle cujo cano fumegava.
— Eu... sim... — foi a única coisa que a jovem atinou dizer.
Também não lhe deram tempo para mais. Dan Wilburn voltara-se ao ouvir aquela voz, depois de uma breve indecisão. E o seu olhar demoníaco fincara-se naquele rosto impassível, que se fixava agora nele, muito sereno e senhor de si.
— Tu?!... Outra vez?! — rugiu o vaqueiro, com a voz desfigurada pela fúria. — Joel Rose... o cobarde! Não podia ser outro o assassino de um cavalo inofensivo!
— Joel Rose! — gritou, transtornada, a jovem, contemplando com assombro o jovem de cabelos revoltos, cuja voz familiar tinha agora a sua explicação. — Joel... você... tu...
Mas Joel não a ouvia. Passara por ela, afastando-a para o lado, e a sua figura, inteiramente vestida de cinzento-escuro, oferecia algo de lugubremente estranho que impressionava. Deteve-se a dois ou três passos de Wilburn, que parecia uma torre fabulosa, toda músculos e carne, animada por um rancor homicida pelo homem que tinha na sua frente.
— O teu inofensivo cavalo não tinha culpa, mas ia matar esta menina — disse, friamente, Joel Rose. — E tudo porque um bêbado estúpido o conduzia sem olhar por onde. Matei-o a ele, embora tivesse preferido disparar sobre ti. E agora desaparece daqui, Wilburn, antes que repita a sorte tomando-te a ti por alvo. Vamos, põe-te a andar!
Mas Wilburn não se retirou, nem mesmo lhe passou pela mente tal ideia. A sua mão direita continuava empunhar o revólver, embora o cano da arma estivesse dirigido para terra.
Numa breve fração de segundo, o revólver mudou de posição, alcançando num cintilar rápido a horizontalidade. Apontava agora diretamente ao estômago de Joel Rose. Ao mesmo tempo, o dedo polegar de Wilburn puxou atrás o percutor da arma.
— Joel, cuidado! — gritou Cyrithia, a quatro mi cinco passos de distância, assistindo à trágica cena.
Joel Rose, frio e aprumado, parecia não se have movido durante. os décimos de segundo que durou movimento vertiginoso de Wilburn, cuja ação imediata seria apertar o gatilho e incrustar o chumbo mortífero no corpo do seu jovem inimigo.
No entanto, uma nova detonação do «Henry» sacudiu a rua em estrondosas vibrações. Um fumo, azul e espesso, elevou-se entre os dois homens, enquanto os olhos de um e outros permaneciam cravados nos do respetivo antagonista.
Foi um interminável segundo de angústia para Cynthia. Parecia haver partir do revólver de Wilburn detonação que ouvira. No entanto, Joel Rose permaneci em pé, sereno, com vida... e foi a enorme mão do gigante que soltou lentamente a sua arma, a qual cai no solo a seus pés.
Joel desceu o cano ainda fumegante do rifle, situada horizontalmente entre ambos e seguro pela mão direita do jovem à altura da cintura, depois de haver crava o projétil no ventre de Wilburn.
O tiro fora tão preciso, tão mortífero e disparar, tão à queima-roupa, que o vaqueiro não teve tempo apertar o gatilho da sua arma. Dobrava a sua colossal figura de gigante, enquanto a vida se escapava dele com a mesma tumultuosa velocidade com que o sangue se derramava da tremenda brecha aberta no seu corpo.
Um último olhar carregado de profundo rancor fixou-se em Joel. Depois, Dan Wilburn deixava de existir. Não passava agora de urna enorme massa negra, grotescamente posta da aos pés do forasteiro vestido de cinzento-escuro.
Sem comentários:
Enviar um comentário