- Ted!
As mãos de Debbie principiaram a crispar-se. Small, como um autómato, foi-se aproximando.
Deixou-se cair pesadamente na cadeira que havia junto da cabeceira da cama. Sem saber porquê, pegou-lhe nas mãos, beijando-as com frenesi.
A rapariga moveu a cabeça, inquieta. Fez um gesto para se levantar, e os seus olhos, desmedidamente abertos, fitaram um ponto indefinido.
Small susteve-a:
- Calma, pequena! Estou aqui!... Sou eu, o Ted!...
E no abismo em que a mente da rapariga parecia submersa, o nome dele adquiriu relevo.
- Ted!... Meu querido Ted!... Oh, a minha cabeça!... Faz deter esses cavalos!...
A pouco e pouco, um grande silêncio pesou sobre o quarto.
Small, pensativo, voltou rapidamente a cabeça. A porta acabava de se abrir.
O casal de velhos mostrava no rosto uma expressão de angustiosa ansiedade.
Ted limitou-se a dizer.
- Ela dorme…
Essa simples frase foi o bastante para que os bons velhos sentissem como que uma vida nova surgir dentro de si.
(Coleção Búfalo, nº 8)
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