A diligência parou em frente à taberna.
Levando o cavalo à rédea, Bill juntou-se aos curiosos, recordando-se da linda loira de olhos cor do céu. Viu-a descer e ficar à espera da bagagem.
- Boas tardes, menina. Por mais que puxe pela memória não me recordo de ter visto uma mulher tão escandalosamente bonita. Que tal foi a viagem?
A jovem fez um gesto de impaciência.
- Quer fazer o favor de me deixar tranquila?
- Que voz angelical! Qualquer diria que é a campainha da porta do paraíso.
- Menina Florabel Hulton! – gritou o cocheiro, segurando uma mala e lendo o nome da proprietária.
- É minha! – disse a encantador loira pondo-se nos bicos dos pés para receber a mala.
Bill não lhe deu tempo. Adiantou-se e colocou-lha suavemente no chão, acrescentando:
- Seria o mais feliz dos homens se me autorizasse a levar-lha a casa.
A rapariga murmurou um «obrigada» e afastou-se. Bill ficou-se a contemplá-la mas não lho permitiram. Perto dele, ouviu uma voz dizer-lhe.
- Esqueça essa jovem, que é melhor para si.
Era o aperaltado da diligência.
- Motivos?
- Ordeno-lhe eu e chega!
- Não chega distinto amigo. É sua mulher, namorada, noiva, irmã ou avó?
- Seja o que for não interessa. E não me irrite porque morrerá sem remissão. Agora não me surpreenderá como há meia hora.
- O surpreendido fui eu. Esse fato não parece o de um pistoleiro profissional. Que vem aqui fazer? Negócios de batota?
- Chamo-me Foster Stirling! Nunca ouviu falar de mim?
- Não e admira-me porque os pistoleiros são populares nestas terras; mas o meu nome talvez já o tenha ouvido alguma vez: chamam-me «Morte».
(Coleção Cowboy, nº 1)
(Coleção Cowboy, nº 1)
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