segunda-feira, 21 de junho de 2021

ARZ002.10 Atentado no casino

A atitude de Dicky, durante o tempo que esteve preso, foi a de quem se compraz em cruzar os braços e abandonar-se ao fatalismo das coisas. Além do papel de parvo, como em vários momentos de exasperação lhe disse o inspetor, parecia desempenhar o do homem desorientado, do indivíduo que, encontrando-se no centro dum tufão, ainda não deu por isso.

Entre as muitas vantagens que esta detenção trouxe a Dicky, a primeira, quando por fim o puseram em liberdade, foi que toda a cidade de São Francisco já havia comentado até à saciedade aquele assunto, e que todos conheciam o jogo que Dave Berger, conhecido candidato à mão de Hazel, havia denunciado com aquela hipoteca, de conivência com o tutor da rapariga. Porque os próprios corretores da Bolsa, mal correram as primeiras notícias, se encarregaram de aludir a somas desbaratadas em torpes investimentos, que o malogrado Kelly havia feito em ações sem valor que Dave se encarregava de endossar-lhe.

Por muito que a própria interessada tentasse dissimulá-lo, por respeito à memória do tio, não pôde evitar que a verdade se soubesse. Kelly havia agido segundo a vontade de Dave... O facto de toda a cidade conhecer o assunto nas suas linhas mais essenciais, teve para Dicky a vantagem de já não ter que dar nenhuma explicação a Hutchinson. Só teria que dizer-lhe que assunto lhe fugira das mãos sem que ele pudesse evitá-lo... Quando o soltaram, o inspetor veio à porta despedir-se dele.

— Não tenha ilusões. A coisa seguirá o seu curso.

— Muito bem — respondeu Dicky.

— Seria muito diferente se o seu «sócio» estivesse preso... Assim, duvido que o senhor consiga desenvencilhar-se...

À porta da cadeia esperavam-no Jimmy, Grotto e uma multidão de curiosos, e a forma como teriam sabido a hora da sua saída intrigou-o bastante.

Entre os curiosos encontravam-se alguns jornalistas. Primeiro pensou em afastar-se deles, mas mudou de ideia, e, seguido dos seus dois amigos, autorizou-os a entrar em casa de Dave Berger. Começou por lhes dizer que aquela casa não era dele, mas sim de Dave. Que em virtude do seu sócio ter desaparecido, trabalharia por sua conta. Que permanecessem atentos ao que ia acontecer... Despediu os jornalistas sem lhes ter dito nada de concreto. Ao ficar só com os seus dois amigos, Grotto contou-lhe:

—A menina Hazel chamou-me lá a casa. Perguntou-me se tu sabias, quando lhe cedeste a hipoteca...

— Que respondeste? — perguntou Dicky, com grande ansiedade.

— Que o ignorava.

— A mim também me chamou — disse Jimmy. — Mas não me perguntou se tu sabias ou não o que havia por detrás de tudo isto... Quis que lhe contasse a patifaria que Dave nos fez na mina... Depois... Bom. A verdade é que essa rapariga é capaz de enlouquecer o mais pintado... Quando dei por mim estava a dizer-lhe toda a espécie de galanteios. Já vês, eu... E ela sem se mostrar aborrecida. Depois, antes de me vir embora, disse--me que tinha tudo preparado para que te soltassem hoje, às dez horas.

—Certamente, foi ela que avisou os jornalistas — sugeriu Grotto.

Dicky não disse nada e encaminhou-se para o escritório. Ali esteve encerrado várias horas. Quando saiu, perguntou a Jimmy:

— Quanto achas que deves exigir pela tua perna?

O inesperado da pergunta deixou o coxo assombrado.

—Não troces, Dicky! — resmungou, sombrio.

— Não troço nada... Bem. Já sei em que basear-me.

Grotto, então, falou-lhe dos documentos; o segredo do sítio em que se encontravam escondidos parecia pesar-lhe muito.

— Amanhã trataremos disso.

O resto do dia passaram-no a percorrer os estabelecimentos que dependiam de Dave. Havia em todos eles a maior desmoralização, pois consideravam-nos sem dono. O aparecimento de Dicky, daquele «sócio» do patrão de quem tantas coisas estranhas se diziam, em vez de os tranquilizar alarmou-os ainda mais. Dicky esquadrinhou tudo, parecendo que não se fixava em nada. Já em casa, disse a Grotto e a Jimmy:

— Está decidido. Começaremos pelo «Dragon-fly». Não sei se lhe mudaremos o nome. Para já, temos que decorá-lo de novo... Está muito bem situado e podia ser o casino mais concorrido de São Francisco. Até a lenda negra que pesa sobre ele podia vir a favorecê-lo... Quanto crês que pode valer?

— Agora? — respondeu Grotto. — Já viste que está um bocado em baixo. Dave há muito tempo que o tem abandonado... Eu não daria dez mil dólares por esse antro...

—E tu? — inquiriu Dicky, dirigindo-se ao coxo. Este fez puf!, como se quisesse dar a entender que não estava para chalaças. — Diz uma importância qualquer...

— Eu não passaria de um dólar — respondeu de má vontade.

— Perfeitamente — exclamou Dicky. — Darei pelo «Dragon-fly» dez mil e um dólares. Nem um centavo mais.

Os dois olharam-no, intrigados, compreendendo que estava a falar a sério.

— Que diabo queres tu fazer? — perguntou Jimmy.

—É bem claro: começar a conquista da cidade... Tenho andado a pensar como resolver o nosso caso. Aproveitarmo-nos do capital acumulado por Dave, não deixava de me agradar. Então decidi recuperar os meus trinta e cinco mil dólares, e «comprar» um casino dos três que Dave controlava. O preço seria a soma total das importâncias que você escolhessem...

— E se eu tivesse dito trinta mil dólares, e Jimmy quarenta mil? — perguntou Grotto, com vontade de rir.

— Ter-me-ia considerado obrigado a entregar setenta mil dólares, se não de uma vez, a prestações...

— Mas a quem? A Dave?

— De momento, enquanto Dave não aparece, ao tribunal.

No dia seguinte, Dave andou metido em inventários e declarações notariais. À noite, a imprensa já levava a toda a parte notícias referentes à atividade de Dicky. Um dos artigos em que se comentava a altivez com que renunciara a tudo, menos ao capital que de início entregara á Dave, tinha por título: «Dicky-35...».

Tempos depois, Dicky conheceu o jornalista autor do gracejo, e não se importou que ele tivesse escrito aquilo com intenção chocarreira. O nome alcançou desde início tal êxito que, quando Dicky felicitou o jornalista, não pareceu nada exagerado ao dizer-lhe que grande parte da sua carreira se devia àquele nome... Porque foi assim. De cada vez que se pronunciava «Dicky-35», aquele número recordava a quem o ouvia que havia ali um homem que soubera renunciar a grandes fortunas, já que os acontecimentos se produziram de tal forma que tudo, até as causas mais ocultas, foram aparecendo a descoberto.

E se Dicky, ao princípio, assombrou toda a gente renunciando ao dinheiro de Dave Berger, menos aos seus trinta e cinco mil dólares, mais tarde este gesto foi eclipsado por outro ainda de maior efeito. Foi quando se soube, ou pelo menos se suspeitou, que ele tivera ao seu alcance Hazel Kelly e a sua propriedade, quando debaixo daquela terra latejavam tantos milhões prestes a aflorarem. Soube-se, não porque Dicky o tivesse feito constar, e esta altivez, esta elegância até ao último momento, foi o que Hazel esteve menos disposta a perdoar-lhe.

Hazel encontrava-se com uma fortuna cada vez maior, a qual, juntamente com a sua beleza e juventude, definitivamente a situara no primeiro plano da alta sociedade. Mas à medida que a sua situação se tornava mais brilhante, mais se destacava uma figura que parecia colocar-se intencionalmente a contraluz para despertar as atenções e eclipsá-la. Um homem que parecia desprezar as altas esferas, atento só ao seu casino, e a que nas mesas de jogo não se verificassem irregularidades fora do tom.

Dicky não procurou os magnates das finanças. Foram estes que o procuraram. Nem sequer substituíra o nome de «Dragon-fly», que para alguns daqueles potentados tão más recordações devia ter... Quanto mais alto parecia situar-se Hazel, mais fascinante se tornava a figura em contraluz. Dicky, na verdade, atraía mais as atenções do grande mundo. Era ele o homem que renunciara a uma rainha... E isto — não por ser rainha, mas por ser mulher — dificilmente poderia Hazel perdoar.

De um dia para o outro, São Francisco encontrara um tema apaixonaste: Hazel Kelly, a multimilionária, guerreava o homem dos «trinta e cinco mil dólares» ...

Mas isto aconteceu numa altura em que Dicky já possuía mais dinheiro. Falava-se até, com desembaraço e alguma preocupação, de que Bergar aparecesse no momento mais inesperado, e provocasse «o derrubamento do túnel».

Uma noite, Hutchinson e Romelle visitaram o «Dragon-fly». Dicky ainda não tinha terminado as obras da casa e a problemática clientela permanecia em expectativa. De modo que, quando Hutchinson e Romelle apareceram, no local não havia quase ninguém. Dicky encontrava-se no escritório, conferindo um grande maço de contas, quando Grotto foi preveni-lo. Dicky estava em mangas de camisa e despenteado.

Sem pressa, deixando transparecer que a visita não o afetava nem muito nem pouco, penteou-se, pôs a gravata, e já ia a enfiar o casaco de cerimónia quando Grotto o advertiu:

—A pistola, Dicky!...

Fora, no corredor, soou a perna de pau de Jimmy. Dicky abriu a porta.

— Onde vais?

— Dormir uma soneca no palco — respondeu o coxo.

Jimmy andava sempre pelos cantos mais escuros. «A minha perna destoa», costumava dizer, para não aparecer em público. Dicky percebeu que o que Jimmy pretendia agora era ter Hutchinson debaixo de vigilância.

— Está bem. Mas tem cuidado e não faças loucuras...

— Não te preocupes — respondeu o coxo. —Sei que Hutchinson não fará nada contra ti na presença de Romelle. Mas vou estar muito entretido a observar como ela te olha... Tu não sabes até que ponto ela está interessada. Ontem parou no meio da rua e começou a perguntar-me...

— Não quero saber nada — atalhou Dicky, decidindo-se por fim a pegar no coldre e a enfiá-lo no ombro esquerdo.

Com rosto inexpressivo apareceu na sala. Numa mesa situada no centro, em plena luz, encontrava-se o casal. Os raros clientes observavam-nos de longe, intrigados por ver ali os donos do «Fortune».

Dicky avançou para Hutchinson sem deixar um segundo de fitá-lo. Mais do que ódio, julgou ver manha nos olhos do seu rival.

— Já que o senhor não se decidia a visitar--nos... — começou Hutchinson, depois das saudações.

— Já lá fui uma vez — respondeu Dicky, apertando a mão de Romelle. — Na verdade, estavam em dívida comigo...

— Julga isso? — perguntou Hutchinson, sorrindo. — Exatamente o que tu dizias — acrescentou, dirigindo-se à mulher. — Bem. Já estamos pagos — e inclinou-se todo para trás, a fim de abarcar com o olhar a maior parte do local. — A decoração é de muito bom gosto... Mas, falta aqui qualquer coisa — e moveu os dedos das duas mãos.

— Clientes — acentuou Dicky.

— Não. Lá virão com o tempo... Raparigas bonitas que animem isto. Sinto-me tentado a fazer-lhe uma proposta: ceder-lhe Romelle por uma temporada...

Embora o tom fosse de zombaria, Romelle mudou de expressão e olhou muito inquieta para Hutchinson.

— Não estaria mal! — riu Dicky.

— Claro que, antes de chegarmos a acordo, teria de assegurar-me que não faria uma partida... Ou não haveria perigo de o senhor ficar com ela? Sabe porventura cumprir os seus acordos?

Dicky, sem deixar de sorrir, sem afastar o olhar, replicou:

— Hutchinson, não lhe reste a menor dúvida: quando num acordo há lealdade em ambas as partes, eu sou dos que sabem cumprir. Acontece uma coisa muito diferente quando alguém pretende utilizar-me como seu instrumento... Estou a referir-me ao senhor, Hutchinson. Não se esqueça de que me bastou a lição que Dave me deu na mina... Agora, se está de acordo, mudemos de assunto. Que desejam tomar?

— Oh, nada! Nada! — respondeu Hutchinson, com as feições algo tensas, mas sorrindo sempre. — Vamo-nos já embora.

— Em sua casa o senhor ofereceu-me champanhe. Pois vai provar o que tenho para casos especiais...

Levantou-se e foi até ao balcão. Não lhe interessava saber o que acontecia na mesa, se discutiam ou não. Então, lembrou-se de Jimmy, que estaria certamente a observá-los do palco...

Tudo isto foi repentinamente esquecido, em virtude de qualquer coisa que ocorreu com a rapidez de um relâmpago. Antes de Dicky ter abandonado a mesa, dois indivíduos bem-trajados pediram a conta e foram-se embora. Segundos mais tarde, Dicky encaminhou-se para o balcão, no qual havia urna portazita que conduzia à adega.

Acabava Dicky de abrir esta porta quando a do vestíbulo se abriu violentamente e irrompeu um grupo armado, todos de cara coberta, alguns deles bem vestidos. Dois ficaram a guardar a entrada, e os quatro restantes fizeram menção de espalhar-se a toda a largura da sala. No mesmo instante em que um dos mascarados dava o primeiro tiro, Hutchinson virava a mesa, cobrindo-se com ela, ele e Romelle. Mas viu-se que o tiro o tinha atingido.

Dicky, que já havia dado alguns passos na adega, sem saber claramente o que acontecia, deixou-se guiar pelo instinto e retrocedeu, agachado.

Ao primeiro tiro dos mascarados, respondeu o revólver de Dicky com várias detonações seguidas. Um dos indivíduos que guardavam a porta caiu imediatamente. O outro fugiu para o vestíbulo. Os outros quatro, ao ouvirem os tiros do novo dono da sala, voltaram-se para atacá-lo, mas Dicky, utilizando corno defesa a extremidade do balcão, manteve-os em respeito.

Um dos assaltantes tombou, emitindo um grito de agonia. Então, trataram de procurar a saída. Mas já intervinham Grotto, Lucas e Moseley, surgindo por diversas portas laterais; e Dicky, numa corrida veloz, postou-se na entrada principal, apoderou-se da pistola que o adversário caído abandonara e, depois de se assegurar que no vestíbulo não havia ninguém, fez frente aos que intentavam escapar.

Durante uns instantes os estampidos e a fumaraça dominaram tudo. Derrubando mesas, abaixando-se atrás das colunas, os mascarados continuaram a resistir, embora Dicky os intimasse a que largassem as armas.

Houve um momento em que apenas um ficou de pé. Pareceu que iria avançar até onde soava a voz de Dicky. Mas, mal deu uns passos, começou a vacilar como se debaixo dele o chão estremecesse. Todas as armas haviam emudecido, exceto uma. Uma que fazia fogo do alto, de um dos extremos da sala.

Dicky adivinhou que era Jimmy quem disparava, não porque as balas viessem dali, mas porque todas visavam o mesmo alvo: a perna direita do mascarado... O tiro que o fulminou saiu da pistola de Hutchinson. No primeiro momento, Dicky não reparara nele... Mas, não havia que duvidar: o homem da perna crivada era Dave Berger. Mais tarde, Dicky perguntou a Jimmy se o havia reconhecido, apesar de levar a cara coberta.

— Tinha a sua forma de andar gravada aqui —e pareceu que dava um golpe na fronte. — Por muito que ele fizesse, nunca conseguiria fazer-me esquecer o seu movimento de pernas... Até muito mais tarde, Dicky não pensou que o tiro que acabara com Dave tinha saído da arma de Hutchinson.

Acalmada a situação, quando se procedeu à reconstituição dos factos, concluiu-se que na sala se encontravam sequazes de Dave, quando Dicky se sentara à mesa de Hutchinson e Romelle. Os dois clientes, que tinham vago a conta e saído em seguida, lá estavam entre os mortos.

Dave devia ter permanecido na expectativa, até o momento de ver Hutchinson e Romelle entrar no «Dragon-fly». Com um só golpe, podia esmagar todos os seus inimigos. Isto devia tê-lo cegado. Talvez contasse escapar pelas portas reservadas que noutros tempos serviam para introduzir às escondidas determinados personagens...

Hutchinson foi ferido pelo primeiro tiro, e isso livrou-o de toda a suspeita. Quando agradeceu a Dicky, pareceu sincero.

— Não esquecerei isto... Agora, o que é que o impede que sejamos amigos?

Naquele momento, Romelle estava mais bela do que nunca, com um fogo nos olhos que parecia consumir tudo o que fitava. E os seus olhos não se afastavam de Dicky. Dir-se-ia que o cheiro da pólvora queimada, a vista do sangue, a própria morte a embriagavam.

— Creio que nada impede que sejamos amigos... Digo, leais amigos — respondeu Dicky.

Visitou Hutchinson algumas vezes, enquanto este se restabelecia. Um dia, quando se, dispunha a visitá-lo, Jimmy recordou-lhe:

—Do palco, vi perfeitamente como tudo se passou... Hutchinson, mal derrubou a mesa, parecia não pretender outra coisa senão passar despercebido. Só deu um tiro. O último. O que acabou com Dave...

Quando Dicky, momentos depois, visitou Hutchinson, perguntou-lhe:

— O senhor já sabia que se tratava de Dave, quando disparou?...

Se Hutchinson tivesse revelado o menor indício de estranheza, Dicky talvez não voltasse a pensar nisso. Mas aceitou a pergunta com tal naturalidade, que Dicky logo deduziu que ele a esperava há muito e se mantinha preparado.

— Não... Como iria reconhecê-lo? — E logo foi ele quem interrogou, olhando-o fixamente: —Porque me pergunta isso?

— Porque foi pena que Dave não ficasse com vida — respondeu Dicky, sem dar ao caso importância de maior. — Já sabe, essa menina Kelly não deixa em paz a polícia por causa da morte do tio...

— Diabo! Pois não está bem à vista? Quem poderia matá-lo senão Dave?...

Durante uns minutos, estiveram a observar-se mutuamente. Na expressão de Dicky devia ter visto Hutchinson qualquer coisa que o tranquilizou.

— Bom... Lá por eu ter tido certo rancor a esse velho Kelly, isso não quer dizer nada. Ou o senhor receia que a sobrinha comece para aí a maçar-nos?

Romelle, que assistia há momentos à conversa, observava Dicky tenazmente.

— Não me preocupa — respondeu este, encolhendo os ombros.

Hutchinson começou a rir.

— Não era de estranhar, Dicky, se ela agora o não deixasse viver...

— Não creio... Os nossos caminhos são tão diferentes, que não há perigo de nos incomodarmos um ao outro...

 

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