quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

KNS020.03 Primeira missão cumprida com êxito

Dez milhas antes de chegar ao cruzamento de Mamas, Harry Freyer descobriu uma carroça que se dirigia a Trayton. Desviou-se para evitar que o vissem e continuou a sua marcha para a estalagem.
Declinava o dia quando chegou à estalagem. O dono não estava. Mas a sua filha não demonstrou a menor surpresa ao ver o jovem. Deduziu que nada sabiam da sua suposta deserção.
—Levaram Langson numa carroça — disse a rapariga. — Os outros feridos morreram hoje mesmo e enterraram-nos do outro lado do vale.
— Harry compreendeu que devia apressar-se se queria alcançar o veículo que levava o ferido a Trayton. Uma vez ali, seria pouco menos do que impossível livrá-lo daqueles que o conduziam. Voltou atrás e esporeou o cavalo para o obrigar a recuperar o tempo perdido. Estava a anoitecer e confiava que os que o conduziam parariam em qualquer abrigo para passar a noite.
Depressa escureceu e tal circunstância obrigou-o a refrear o galope do animal. Ainda não tinha decorrido muito tempo quando um esplendor o advertiu que a carroça tinha parado e se dispunham a passar a noite ali.
Harry desmontou e prendeu o cavalo a uma árvore. Aproximou-se da carroça, procurando não ser visto. Junto da fogueira estavam dois homens. Do ferido que conduziam, não se via o menor rasto. Por isso Harry pensou que estava dentro da carroça.
Não podia ali chegar sem ser visto. Devia actuar abertamente sem perda de tempo. Tirou o revólver e avançou lentamente. A pouca distância da carroça, parou de novo.

—Boas noites—disse, sem levantar a voz.
Os dois homens voltaram-se ao mesmo tempo pararam, olhando-o.
—Freyer! —disse um deles. — Que maneira é e de aparecer na escuridão? Não te ouvimos chegar.
— Por que empunhas o revólver? — perguntou seu companheiro, com algum receio.
— Onde têm o Langson? — perguntou.
— Na carroça. Vens buscá-lo?
—Sim.
—É preciso fazê-lo dessa forma?
—Eu não sou quem vocês julgam—disse, de forma clara, para que Langson o ouvisse. — Ajudei a escapar Simão e agora vim fazer o mesmo a Langson. Não é nenhuma brincadeira. Ponham as mãos a alto!
Nenhum dos homens lhe obedeceu, tão assombrados estavam. Freyer aproximou-se.
—Já disse que se voltassem. Não estou a brincar.
Sem dizer nada, os dois homens puseram-se em pé, depois viraram-se de costas. Harry aproximou-se e tirou-lhes os revólveres. Lançou-os para a sombra. Apoderou-se de uma espingarda que haviam deixado sobre uma pedra. Imediatamente voltou-se em direção à carroça.
—Langson! —chamou.
— Que significa isto? — perguntou o ferido. —Sai daí como puderes e não faças perguntas. Horácio precisa de ti!
—E julgas que vou acreditar nessa história? Para me darem um tiro pelas costas, estou melhor aqui.
—Sai já!
— Se não me cortas as cordas, não te posso fazer vontade.
Harry olhou pela abertura da lona e viu, com a ajuda da luz que vinha da floresta, que Langson estava imobilizado com fortes cordas. Com a faca que trazia à cintura, cortou-a e Langson saltou para o chão, ainda que coxeando visivelmente. Trazia a cabeça atada e mostrava-se muito débil em virtude do sangue que tinha perdido.
—Escolhe um dos cavalos e monta.
Langson olhava-o, desconfiado, mas obedecia-lhe. Harry pegou nas rédeas de um dos cavalos e levou-o para junto do seu. Os dois homens seguiam-no, imóveis, paralisados pela surpresa do que acontecia. Só voltaram a cabeça quando ouviram os cavalos afastarem-se. Mas as duas montadas já se tinham diluído na escuridão da noite.
• • •
Brilhava o sol de um novo dia quando os dois homens entraram no povoado, perdido entre as montanhas. Horácio não estava, mas Simão saiu da sua cabana assim que o advertiram de que Freyer estava regresso com Langson. Foi com este que primeiro se encontrou. Estava sentado na escada do botequim povoado e contava a sua aventura a um grupo ouvintes que o rodeava.
— Onde está Freyer? — perguntou Simão, ao aproximar-se.
—Não perguntas onde está o teu amigo Langson — observou a voz deste.
Aproximou-se ainda mais. E ao afastar os que ali estavam pôde ver o homem cuja chegada aguardavam.
—Sabia que ele conseguiria trazer-te aqui — sorriu-se, enquanto contemplava o ferido. — Apostei coai meu irmão e ganhei.
—Freyer foi descansar. Disse que estava necessitado. Nem sequer me falou das razões que tinha para fazer o que fez. Trouxe-me até aqui e deixou-me.
Enquanto Langson se referia aos pormenores da sua libertação, Harry lavava-se. Depois foi para o seu quarto e passou junto de Johnny, que estava a talhar um bocado de madeira, com a ponta de uma faca.
No seu quarto, Johnny resolveu descansar. Necessitava-o imenso, depois da caminhada noturna. Sentou-se na borda da cama para tirar as pesadas botas, quando ouviu um leve bater na janela.
Levantou-se e abriu-a, deixando que entrasse a claridade. Viu então que era Maria.
— Por que não vieste ver-me? — disse ela, em tom de reprovação. — Esperava que me procurasses, mal chegasses aqui.
— Ia fazê-lo, mas decidi procurar-te depois de descansar. Além disso, devo esperar o regresso de Horácio.
—Sabes o que te trouxe? —perguntou ela com um acento malicioso.
— Não descubro.
— Café e uns pastelinhos que acabam de sair do forno.
Ao mesmo tempo mostrou-lhe uma cesta que trazia escondida e entregou-a a Harry.
—És a única pessoa que se recorda de que o meu estômago necessita de cuidados. Não te esquecerei, enquanto for vivo.
—Espero que mo demonstres como desejo!
Aproximava-se uma pessoa que Maria reconheceu como sendo Vera. As suas feições mostravam um semblante de desagrado pela presença de Maria.
— Maria! — chamou.
A rapariga voltou-se, alarmada.
—Teu tio necessita de ti. Despacha-te!
— Adeus, Harry — disse ela, voltando-se para o rapaz. —Essa víbora já está aborrecida, porque me encontrou aqui.
Afastou-se rapidamente em direção contrária àquela em que vinha Vera. Esta olhou a rapariga, durante uns segundos e depois entrou em casa.
Johnny, sentado no umbral, encolheu ligeiramente as pernas para permitir que ela entrasse, mas Vera não satisfeita com aquela atitude, golpeou-o na face com o chicote que levava na mão.
Harry, que saíra do quarto, assistiu ao ocorrido. Mas Vera tinha já entrado e dirigia-se para ele.
—Esse Johnny é um pobre idiota. Importa-te que entre um momento?
Chegados ao quarto, Harry ofereceu-lhe a cadeira que tinha junto à cama.
— Acabo de saber que voltaste — disse Vera, sem se desprender do ar de superioridade que a envolvia
— Onde está Horácio?
— Saiu muito cedo. É possível que não volte antes de amanhã. Queres comer comigo?
— Ignoro os costumes daqui — respondeu, evasivo.
—Todos fazem o que Horácio manda... E também um pouco do que a mim me agrada.
Olhava-o, atrevida, revirando os olhos, como se a luz que entrava pela janela lhe ferisse as pupilas.
—Nesse caso, se é o teu desejo...
Ela levantou-se.
— Podes descansar até lá. Enviarei um dos meus homens para que te acompanhe. Não é conveniente que andes pelo povoado sem seres acompanhado por uma pessoa de confiança.
—Tê-lo-ia em conta.
Acompanhou-a até à porta. Ali, Vera voltou-se uma vez mais:
—Essa rapariguinha..., refiro-me a Maria, o que é que ela quer?
— Não sei — sorriu ele. — Trouxe-me café e bolos. uma rapariga simpática.
—É uma rapariga intrometida.
Dito isto, Vera saiu. Johnny tinha-se afastado da porta, temeroso de servir novamente de motivo para ela descarregar o seu mau humor.
—É um bicho mau — resmungou, sem levantar a voz. —Uma filha de cadela, que mais dia, menos dia...
Calou-se, temendo ter-se expressado muito claramente em frente de Harry.
—Não lhe deves ser muito simpático.
—Também ela não o é a mim. Nem sequer à maioria dos rapazes. Porque Horácio a trouxe consigo, julga-se no direito de insultar e bater a quem lhe apetecer.
Harry voltou-lhe as costas e regressou ao seu quarto. Comeu o que Maria lhe tinha levado e bebeu o café. Depois estendeu-se na cama. Pensando em Maria e no contraste que oferecia aquela quadrilha de bandidos, adormeceu.
• • •
Um homem foi buscá-lo para o levar aos aposentos de Vera. Encontrou-a a ralhar com uma mulher que tinha ao seu serviço. Ao vê-lo, afastou a mulher e recebeu-o com um sugestivo sorriso.
— Quero que alguém te dê uma amostra da nossa hospitalidade. Até agora ninguém fez nada para agradecer a tua ajuda.
Enquanto falava, agarrou-lhe um braço.
— Estou certo de que com o tempo serão meus amigos. É natural que, por agora, desconfiem de mim
—Horácio é quem tem maiores razões.
— Espero que não seja por muito tempo. Mas neste momento tem-me em muito má consideração.
— Nunca te poderei considerar igual a ele.
— Compreendo.
—O que é que compreendes? — revoltou-se Vera, com olhos brilhantes. — Imaginas o sacrifício que é para mim o ter seguido esse homem até este esconderijo? Eu vivi noutro ambiente; fui admirada por muitos e estava rodeada de muitas comodidades. De que me serviu tudo isto? Horácio é um ser sem escrúpulos, grosseiro e repugnante. Tive de fingir que o amava, pois ele teria sido capaz de deitar as mãos à minha garganta até me arrancar o último alento.
Harry começou a sentir-se inquieto pela companhia daquela mulher.
—Aí fora falam dele como de um grande chefe. Inclusive, sei de muitas mulheres que o admiram.
—O admiram?
Um sorriso burlão apareceu nas faces de Vera.
— Por que vieste para aqui se o odeias tanto? —inquiriu Harry.
—Ele arrancou-me da minha casa! Eu trabalhava no «saloon» de Eckerville! Entrou com os seus homens como um furacão e arrasou tudo. Obrigou-me a segui-lo até ao seu esconderijo. Crês que se eu tivesse tido uma oportunidade de fugir...
Um grunhido fez Harry voltar a cabeça. Era um feroz mastim de imponente aspeto. Estava preso por uma forte corrente.
—É «Satã» — disse ela, com desprezo. — É tão besta e selvagem como o dono. Tem, como ele, o instinto de matar. Já pensaste no que ele faria se o deixassem em liberdade?
Harry não contestou. Vera introduziu-o no pequeno compartimento onde havia uma mesa servida. Mas no mesmo instante ouviu o ruído de passos que se aproximavam da casa. No umbral destacou-se a figura imponente de Simão.
—Freyer! — gritou, com evidente mau humor.
Harry voltou-se para ir ao seu encontro. Vera puxou-o por um braço como se quisesse impedi-lo —Não vás! — pediu-lhe —É tão besta como o Irmão!
Simão entrou no pequeno compartimento e agarrou Harry por um braço. Ao mesmo tempo afastou a mão de Vera, que ainda o prendia.
— Vem comigo — disse. — Necessito falar-te.
Levou-o para fora. Harry voltou a cabeça para trás e viu Vera, que os olhava com evidente desagrado.
—O que é que fazias ali?
— Vera mandou buscar-me para que comesse com ela. Há algum mal nisso?
Não respondeu. Continuaram a afastar-se. Pouco depois entraram noutra casa.
— Afortunadamente, advertiram-me disso... Tu não conheces Vera.
—Que queres dizer?
— Essa mulher está louca.
—Louca?
Harry recordou-se do seu estranho proceder.
—Terá urdido uma comédia e ter-te-á falado da primeira coisa que lhe ocorreu. Mas o certo é que o seu propósito seria bastante mais sinistro. Não me admiraria que ela tivesse deitado algum veneno no vinho que tinha preparado para beberes. Inclusivamente era capaz de soltar o «Satã» para que ele se atirasse sobre ti, quando estivesses desprevenido.
— O cão?
— Viste que classe de cão era?
— Tem um aspeto impressionante.
— Eu já vi «Satã» saltar sobre o pescoço de um homem e deixá-lo sem vida em menos de um minuto. Outra vez correu atrás de um desertor, açulado por Horácio. Ficarias impressionado se visses como ele deixou aquele desgraçado.
—Por que havia de fazer isso comigo? Vera não tem motivos para me odiar.
—É possível. Mas, sem dúvida, tem motivos para te obrigar a odiar Horácio. Valer-se-ia de qualquer pretexto. Principalmente, faria uso de uma arma muito poderosa: deves ter reparado como ela é sugestiva.
—Parece.
— Bem — terminou, dando uma palmada amistosa nas costas de Harry. —Ficarás aqui. Eu irei convencê-la de que necessito de ti e que não podes ir comer com ela.
Simão saiu e regressou pouco depois.
—Foi preferível assim. Horácio não teria gostado de saber que tinhas estado a comer na companhia de Vera.
Não falaram mais sobre aquele assunto, mas Harry teve a impressão de que Simão não queria que ele tivesse relações íntimas com aquela mulher.
• • •
Horácio não voltou naquela noite. Harry tinha-se retirado para o seu quarto, depois de ter jantado com Simão e ter permanecido na sua companhia até cerca da meia-noite. Johnny estava levantado. Passeava pelo quarto e, de vez em quando, emitia um grunhido. Estava mal-humorado e não correspondeu à saudação de Harry, ao entrar.
- - Que diabos tens a ver com Maria?
— Nada, absolutamente nada.
—Desde que vieste parece outra. E a mim não me agrada que a olhes como o fizeste esta manhã.
— Olho Maria, como olho qualquer outra mulher que encontre aí fora. Nem Simão, nem Horácio me disseram nada acerca disso.
— Sou eu quem pode dizer alguma coisa sobre este assunto. Maria é minha noiva.
— Sinto-o por ela — replicou Harry, encolhendo os ombros. — Creio que a pobrezita não sabe o que faz.
Johnny ia dizer algo, mas guardou silêncio e saiu do quarto. Minutos depois, bateram à porta. Harry abriu-a.
Era um homem que tinha visto no dia anterior quando teve de replicar a acusação de Thory.
—Horácio acaba de chegar e deseja ver-te. Está em casa.
— Irei imediatamente.
Harry saiu pouco depois. Johnny estava sentado porta, obstruindo a passagem. Não se desviou e Harry teve de passar por cima dele. Saltou, e ainda não tinha caído no chão, quando dois homens, armados de revólveres, o fizeram parar.
— Não te movas! Um deles era o mesmo que tinha ido chamá-lo.
Num momento, compreendeu que tudo tinha sido um estratagema para o fazer sair e apoderarem-se dele.
—Que significa isto?
— Sabê-lo-á mais tarde.
Ouviu um riso irónico. Era Johnny. Parecia uma hiena e Harry teve vontade de lhe deitar as mãos ao pescoço e afogar aquele riso estúpido, que lhe crispava os nervos. Um dos homens despojou-o das suas armas. Imediatamente empurraram-no, obrigando-o a dirigir-se para a esquerda.
—Vamos! E fica seguro de que ao menor gesto de fuga te meterei na cabeça duas onças de chumbo! As ruas do povoado estavam silenciosas e desertas. Esperavam-no um grupo de vários homens. Thory era um deles. Olhava-o com uma expressão de alegria e os seus olhos brilharam na penumbra, animados de um sinistro desejo.
—Chegou o momento do ajuste de contas.
Levaram-no para um sítio escuro. Pararam ao pé de uma árvore.
—Tinham tudo bem preparado—sorriu Harry, ao ver uma corda suspensa de um dos ramos. Thory aproximou-se dele, com uma corda na mão. Atrás dele estava um tipo que empunhava um revólver. Os restantes permaneciam algo mais afastados.
— Junta as mãos, traidor — rugiu Thory, com raiva.
Harry estendeu os braços para diante e juntou as mãos. Thory pegou numa das pontas da corda para o amarrar. Nesse momento, Harry levantou ambas as mãos com violência e golpeou Thory no queixo. A violência do choque fez com que Thory fosse embater no homem que empunhava o revólver. Quando este quis dar-se conta do que sucedia, já estava preso por um pulso, que Harry torcia, a fim de lhe tirar o revólver.
A obscuridade favorecia-o, pois impedia os outros homens de entrar em ação. Apoderou-se do revólver do atacante, e disparou rapidamente contra um dos que se mantinham afastados. Ouviu-se uma exclamação de dor e um homem levou a mão ao braço ferido.
Thory e o outro homem fugiram, o mesmo fazendo os restantes. Entre as casas moviam-se sombras... Harry permaneceu encostado à árvore. Pouco depois chegou Simão, empunhando uma espingarda.
— Que sucedeu? — perguntou, ao reconhecer Harry. — Estás ferido? Tens sangue na testa.
—É só um golpe—respondeu Harry.
—Quem foi?
Harry apontou para um sítio. Depois encolheu os ombros.
— Queriam divertir-se à minha custa. Estraguei-lhes o jogo.
— Propuseram-se pendurar-te e é possível que o tivessem conseguido. Conheces algum dos canalhas?
— Creio que nunca os vi.
Simão olhou novamente para a corda que balouçava sobre as suas cabeças e deu uma ordem para que a retirassem dali.
— Amanhã aclararei isto. Agora é melhor que vás descansar.
Harry voltou para casa. Johnny não estava à porta. Bateu à porta do seu quarto e como não respondesse, deu um forte pontapé e abriu-a. Johnny estava no fundo, apoiado a uma parede.
—Não esperavas voltar a ver-me, hem?
—Nada tenho que ver com eles!
—És um maldito cobarde! Pior do que todos eles.
Johnny quis sair e, ao passar junto de Harry, este prendeu-o por um braço.
—Por que não tens um gesto de homem e não tiras o revólver?
— Tu queres matar-me? Procuras um pretexto para disparares sobre mim!
Harry empurrou-o até à porta da rua, sem lhe largar o braço.
— Quero descansar tranquilo! Entendeste? Necessito de dormir sem a tua presença infecta nestes sítios. Vai-te!
Johnny Ia dizer algo, mas o punho de Harry, encostando-se meigamente à sua boca, impediu-o. A meiguice fez com que Johnny rolasse uns metros pelo chão. Depois levantou-se e fugiu, a correr, perdendo-se entre as sombras da noite. Harry meteu-se então no seu quarto, fechou-se por dentro e resolveu entregar-se ao descanso.

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