Tudo estava calmo no rancho. O tio de Margaret, Jules Carson andava naquela noite a examinar os currais, observando tudo atentamente.
— Já tenho visto tudo isto muita vez... Mas é a primeira ocasião em que o faço, e posso dizer que é meu.
Parara no centro do pátio e sorria. Jules Carson estava envenenado pela ambição. Sempre invejara tudo o que o irmão possuía.
«Eu era mil vezes mais capaz e mais competente do que ele, e tinha de obedecer às suas ordens, e de caminhar na sua peugada! Mas, agora, tudo mudou... Agora, sou eu o dono disto tudo...»
Naquele momento, Margaret ainda vivia! Mas, para o miserável, era como se tudo já tivesse terminado...
A entrada da porta colocara dois dos seus homens, aqueles em quem mais confiava. E foi precisamente um deles que se aproximou de Jules para lhe perguntar:
— Patrão... que pensa fazer com a rapariga? Não podemos conservá-la indefinidamente no seu quarto!
Jules concordou.
— Claro que não. Mas tenho de pensar em qualquer coisa adequada. Talvez fazer com que ela sofra um acidente, aqui, no rancho... Não quero despertar suspeitas... E parece-me tão natural sofrer um acidente no seu próprio rancho!
Os homens sorriam. Os trabalhadores estavam a regressar naquele momento ao barracão, quando um outro homens, a cavalo, chegou ao rancho. Vinha de Alamogordo, onde fora efetuar umas compras.
— Senhor Carson — gritou agitado. — Ouça uma notícia importante; Os três homens que o xerife prendeu, fugiram! Os três! Dale Miller e os outros dois!
O tio de Margaret praguejou, entredentes.
— Esse xerife é um imbecil! Se esses homens cá vêm, pode ser uma enorme complicação...
— Se o fizerem, serão bem-recebidos, patrão!
Jules Carson soltou uma gargalhada.
— Que rica oportunidade! Evidentemente, rapazes! Recebê-los-emos o melhor possível, se vierem até cá! Por que não? E se não vierem, é o mesmo... Diremos que estiveram aqui, que nos atacaram para se vingarem de terem sido presos. Ao fim e ao cabo, minha sobrinha estendeu a esse tal Miller uma armadilha, que ele nunca esperaria! Aqui neste mesmo pátio!
Os seus olhos brilhavam astuciosamente.
— Minha sobrinha é uma rapariga valente! Ela própria dirigirá a defesa... — suspirou. — Que pena! Nem sequer urna rapariga tão bonita como Margaret está livre de receber um tiro! Vão derrubá-la com um balázio, aqui mesmo à porta...
Os três homens contemplavam o chefe com evidente admiração.
— Bem imaginado, patrão... — exclamou um deles.
— É preciso pôr os miolos a funcionar, para aguçar o engenho. Temos de preparar um sistema de vigilância perfeito, para o caso desses tipos virem cá ter. Se assim for, deixá-los-emos chegar até perto de nós, para depois os enchermos de chumbo quente, aqui mesmo no pátio. Depois traremos Margaret para que apareça morta no sítio preciso. Perceberam ?
— Talvez esses tipos estejam longe de Alamogordo, patrão. Os que se escapam dos cárceres costumam fugir muito...
— Nesse caso, o ataque, os disparos e tudo o mais para completar uma perfeita encenação do «espetáculo» será feito por nós... De qualquer maneira, minha sobrinha aparecerá morta nesta porta. Só que, nesta hipótese, os assassinos conseguiram fugir. Será essa a diferença...
Com ar cínico olhou para os malandrins que o escutavam com atenção e finalizou:
— Ouçam bem: olho vivo para que não sejamos surpreendidos! Tratemos das coisas como de ser.
Jules Carson, nervoso, duro e sem escrúpulos, conduziu os homens para o local onde começaria a preparar a emboscada.
— Já tenho visto tudo isto muita vez... Mas é a primeira ocasião em que o faço, e posso dizer que é meu.
Parara no centro do pátio e sorria. Jules Carson estava envenenado pela ambição. Sempre invejara tudo o que o irmão possuía.
«Eu era mil vezes mais capaz e mais competente do que ele, e tinha de obedecer às suas ordens, e de caminhar na sua peugada! Mas, agora, tudo mudou... Agora, sou eu o dono disto tudo...»
Naquele momento, Margaret ainda vivia! Mas, para o miserável, era como se tudo já tivesse terminado...
A entrada da porta colocara dois dos seus homens, aqueles em quem mais confiava. E foi precisamente um deles que se aproximou de Jules para lhe perguntar:
— Patrão... que pensa fazer com a rapariga? Não podemos conservá-la indefinidamente no seu quarto!
Jules concordou.
— Claro que não. Mas tenho de pensar em qualquer coisa adequada. Talvez fazer com que ela sofra um acidente, aqui, no rancho... Não quero despertar suspeitas... E parece-me tão natural sofrer um acidente no seu próprio rancho!
Os homens sorriam. Os trabalhadores estavam a regressar naquele momento ao barracão, quando um outro homens, a cavalo, chegou ao rancho. Vinha de Alamogordo, onde fora efetuar umas compras.
— Senhor Carson — gritou agitado. — Ouça uma notícia importante; Os três homens que o xerife prendeu, fugiram! Os três! Dale Miller e os outros dois!
O tio de Margaret praguejou, entredentes.
— Esse xerife é um imbecil! Se esses homens cá vêm, pode ser uma enorme complicação...
— Se o fizerem, serão bem-recebidos, patrão!
Jules Carson soltou uma gargalhada.
— Que rica oportunidade! Evidentemente, rapazes! Recebê-los-emos o melhor possível, se vierem até cá! Por que não? E se não vierem, é o mesmo... Diremos que estiveram aqui, que nos atacaram para se vingarem de terem sido presos. Ao fim e ao cabo, minha sobrinha estendeu a esse tal Miller uma armadilha, que ele nunca esperaria! Aqui neste mesmo pátio!
Os seus olhos brilhavam astuciosamente.
— Minha sobrinha é uma rapariga valente! Ela própria dirigirá a defesa... — suspirou. — Que pena! Nem sequer urna rapariga tão bonita como Margaret está livre de receber um tiro! Vão derrubá-la com um balázio, aqui mesmo à porta...
Os três homens contemplavam o chefe com evidente admiração.
— Bem imaginado, patrão... — exclamou um deles.
— É preciso pôr os miolos a funcionar, para aguçar o engenho. Temos de preparar um sistema de vigilância perfeito, para o caso desses tipos virem cá ter. Se assim for, deixá-los-emos chegar até perto de nós, para depois os enchermos de chumbo quente, aqui mesmo no pátio. Depois traremos Margaret para que apareça morta no sítio preciso. Perceberam ?
— Talvez esses tipos estejam longe de Alamogordo, patrão. Os que se escapam dos cárceres costumam fugir muito...
— Nesse caso, o ataque, os disparos e tudo o mais para completar uma perfeita encenação do «espetáculo» será feito por nós... De qualquer maneira, minha sobrinha aparecerá morta nesta porta. Só que, nesta hipótese, os assassinos conseguiram fugir. Será essa a diferença...
Com ar cínico olhou para os malandrins que o escutavam com atenção e finalizou:
— Ouçam bem: olho vivo para que não sejamos surpreendidos! Tratemos das coisas como de ser.
Jules Carson, nervoso, duro e sem escrúpulos, conduziu os homens para o local onde começaria a preparar a emboscada.
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