— Não sejas criança — sorriu-se Farley. — Eu próprio me sentirei mais tranquilo sabendo-te em lugar seguro.
— É verdade tudo isso que me dizes? — perguntou ela levantando para ele o rosto.
— Nunca falei tanto a sério. Creio que seria muito penoso para mim separar-me de ti — murmurou. — Temos passado momentos difíceis e jamais poderei abandonar-te.
Margarida permaneceu uns instantes silenciosa.
— Importas-te se te perguntar uma coisa? — inquiriu em tom travesso.
— Nunca poderás incomodar-me.
— Neste caso... Existe alguma mulher na tua vida?
— Nenhuma — respondeu Farley, sem titubear.
Então, num repentino impulso, Margarida deitou-lhe os braços ao pescoço.
— Oh! Donald! =exclamou. — Que feliz me torna saber que posso ser a primeira!
Farley ficou imóvel, surpreendido com a repentina reação da rapariga. Mas esta aproximava já o seu rosto e oferecia-lhe os lábios com tão cândida sugestão, que Farley não foi capaz de resistir a provar a doçura do beijo, que estremecia como a gota de orvalho no cálice de uma rosa de fogo.
Durante uns instantes permaneceram estreitamente enlaçados. Depois, como se se apercebesse da sua fraqueza, Farley afrouxou a pressão dos seus braços e Margarida deixou resvalar a cabeça até apoiá-la no peito do americano.
Farley passou a mão por aquele cabelo brilhante e sedoso, acariciando a cabeça de Margarida com um sentimento de profunda veneração e carinho.
— Amo-te — murmurou ela, baixinho. — Nunca pude imaginar que o amor proporcionasse uma felicidade tão grande...
Farley continuava calado. O seu espírito sentia-se igualmente perturbado, mas à doce sensação que o amor de Margarida lhe causava unia-se um sentimento de vergonha e confusão.
De repente, de um ponto situado um pouco acima do rio, partiu o estampido de um tiro, e um grito penetrante rasgou o silêncio da noite.
— É verdade tudo isso que me dizes? — perguntou ela levantando para ele o rosto.
— Nunca falei tanto a sério. Creio que seria muito penoso para mim separar-me de ti — murmurou. — Temos passado momentos difíceis e jamais poderei abandonar-te.
Margarida permaneceu uns instantes silenciosa.
— Importas-te se te perguntar uma coisa? — inquiriu em tom travesso.
— Nunca poderás incomodar-me.
— Neste caso... Existe alguma mulher na tua vida?
— Nenhuma — respondeu Farley, sem titubear.
Então, num repentino impulso, Margarida deitou-lhe os braços ao pescoço.
— Oh! Donald! =exclamou. — Que feliz me torna saber que posso ser a primeira!
Farley ficou imóvel, surpreendido com a repentina reação da rapariga. Mas esta aproximava já o seu rosto e oferecia-lhe os lábios com tão cândida sugestão, que Farley não foi capaz de resistir a provar a doçura do beijo, que estremecia como a gota de orvalho no cálice de uma rosa de fogo.
Durante uns instantes permaneceram estreitamente enlaçados. Depois, como se se apercebesse da sua fraqueza, Farley afrouxou a pressão dos seus braços e Margarida deixou resvalar a cabeça até apoiá-la no peito do americano.
Farley passou a mão por aquele cabelo brilhante e sedoso, acariciando a cabeça de Margarida com um sentimento de profunda veneração e carinho.
— Amo-te — murmurou ela, baixinho. — Nunca pude imaginar que o amor proporcionasse uma felicidade tão grande...
Farley continuava calado. O seu espírito sentia-se igualmente perturbado, mas à doce sensação que o amor de Margarida lhe causava unia-se um sentimento de vergonha e confusão.
De repente, de um ponto situado um pouco acima do rio, partiu o estampido de um tiro, e um grito penetrante rasgou o silêncio da noite.