sábado, 30 de setembro de 2017

PAS793. Eis o homem que matou o teu pai

Como se a proximidade do jovem pistoleiro lhe tivesse redobrado as forças, Pierce valeu-se de todos os seus recursos, conseguindo pouco depois colocar-se por cima do seu adversário, pondo-se seguidamente em pé.
— Vem ai James; vou dar-lhe a honra de acabar contigo — disse Carl, olhando para o homem caído e que se não atrevia a levantar-se.
Doris divisou muito longe dali o vulto de um cavaleiro que se aproximava velozmente. Tinha passado muitas horas suspirando pela sua vinda, acreditando firmemente que isso representaria a liberdade para ela... Aquele que fora em busca do dinheiro do resgate tinha acabado de chegar. Que iria acontecer agora?
James apeou-se da montada, olhou à sua volta, perguntando finalmente:
— Que significa isto?
— Foi esse imbecil do Godfrey que tentou abusar da rapariga... e ela repeliu-o a tiro, vendo-se ele obrigado a fugir — disse Pierce. — Foi condenado à morte; acaba tu com ele.
 James avançou alguns passos e debruçou-se sobre Godfrey que nada de bom devia ter lido nos olhos do mancebo porque começou a rastejar para trás enquanto dizia:
— Um momento, James! Deixa-me falar...
O recém-chegado deu uma forte calcadela num dos pés do vencido para o impedir de continuar a afastar-se.
— Porque desejas falar? L para rezar as tuas orações?
Godfrey, apoiando-se em ambos os braços, erguia-se o mais possível, talvez para que o ouvissem melhor:
— Escuta-me, James!... Tu que passaste toda a tua vida a querer saber quem matou teu pai... vais sabê-lo agora: Ai o tens! Carl Pierce é o homem que assassinou teu pai!

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