terça-feira, 12 de abril de 2016

PAS617. Como podem ser diferentes os encontros à beira do rio

— Quem anda ai? — perguntou Agnes.
— Eu... — disse Alan, saindo dentre o arvoredo — Esperava o meu irmão, não é verdade?
— Que lhe importa? Seu irmão é maior. Não precisa de ama!
— Cale-se! Não consentirei que seja insolente comigo. Meu irmão não virá, porque o encarreguei dum trabalho longe daqui. Sou eu que quero falar consigo, percebe? Quero que deixe de falar com meu irmão. Você não passa de uma gata selvagem, digna filha desse velho canalha que é seu pai. Pediram para passar com esses ascorosos animais pelo Triangulo da índia Morta, e há mais de três semanas que ai estão a esgotar os terrenos. E agora seria estupendo, além de dispor das terras pescar um dos filhos do velho cego McFaden, nao é verdade?
A palidez da jovem transformou-se num intenso rubor. Ergueu a mão para desferir uma bofetada, mas Alan segurou-lhe o braço no ar.
— Não baterei numa mulher, mas também não consinto que uma gata me arranhe. Já sabe: procure não falar mais com o meu irmão.
Deu meia volta desapareceu entre o arvoredo.
— Maldito, maldito sejas! — gritou a jovem -- Juro que o pagarás!
Agnes chorou com desespero durante longo tempo. Quando se pôs em pé enxugou as lágrimas com um lenço e retomou o caminho do Triangulo da Índia Morta.

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