sexta-feira, 10 de setembro de 2021

BIS020.00 Segrram, Ódio de Morte: argumento interessante, texto pouco elaborado


Este livro de Raf Segrram até tem um argumento interessante. Bernard é o filho que anseia por gastar sem trabalhar e, por isso, despreza os vaqueiros que trabalham no rancho propriedade do seu pai, um velhote generoso que criou como filho aquele que agora é o capataz do rancho «Branco», Jerry Gunder.

Naturalmente, Bernard odeia Jerry que exerce grande influência no pai, mas, enquanto está longe, isso não o afeta muito. Com o tempo, as necessidades de financiamento de Bernard cresceram substancialmente e, um dia, resolveu regressar ao rancho para tentar modificar a opinião do pai a seu respeito e conseguir mais dinheiro.

Aí, o filho do proprietário e o capataz vêm mesmo a confrontar-se e a verdade é que o bondoso rancheiro nunca se deixou influenciar pela linguagem negativa do descendente, manifestando, no entanto, uma grande debilidade a nível de saúde. E foi exatamente um desgosto proveniente da atitude de Bernard que o fez exalar o último suspiro.

A abertura do testamento do velho rancheiro deixou Bernard desesperado quando se viu sem o rancho, sem a noiva e com o anátema de pessoa desonesta. E um dia o confronto entre os dois homens foi efetivo e conduziu a várias mortes.

O mais irritante de «Ódio de morte» são os diálogos levados ao exagero de inúmeros monossílabos e as palavras que, por vezes, não parecem as mais apropriadas para caraterizar uma situação tornando o texto numa espécie de «conversa de chacha». Não sei se isto se deveria a inexperiência do autor ou do próprio tradutor, já que nesta fase a Coleção Bisonte estaria bem no início. O tradutor, Felisbela Rolo Duarte, surge-nos em mais de 50 obras editadas por esta altura.

A partir de hoje, aqui encontrarão o livro em disponibilização integral.

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