Quando desembocaram naquele terreno, Virgil que parecia conhecer alguma coisa a respeito dele, exclamou, dirigindo-se a Colorado:
— Aqui não é Panhandle?
— Exatamente.
— Ouvi dizer que um tipo chamado Pecos Bill transformou isto como por artes de magia. Quer dizer-me quem foi esse tipo com tanto poder?
— Um homem que preferiu nascer no Texas em vez de nascer no Kentucky, pois se nascesse lá não os aturaria de maneira nenhuma.
— Vai dizer-me que valia mais que o nosso cavalo «Dominó»?
— O seu cavalo era um pigmeu em comparação com Pecos Bill, meu conterrâneo.
«E já que parece desconhecer a sua história, contar-lha-ei, nem que seja para não tornar a presumir sobre cavalos, «whisky» e outras ninharias.
«Pecos Bill é o avô de todos nós, os «cow-boys». Dizem que nasceu no Texas e que um dia, viajando no carro de seu avô, caiu dele e não puderam encontrá-lo. «Foi encontrado pelos coiotes, os quais o criaram e fez-se tão temível que até os répteis mais venenosos fugiam aterrados dele, quando o viam aparecer, porque as suas mordeduras eram mais perigosas do que as da serpente cascavel.
«Para montar, desdenhava os cavalos e montava os mais ferozes pumas e, como se aborrecia sozinho, inventou os escorpiões e as tarântulas que tão frequentes são no deserto.
«Conta-se, que por aposta, um dia montou num ciclone procedente de Oklahoma e, sobre ele, atravessou três Estados. À sua passagem, as montanhas metiam-se pela terra dentro para lhe dar lugar e os bosques transformados em erva quando sobre eles passava no seu estranho carro. Até o ciclone, aterrado daquele alucinante cavaleiro, não sabendo como libertar-se do seu jugo, se converteu em chuva e desfez-se precisamente aqui, dando origem ao Panhandle.
— Uma bela história. E que foi feito desse infeliz Pecos Bill?
— Desapareceu. Deve ter morrido afogado quando caiu.
— Teve sorte, porque suspeito que se tivesse vivido e casado... teria apanhado muitas tareias da mulher por ser rebelde e travesso. Pergunto a mim mesmo para que serve esta enorme extensão de terra coberta de erva, se ninguém a aproveita.
— Até agora não, mas está em vias de ser aproveitada.
— Vão mudar-se para ela todos os rancheiros do Oeste?
— Nada disso. O ano passado, o Estado do Texas ofereceu três milhões de acres de terras a quem, em troca; se comprometesse a erigir por sua conta um edifício destinado ao Governo de Austin. «Dois comerciantes de Chicago muito ricos, chamados John e Charles Farwell, apressaram-se a aceitar a oferta sem sequer terem vindo lançar uma vista de olhos para isto e mandaram o dinheiro para a construção do edifício. Entretanto, organizaram uma sociedade, com quinze milhões de dólares para fundar o rancho mais fabuloso do mundo, só com a ideia de guardar todo o gado do Texas.
— Aqui não é Panhandle?
— Exatamente.
— Ouvi dizer que um tipo chamado Pecos Bill transformou isto como por artes de magia. Quer dizer-me quem foi esse tipo com tanto poder?
— Um homem que preferiu nascer no Texas em vez de nascer no Kentucky, pois se nascesse lá não os aturaria de maneira nenhuma.
— Vai dizer-me que valia mais que o nosso cavalo «Dominó»?
— O seu cavalo era um pigmeu em comparação com Pecos Bill, meu conterrâneo.
«E já que parece desconhecer a sua história, contar-lha-ei, nem que seja para não tornar a presumir sobre cavalos, «whisky» e outras ninharias.
«Pecos Bill é o avô de todos nós, os «cow-boys». Dizem que nasceu no Texas e que um dia, viajando no carro de seu avô, caiu dele e não puderam encontrá-lo. «Foi encontrado pelos coiotes, os quais o criaram e fez-se tão temível que até os répteis mais venenosos fugiam aterrados dele, quando o viam aparecer, porque as suas mordeduras eram mais perigosas do que as da serpente cascavel.
«Para montar, desdenhava os cavalos e montava os mais ferozes pumas e, como se aborrecia sozinho, inventou os escorpiões e as tarântulas que tão frequentes são no deserto.
«Conta-se, que por aposta, um dia montou num ciclone procedente de Oklahoma e, sobre ele, atravessou três Estados. À sua passagem, as montanhas metiam-se pela terra dentro para lhe dar lugar e os bosques transformados em erva quando sobre eles passava no seu estranho carro. Até o ciclone, aterrado daquele alucinante cavaleiro, não sabendo como libertar-se do seu jugo, se converteu em chuva e desfez-se precisamente aqui, dando origem ao Panhandle.
— Uma bela história. E que foi feito desse infeliz Pecos Bill?
— Desapareceu. Deve ter morrido afogado quando caiu.
— Teve sorte, porque suspeito que se tivesse vivido e casado... teria apanhado muitas tareias da mulher por ser rebelde e travesso. Pergunto a mim mesmo para que serve esta enorme extensão de terra coberta de erva, se ninguém a aproveita.
— Até agora não, mas está em vias de ser aproveitada.
— Vão mudar-se para ela todos os rancheiros do Oeste?
— Nada disso. O ano passado, o Estado do Texas ofereceu três milhões de acres de terras a quem, em troca; se comprometesse a erigir por sua conta um edifício destinado ao Governo de Austin. «Dois comerciantes de Chicago muito ricos, chamados John e Charles Farwell, apressaram-se a aceitar a oferta sem sequer terem vindo lançar uma vista de olhos para isto e mandaram o dinheiro para a construção do edifício. Entretanto, organizaram uma sociedade, com quinze milhões de dólares para fundar o rancho mais fabuloso do mundo, só com a ideia de guardar todo o gado do Texas.
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