sábado, 20 de agosto de 2022

CLF002.10 Matança no Grande Canhão


— Que surpresa! — exclamou Milnor, avançando para Joan. — Já sabes da morte de Fairmont e dos seis homens?

— Foi por isso que voltei — respondeu ela, mentindo. — Julguei que também lhe tinha acontecido alguma coisa. Estive em casa e como não encontrasse lá ninguém, receei qualquer coisa.

— Esses cobardes só agem quando estão em vantagem — disse Ipsurich.

— Que aconteceu, então? — perguntou Joan.

— Ignoro. Apenas sei que mataram sete homens. Conheces alguns pormenores? É que nós não estávamos lá! — respondeu o pai.

— Só ouvi dizer que houve tiroteio no Saloon de Fairmont e que ele tinha morrido e mais seis homens...

— Não viste o teu amigo? — pergunto Milnor, num tom irónico. — Já te disse que corri a casa assustada, e como ninguém me respondesse, vim aqui.

— Está bem! — E noutro tom acrescentou, dirigindo-se aos seus amigos —É preciso acabar com esses dois patifes. E Joan pode servir de isca, para apanhá-los.

A rapariga abriu os olhos com espanto.

— Não podes utilizar-me para um acto tão vil, como esse.

— Julgas que vamos deixar que nos matem? Não esperes por isso. Iremos daqui, mas só depois de matar o sobrinho de Salby e o seu companheiro. Tu vais escrever-lhe um bilhete, pedindo-lhe que vá ver-te a qualquer sítio.

— Não pense nisso. Eles não cairão na armadilha—observou Linton— não são tão tolos como isso. É melhor mandar um vaqueiro, que não conheçam, para lhes dizer que viram Joan, em determinado sítio... Eles correrão logo a auxiliá-la. E outros vaqueiros poderão matá-los à traição, antes de lá chegarem... Não devemos ter contemplações com eles... Temos perdido muito tempo!...

Ao ouvir isto, Joan verificava que seu pai estava disposto a tudo, para se livrar dos dois corajosos rapazes. E pensava nas palavras do seu amigo, quando entrava em casa. Sim, agora estava convencida de que o seu próprio pai seria capaz de matá-la, só para salvar a pele. Então, sentindo uma onda de revolta íntima, disse:

— Eles enforcarão todos, como uns assassinos cobardes.

— Não conseguirás nada, com gritos, nem armando escândalo. Os vaqueiros estão longe e nós não faremos caso de ti — disse Milnor, com cinismo.

— De nada servirá isso. Podem estar certos de que, se eu faltar nas festas, os vaqueiros se apresentarão aqui, dispostos a pendurá-los...

O pai fitou os outros e disse:

— Não tínhamos pensado nisso. Se ela não aparecer, todos eles virão aqui e arrasarão tudo!... Não se deve fazer isso.

— Mas tua filha pode ir dar à língua e ela sabe muitas coisas! — retorquiu Linton. 

— Ela não dirá nada... Se o fizer, mataremos esse pernalta, de quem ela se enamorou — acrescentou

— É uma contrariedade terem-na feito Rainha das festas — disse Ipsurich.

— Nós vamo-nos embora — disse outro dos elegantes.

— Vocês têm que ajudar-nos a acabar com esses rapazes. Foram sempre bons «pistoleiros» e agora fazem-nos falta pessoas assim — disse Milnor.

— Também tu o foste — replicou Ipsurich. — Tua filha não sabe?! Pois já devias ter-lhe dito isso tudo. Foste tu que levaste o ouro que havia em casa daqueles jovens, de que te aproveitaste bem e.…

— Cala-te! — gritou Milnor.

— Calo-me, porquê?! Tua filha já é uma mulher e não vai assustar-se por saber o que fizeste com a pequena, depois de matar seu irmão... E culpaste-me disso... Eu só disparei sobre o rapaz, quando ele ia atirar--se a ti...

— Não quero que fales nisso!... — disse Milnor, ameaçador.

Joan fitava seu pai, com os olhos muito abertos, pelo terror. Fora ele quem abusara da jovem e matara-a depois do irmão, levando o dinheiro que havia em casa. Se Pete soubesse, seu pai não se salvaria.

O que ela agora ignorava era que Pete, ao ver luz na casa de jantar, se aproximara e, através da janela escutara tudo quanto eles tinham dito.

Linton disse que ia para o seu rancho, enquanto os outros recolheriam aos seus quartos, para dormir. Pete escondeu-se, vendo Linton partir. Não era este quem o preocupava mais.

Tinha de auxiliar Joan a castigar os assassinos dos irmãos de Nora que o acaso tinha posto no seu caminho.

Como viu os quartos iluminados, do seu esconderijo pôde distinguir quem os ocupava. A sua alta estatura permitir-lhe-ia entrar facilmente nos quartos. Só Joan ficara num quarto sem janela, onde seu pai a encerrara para que não pudesse fugir.

Na manhã seguinte, quando ela acordou, ouviu um rumor de conversações e vozes dentro de casa. Começou, então, a bater com força na porta, da parte de dentro, para que seu pai lha abrisse. Foi um vaqueiro que lhe apareceu.

— O meu pai?

— Ele encerrou-a aqui? — perguntou o vaqueiro.

— Sim. Onde está ele?

— Onde está?... Agora, já não poderá encerrá-la! — replicou o vaqueiro.

— Mas que aconteceu? Fala!

— O que aconteceu... Não sei. Só o que sei é que os encontrámos todos «pendurados» ... Mas tinham sido apunhalados antes... Foi uma morte silenciosa...

Joan começou a chorar. Acabara por compreender que Pete, não se fiando no pai dela, a seguira até casa e, possivelmente, ouvira a conversa.

Os vaqueiros foram fugindo, um a um. Não queriam ser enforcados como o patrão. Ficou apenas aquele com quem Joan falara.

Numa carreta levaram os cadáveres para a cidade. As amigas de Joan, procuraram consolá-la com afetuosas palavras de conforto e carinho. A pobre rapariga não se revoltava contra Pete.

Pelo contrário, reconhecia que o que ele ouvira, devia tê-lo perturbado e enlouquecido; mas ela teria preferido que deixasse escapar seu pai.

Entretanto, Pete e Chester tinham ido ao rancho de Linton, acompanhados de Selby. Foi este que se apresentou na casa. Antes de se aproximarem dali, tinham visto animais de diferentes ferros.

— Tenho sido um parvo chapado — disse o xerife —nunca me ocorreu que este rancho tem servido para centralizar as reses que são roubadas longe daqui...

— Castigaremos esse cobarde ladrão — disse Pete. —Ontem à noite ouvi-o falar, como se fosse um dos chefes...

— Quem poderia suspeitar dele? Era o de melhor fama entre os ganadeiros.

— Fizeram tudo muito bem. Mas cometeram a tolice de quererem rir-se de ti, como xerife! — disse Chester.

Ao saber que Selby o esperava, Linton correu logo ao seu encontro. Mas ao ver os outros dois, pôs-se em guarda.

— Olá, Selby... Vens para trabalhar aqui, como vaqueiro? Fazes bem. Deixa essa placa que só te tem dado desgostos. Posso pagar-te mais do que antes!

— Não! Mas quando terminarem as Festas, partirei com meu sobrinho para o Texas, outra vez.

Pete, entretanto, limpava as unhas com a ponta da lâmina da faca. Não olhava para ele, nem proferia palavra.

— E então? Não sabes nada de Joan? — perguntou Selby — Estivemos no rancho do pai, mas não encontrámos ninguém. Até os vaqueiros desapareceram. muito estranho.

— Quê? — perguntou Linton, como assombrado. --Partiram todos?

— Exatamente. E confesso que não esperava encontrar-te aqui.

— Porquê?

— Porquê?! Como és tu quem guarda as reses roubadas, julguei que terias medo das consequências. Se eles partiram, é porque havia perigo!

Linton estava pálido.

— Não percebo nada do que dizes! — disse, fazendo um esforço para serenar.

— Quando vínhamos para aqui, vimos muitas reses roubadas! — observou Chester. — O senhor -devia ter mais cuidado. Às vezes, não basta a fama de honrado! Linton pôs-se a rir. Dedico-me a comprar reses a todos — explicou. — É que não me preocupo que vejam, nem que saibam...

— Tão ladrão é o que rouba, como o recetador! — retorquiu Selby.

— Que combinaram no rancho de Milnor, antes do senhor sair? — perguntou Pete sem o olhar. Sempre resolveram levar Joan para estenderem a armadilha a Chester? Ou mataram-na? Vamos, explique-se...

— Não sei!

— Não é preciso que mo diga... Eu ouvi tudo, pela janela da sala de jantar — interrompeu Pete.

— Estás enganado. Eu... Quando o vi sair de lá, não quis incomodá-lo, porque queria matar os outros. Estão pendurados à porta do rancho. Matei-os com esta faca... Pelo menos, não houve barulho.

Linton não podia falar. Ele sabia muito bem o que queriam dizer aquelas palavras. E olhava para a faca que Pete tinha na mão.

—Eu... não matei ninguém... e...

Linton fez um movimento rápido, mas não tão rápido que evitasse que a lâmina da faca do outro entrasse até ao cabo na garganta. Pete apenas exclamou:

— Cobarde!

Os três homens saíram do rancho. Os vaqueiros, ao ver aquilo, sentiram-se possuídos de um medo pânico. Esse medo, porém, aumentou pouco depois, quando apareceu um cow-boy, a contar o que acontecera no rancho de Milnor. A fuga foi geral. E quando os vaqueiros, enviados pelo xerife, apareceram dispostos a lutar, tomaram conta de tudo, sem disparar um só tiro.

 

»

 

Chester e Pete chegaram ao Grande Canhão, a cidade que estava muito próxima da maravilha natural do mesmo nome. Os que estavam à porta do único bar, da cidade, olharam-nos com curiosidade. Depois de deixarem os cavalos à porta, entraram, cumprimentando os curiosos. O homem que estava ao balcão examinou-os com a maior atenção. E perguntou a rir.

— Acaso cresceram juntos?

— Assim parece I — respondeu Chester.

— Há um tipo no rancho do Grande Canhão tão alto como vocês. São os mais altos que tenho visto até agora. Um barril para cada um? Com esses corpos, um copo deve ser como uma gota para mim!

— Basta um duplo para cada um! — disse Pete, sorrindo. Depois perguntou noutro tom: — Há algum rancho nas profundidades do Grande Canhão?

— Há!... E muito importante! Sobretudo, depois do seu dono ter desaparecido.

— Como? — perguntou Chester — Então, não tem dono?

— Creio que pertence à cidade! — respondeu o barman, olhando em todas as direções. — Mas ainda não vimos benefício algum... Cada dia há menos reses... e...

Interrompeu-se de súbito, com um 'sinal significativo. O xerife da localidade acabava de entrar.

— Forasteiros?... Estão de passagem?

Pete fitou-o com curiosidade. O seu rosto fazia-lhe recordar alguém.

— De passagem, não. Vimos procurar trabalho. Sabemos que há um rancho no fundo do Grande Canhão, que emprega muitos vaqueiros.

— Quem lhes disse? Este imbecil? Não façam caso!...

— Não poderíamos falar com o dono? — perguntou Pete. — É um amigo meu!...

— O dono, amigo teu? — E o xerife pôs-se a rir.

— Sim! Então não se chama Mat Stickney? Esteve comigo na guerra. Disse-me que tinha um rancho no fundo do Grande Canhão.

— Mas donde vêm que não conhecem a história desse tipo?

— Oiça, xerife! — cortou Pete — Mat era um bom rapaz.

— Isso também nós julgávamos! — disse o xerife—Mas soube-se depois que a história do rancho era um pretexto para estar dias e dias sem aparecer aqui... E o que fazia era assaltar as diligências... Pois não viram isso nos pasquins? Há-os por toda a parte.

— Viemos das festas de Las Vegas — disse Chester — e não vimos nada disso. Trabalhámos ali com Línton. e Milnor, e como eles morreram, ficámos sem trabalho. Por isso resolvemos vir até cá, por este meu companheiro de se ter lembrado de Mat. Foi essa circunstância que nos decidiu, mas ignorávamos tudo isso. Talvez aqui este meu amigo não tivesse tempo de saber como ele era, na realidade. Há tantos casos desses!

— Pois digo-lhes que é procurado. Figura com ele um tal Preston Madison. Conheceste-o também na guerra? Creio que eram amigos...

— Bem sei!... Era o nosso coronel. Também, bom rapaz...

 — Coronel? — repetiu o xerife, assombrado.

— Pois, claro. Stickney não falou dele? — perguntou Pete.

— Não... Não ouvi falar dele — respondeu o xerife muito perturbado.

— Quem tomou conta, então, deste rancho? — quis Pete saber.

— Eu, naturalmente... Mas em nome da cidade, como compensação para o desprestígio desta zona e para pagar àqueles que roubou.

— Tudo isso é muito estranho! — observou Chester — Então, não tem herdeiros?

— Ele casou... Mas a mulher também desapareceu! -- esclareceu o xerife.

— Não, compreendo nada... Ele não tem vindo por aqui?

— Não. Sabe que seria enforcado.

— Mas comprovou-se que era ele quem assaltava as diligências?

— Conheceu-o um vaqueiro daqui, que ia de passagem numa das diligências atacadas.

— Nada do que tenho ouvido se dá com o temperamento de Mat... Não me agrada nada disso— disse Pete, olhando para Chester. Depois, mudando de assunto, continuou: — Bem, sendo o senhor quem está na posse do rancho, poderemos ir até lá. Gostaríamos de ficar a trabalhar nele, se houver possibilidade....

— Sinto muito, mas há uma ordem expressa que não permite a entrada a estranhos e não serei eu quem falte a ela... — disse o xerife a rir.

— Nesse caso, iremos lá por nossa conta. Assim, já ninguém pode dizer nada ao senhor...

— Já lhes disse que é uma ordem expressa.

— Seja como for, iremos... — insistiu Pete— Não me agrada nada disto e quero ver o rancho. E.… nem mesmo acredito em nada do que o senhor disse... Comunicou a alguém, na cidade, que Mat havia encontrado ouro no rancho?

Os que escutavam olharam assombrados. O xerife parecia nervoso.

— Isso é uma tolice!

— Que nós comprovaremos indo ao rancho — acrescentou Pete.

— Não quero que possam pensar mal de mim, por me opor... Mas como é uma ordem geral para todos, têm de desculpar que, apesar de tudo, insista.

— Os habitantes daqui ainda não pensaram que não é vulgar proibir a entrada no rancho, se não há nele gado roubado ou qualquer coisa estranha? Os vaqueiros são todos daqui?

— Não trabalha lá ninguém da cidade! — respondeu o barman.

— Isto é que é claramente suspeito, xerife. Se eu fosse daqui, trataria de averiguar o motivo de não ter trabalhadores desta localidade e porque não deixam entrar ninguém no rancho. Tudo indica que é ouro que estão extraindo dali e por isso assassinaram Mat, urdindo essa comédia dos assaltos.

— Estou a ver que o meu amigo tem uma fogosa imaginação! — disse o xerife.

— E eu estou vendo que se essa mão faz o mais pequeno movimento, acabarão os embustes do xerife de Grande Canhão — replicou Pete.

O xerife havia empalidecido.

— Não pensava fazer nada contra vocês.

— Antes assim... — replicou Pete. — Mas para maior segurança, desarma-o Chester. E não esqueças que pode ter alguma arma, escondida dentro da camisa.

Chester obedeceu ao seu companheiro.

— Agora podemos falar com mais tranquilidade... Donde trouxeram os trabalhadores? — inquiriu Pete.

— De longe... — respondeu o barman. — Mas eles não vêm aqui... Nunca saem do rancho.

— Há pressa em conseguir grandes quantidades de ouro? — insistiu Pete.

— Qual ouro, nem qual demónio!? Quem lhe meteu essa na cabeça?

— Quem sabia...

— Aí vem o ajudante do xerife! — anunciou um vaqueiro.

— Vai recebê-lo, Chester — disse Pete, fazendo um sinal significativo.

Quando o ajudante entrou, encontrou-se com o «Colt» de Chester, apontado ao peito.

—Mãos ao ar!

O recém-chegado obedeceu.

— Não se assuste!... Nós não estamos de acordo com o xerife acerca da quantidade de ouro que está no escritório... — disse Pete, inesperadamente. O nosso xerife afirma que não chega a dez libras de peso, mas os informes que temos não são esses...

— Pois não chega!... Há muito menos.

— Imbecil! — rugiu o xerife — Caíste na ratoeira.

Os ouvintes, convencidos de que os tinham enganado, cercaram os dois, ameaçadoramente.

— Ladrões! Assassinos!... Foram eles que mataram Mat, com certeza... — disse o barman — E para justificar a sua ausência fizeram esses cartazes...

— Foi o que aconteceu, sim... O xerife. é de cá?

— Não! Veio há um ano e trabalhou com Mat... Apresentou-se como seu amigo. Creio que é irmão de um militar, amigo de Mat... Veio recomendado por ele. Esteve aqui duas vezes, fardado de...

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— Não diga mais! — exclamou Pete — Bill Faulkton!

O xerife fitou-o assombrado. Entretanto, Pete continuou:

— Agora tudo se esclarece! Já podes dizer ao xerife quem és!... O meu amigo chama-se Chester Morrison e é inspector dos Federais. É que eles não acreditaram na história dos pasquins, ou antes, Mat escrevera-lhes a preveni-los...

— Quer ver?! — perguntou Chester — Está aqui a minha nomeação! — E mostrou-lha.

— Eu não intervim na morte de Mat! — exclamou o ajudante do xerife Foi ele e uns amigos seus que o mataram.

— Não façam caso desta história... Estes dois são uns ladrões que vêm roubar o ouro! — disse o xerife.

— Então, o meu amigo não sabia do ouro!... Já não se recorda do que disse há pouco?

— Esse ouro é da região e estão a levá-lo daqui!...

— Quando vier o meu irmão... -- Será enforcado como o senhor...

— Eu não fiz nada... — gemia o ajudante.

— Está a chegar o único trabalhador do rancho que vem ver o xerife — anunciou um vaqueiro.

— Preparem as armas e vigiem-no quando ele entrar.

Com efeito, apareceu um trabalhador, que entrou com rapidez, perguntando:

— O xerife está aqui?

Mas deteve-se ao ver a atitude dos vaqueiros. Pete quase deu um salto.

— Olá!... É um velho amigo, que se fazia passar por Preston Madison!

O outro, ao conhecê-lo, levantou as mãos ao ar, empalidecendo.

— Não deves matar-me... Eu não estava de acordo com os tipos da pedreira...

— Isso para cá não pega! Que fazes aqui? De modo que o companheiro dos assassinos de Mat está metido no rancho, para levar o ouro!...

— Pois sabes?...

— Sei, sim! E sabes como me chamo? Preston Madison... Aquele cujo nome tens desacreditado... Intervieste na morte de Mat?

— Não!... Foi este quem o matou! — e indicou o xerife — Ele e o irmão ofereceram-me uma boa parte do ouro, para realizar assaltos, dizendo que era Preston Madison. O major disse-me que eu era tão alto como Preston e que, portanto, poderia enganar toda a gente...

— E pagaram-te o prometido? — perguntou Chester.

— Têm-me trazido enganado... É por isso que queria falar com o xerife!...

— Provavelmente, em vez de ouro, dar-te-iam chumbo... — disse Pete.

— Também creio...

O falso Preston foi desarmado e detido. Os outros dois foram enforcados. Era necessário o testemunho do preso para esclarecer o caso dos assaltos. Entretanto, um numeroso grupo de cavaleiros correram em direção ao Grande Canhão e caíram sobre os que estavam na mina, tendo matado todos eles.

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