sexta-feira, 5 de junho de 2015

PAS477. A partida do presidiário

Contexto da passagem: na sequência de um assalto mal sucedido ao banco de Butler, John Foster ficou desastradamente fechado numa gaiola de segurança e foi preso e condenado a dez anos de prisão. Este é o momento da partida





Faltavam poucos minutos para as dez.
O cocheiro estava já na boleia, aguardando o momento de partir.
Dentro da diligência encontravam-se o xerife, os dois ajudantes e Foster.
Cá fora, contendo a muito custo, as lágrimas, apoia na porta, encontrava-se Mary.
Foster acariciava-lhe a cabeça através do postigo. Os seus pulsos estavam algemados.
— Mary, cuidarão de ti, não temas... --- murmurou ele.
Ela mordeu os lábios para conter as lágrimas.
— Quero-te, apesar de tudo... — murmurou.
O relógio assinalou as dez. O cocheiro fez estalar o chicote e o carro pesadão pôs-se em movimento.
-- Cuidarão de ti — repetiu Foster.
— Quero-te, John, quero-te... — murmurou ela.
A mão dele deslizou sobre a cabeça de Mary.
Separavam-se. Talvez para sempre.

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