O grande chefe Moose John nunca terá pensado nas consequências da sua oferta de um conjunto de seis pepitas de oiro ao cartógrafo O’Donnell como prémio da sua habilidade para produzir explosões. Se conhecesse a maldade dos homens, talvez não passasse mais de trinta dias da sua vida preso numa choça enquanto os seus irmãos de raça enchiam sacos e sacos de pepitas sob a ameaça de lhe roubar a vida.
E não se pense que os instintos bélicos se ficaram pela equipa de O’Donnell. É que um grupo de “pacíficos” quakers, homens e mulheres que recusavam a utilizar as armas para se defender ou atacar os seus semelhantes, acabaram por massacrar a tribo de arapahos quando a equipa do cartógrafo já não era problema.
Oiro, maldito oiro! Tu converteste, sob a pena brilhante de Cesar Torre, um local de esperança numa terra amarga, transformando as geladas terras de Lemhi num mar de sangue.
«Terra Amarga» é um excelente livro publicado na Coleção Arizona como número 161 e que aqui reproduziremos ao longo dos próximos dias. Nele, o autor exibe toda a capacidade para demonstrar que, na sua mente, um conflito nunca está resolvido já que das suas consequências se podem produzir diferentes réplicas. A tradução, a cargo de M. Correia, deixa perceber devidamente o conteúdo, nada havendo a apontar-lhe.
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