Havia um homem sentado por detrás de urna secretária, entre um montão de papéis e faturas, de uns trinta anos de idade, cabelo preto e encaracolado, olhos azuis de profundo olhar, nariz aquilino e porte altivo e orgulhoso.
Ao vê-lo, Talú disse para si mais uma vez que era aquele o seu marido, o homem com quem estava casada. Como um relâmpago perpassaram pela sua mente todos os factos devido aos quais tinha contraído matrimónio com ele.
Quando aconteceu «aquilo», era ela a noiva de Monty Evans. Até ao último instante sentiu-se presa ao amor que tinha sabido despertar nela. Inclusivamente chorara deveras no dia em que o tinham levado. Mas depois...
Depois tudo se tornara difícil para ela. As suas amigas, as pessoas de bem de Corona, os seus pais, todos mas todos lhe voltavam as costas. Era a namorada, a noiva de um ladrão de gado. Todos a apontavam com o dedo. Todos, menos uma pessoa. O homem que se levantava agora do cadeirão dirigindo-se a ela com um sorriso nos lábios. O seu marido, Vic Gordon.
Antes de se deixar abraçar por ele pensou que, se não fora inteiramente feliz a seu lado, também infeliz não o tinha sido. Que tinha um filho de três anos. E que Monty Evans regressara para destroçar tudo.
Ofereceu os seus lábios ao marido que se curvou para a beijar como tantas outras vezes. Mas imediatamente se apercebeu do seu demudado semblante. Então separou-se dela, perguntando visivelmente alarmado:
— Talú! Que tens? Que é que te aconteceu na povoação?
Ela abriu a boca repetidas vezes, sem conseguir articular palavra. Vic Gordon não insistiu. Pelo contrário. Esperou com infinita paciência que serenasse. Uma vez conseguido isso, com suma delicadeza tirou um lenço da algibeira e começou a secar as lágrimas que rasavam os olhos femininos.
— Por favor, Talú! Que tens?
A rapariga respondeu com voz rouca, depois de tremendo esforço:
— Voltou, Vic! Voltou!
O rancheiro não a compreendia.
— Mas voltou quem, Talú?
— Oh! Vic! Voltou Monty Evans!
Por uns instantes, meio segundo talvez, Vic Gordon empalideceu ligeiramente. Mas refez-se imediatamente, não querendo que ela voltasse a chorar ao notar o seu I. lado de espírito. — Mas, Talú — disse sem qualquer convicção, —Monty nasceu em Corona. É absolutamente natural que tenha voltado. Ela crispou as suas belas mãos nas bandas do casaco do marido. Não foi por isso que regressou, Vic. Regressou para se vingar. De todos. Talvez até de mim, por o ter abandonado quando mais falta lhe fazia. De ti, porque julgará que aproveitaste a sua ausência para te aproximares da mulher que ele amava. Dos homens que enforcaram Ted Sinclair... Vic...! Vic! Tenho.., tenho muito medo!
Ao vê-lo, Talú disse para si mais uma vez que era aquele o seu marido, o homem com quem estava casada. Como um relâmpago perpassaram pela sua mente todos os factos devido aos quais tinha contraído matrimónio com ele.
Quando aconteceu «aquilo», era ela a noiva de Monty Evans. Até ao último instante sentiu-se presa ao amor que tinha sabido despertar nela. Inclusivamente chorara deveras no dia em que o tinham levado. Mas depois...
Depois tudo se tornara difícil para ela. As suas amigas, as pessoas de bem de Corona, os seus pais, todos mas todos lhe voltavam as costas. Era a namorada, a noiva de um ladrão de gado. Todos a apontavam com o dedo. Todos, menos uma pessoa. O homem que se levantava agora do cadeirão dirigindo-se a ela com um sorriso nos lábios. O seu marido, Vic Gordon.
Antes de se deixar abraçar por ele pensou que, se não fora inteiramente feliz a seu lado, também infeliz não o tinha sido. Que tinha um filho de três anos. E que Monty Evans regressara para destroçar tudo.
Ofereceu os seus lábios ao marido que se curvou para a beijar como tantas outras vezes. Mas imediatamente se apercebeu do seu demudado semblante. Então separou-se dela, perguntando visivelmente alarmado:
— Talú! Que tens? Que é que te aconteceu na povoação?
Ela abriu a boca repetidas vezes, sem conseguir articular palavra. Vic Gordon não insistiu. Pelo contrário. Esperou com infinita paciência que serenasse. Uma vez conseguido isso, com suma delicadeza tirou um lenço da algibeira e começou a secar as lágrimas que rasavam os olhos femininos.
— Por favor, Talú! Que tens?
A rapariga respondeu com voz rouca, depois de tremendo esforço:
— Voltou, Vic! Voltou!
O rancheiro não a compreendia.
— Mas voltou quem, Talú?
— Oh! Vic! Voltou Monty Evans!
Por uns instantes, meio segundo talvez, Vic Gordon empalideceu ligeiramente. Mas refez-se imediatamente, não querendo que ela voltasse a chorar ao notar o seu I. lado de espírito. — Mas, Talú — disse sem qualquer convicção, —Monty nasceu em Corona. É absolutamente natural que tenha voltado. Ela crispou as suas belas mãos nas bandas do casaco do marido. Não foi por isso que regressou, Vic. Regressou para se vingar. De todos. Talvez até de mim, por o ter abandonado quando mais falta lhe fazia. De ti, porque julgará que aproveitaste a sua ausência para te aproximares da mulher que ele amava. Dos homens que enforcaram Ted Sinclair... Vic...! Vic! Tenho.., tenho muito medo!
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