sexta-feira, 22 de novembro de 2019

POL191_200

Não dispomos de capas e texto dos seguintes livros da Coleção Pólvora:


POL191
Assassino
Silver Kane
POL192
Quando a Lei Corre Perigo
John Palmer
POL193
Disparar Sem Piedade
Peter Kapra
POL194
Os Comboios Fantasmas
Ralph Barby
POL195
O Olho da Fúria
Gordon Lumas
POL196
O Patíbulo Rolante
Ralph Barby
POL197
Os Mortos Não Perseguem
Keith Luger
POL198
Ouro de inferno
Gordon Lumas
POL199
Tempestade em Kansas
Keith Luger
POL200
O Caminho dos Assaltos
M. L. Estefânia

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

COL012. 11 Epílogo


Valerie Louis voltou-se, incomodadíssima.
—Zane! Oh, Zane, minha vida!
Refugiou-se impulsivamente nos seus braços, e cobriu-o de beijos nervosos, emocionados. Chorava, ria e pronunciava palavras sem nexo, e
Zane Preston, demasiado cansado, se deixava acariciar pelos braços femininos, sem lhe resistir. Cinicamente quando Valerie, teve um ataque de soluços, se separou dele, para se apoiar contra a porta de uma janela, Zane Preston, olhou silenciosamente para os dois homens de pé no meio da sala que presenciavam a cena sem abrir a boca, sem mostrar qualquer impressão.
—Olá — saudou, Zane. — Encontraram-me, Aldo. Agora não tereis de lamentar a intervenção de estranhos. Valerie será boa pequena e nos deixará sós... para saldarem as vossas contas comigo.
Aldo e Leyland continuaram olhando fixamente Zane. Em seguida trocaram um olhar entre si, e Leyland engoliu em seco, baixando a cabeça. Foi Aldo que começou a falar, pausadamente, quase sem resistir ao olhar de Preston.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

COL012.10 A pista final


Gertie Baron, depositou no fundo da gaveta o negro trajo de homem, o chapéu também negro e o lenço da mesma cor. Os seus olhos, frios e duros, olharam em redor receosos. Não havia ninguém na sala. Ouviu-se uma porta bater, dentro da vivenda, fechando-se com força.
Na expressão de Gertie houve receio, terror. Fechou a gaveta, procurando dissimular o tremor agitado das suas mãos. Em seguida, soaram fortes pancadas na porta de casa.
Lívida, olhou-se ao espelho, ao passar na sua frente, e tratou de recompor o rosto, para evitar que fosse tão visível o pânico que pela primeira vez a embargava. A situação era demasiado delicada para temer o pior.
Procurando mostrar serenidade, avançou pelo corredor até a porta da frente de sua casa, reparada do destroço da noite anterior. As pancadas repetiram-se.
Gertie Baron a «Dama», como todos a conheciam em Santa Fé, abriu a porta.
No umbral 'apareceu Zane Preston de revólver em punho. Uma convulsa expressão de terror deformou as belas feições de Gertie.
—Você! — gritou, angustiada, recuando e tratando de fechar a porta.
Mas Zane antecipou-se à sua ação e deu um encontrão na porta com o peso dos seus ombros, atirando contra a parede a jovem, e penetrou na vivenda, olhando para todos os cantos, de revólver engatilhado.
—Voltei, Gertie. Voltei pela «Dama Negra».

terça-feira, 19 de novembro de 2019

COL012.09 Novo massacre

—Acusa-me de assassina, Zane? —disse ela, depois de uma larga pausa, avançando para ele com lentidão. —Pretende sugerir que dirijo um bando de assassinos?
—Quem, então? Parrish entrou aqui, aqui deu com uma pista fundamental, «viu» a «Dama Negra», sabia já quem era... e mataram-no quando saía para se reunir a mim para a prendermos. Morreu nos meus braços, dizendo apenas umas palavras.
—£ que lhe disse quem era essa fantástica dama?... —ironizou ela.
— Disse-me o suficiente — respondeu ele, evasivo. — «Está, aqui». E aqui só uma mulher pode ser a que procuramos: você, Gertie.
—Você está louco? —interveio Bob Baron, acercando-se deles. — É absurdo não tem sentido!
—Tem mais do que parece, Bob. Você ama-a e não consegue vê-lo. Todos idolatram a sua Gertie, não conseguem ver outra coisa nela que não o bem.
—E você, Zane, que vê em mim? Todo o mal que eu tenho? — desafiou ela.
Preston iludiu agora o olhar daqueles formosos olhos fascinadores. Era difícil manter a firmeza ante ela.
—Não vejo nada. Acuso-a como culpada. Um homem está morto na rua detrás, um homem que veio à procura da culpada desse horrível crime...
Uma nova interrupção dramática culminou a série vertiginosa de violentos acontecimentos daquela noite. Ouviram-se na porta de entrada gritos. Esta abriu-se.
Um homem de cabelos grisalhos e expressão severa, alto, franzino, com a estrela prateada brilhante no peito, sobre o casaco preto, fez a entrada na sala. Seguiam-no dois homens ainda jovens, ostentando estrelas de comissários. Todos empunhavam revólveres.
—Zane Preston! — gritou o «sheriff» de Santa Fé. --- Considere-se preso pelo delito de assassínio. Ainda tem na camisa e nas calças sangue do homem que acaba de matar, Daniel Parrish, agente das diligências, que veio a Santa Fé para o prender!
Zane voltou-se para os três representantes da Lei.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

COL012.08 A mulher de negro

Era tedioso e aborrecido ocultar-se ali, à espera da saída da diligência. Uma semana, às vezes, leva muito tempo a passar, quando não se faz nada.

Para Zane Preston, preso, voluntariamente, na vivenda de Valerie Louis, os luxos e o conforto tido em casa não influíam em nada, pois que o tédio era igual em todas as horas.

Valerie, em frente dele, estudava-o em silêncio muitas vezes. Como agora, enquanto jogavam as cartas para matar o tempo.

Zane, sem se barbear e bizonho, continuava a ser um homem atrativo para Valerie. Porque ela amava-o. Estava certa de que o amaria sempre.

Desejava não notar tão claramente o seu ar aborrecido, pois isso era claro indício de que a sua presença a seu lado não lhe era nada benéfica. E isso resultava humilhante e doloroso para ela.

De repente, Zane atirou as cartas sobre a mesa e passou a mão pelo rosto, com ar irritado.

— Não posso continuar, Valerie — lamentou-se. —Estou farto de tanta inatividade. Se não acontece nada tão cedo, morrerei de tédio, neste teu bonito palácio.

domingo, 17 de novembro de 2019

COL012.07 Perigos diferentes

Quando voltou a si, o sol devia ir alto, pois que a luz dourada entrava em raios pelas altas janelas, providas de grossas barras de ferro.
—Já volta a si este tipo, chefe—disse uma voz, todavia pastosa aos ouvidos aturdidos de Zane.
Preston olhou, tratando de fazer desaparecer as nuvens que o toldavam, o qual conseguiu depois de abrir e fechar duas vezes seguidas os olhos, abrindo-os em seguida. Por fim, conseguiu distinguir vagamente a alta e delgada figura de um homem vestido inteiramente de negro que se erguia na sua frente, estudando-o com uns frios olhos azuis por cima do seu nariz de falcão, a sua boca era fina e cruel.
—Bons dias, Preston — saudou em tom seco o «pistoleiro» de negro. — Dormiste bastante, em consequência do golpe que te demos... Ou fugiu a mão à Sophie ou necessitava um sono reparador, e foi ajudado pela providencial pancada de Sophie.
—Sophie? —Zane doía-lhe bastante a cabeça, tratou de apalpá-la, para ver se tinha alguma brecha ou alto, e verificou que alguma coisa o impossibilitava de fazer tal gesto: umas sólidas cordas o ligavam a uma cadeira. "Cinicamente podia levantar a cabeça. Assim o fez, acrescentando secamente — Mais mulheres nesta embrulhada? Acaso será ela a dama de negro?
—Sophie veste sempre de negro — sorriu sem vontade nem simpatia o «pistoleiro» negro.
—Temos gestos iguais. Mas não sabia que conhecesse Sophie.

sábado, 16 de novembro de 2019

COL012.06 A Dama do «Trebol Negro»

—Amigo, é o primeiro homem que desafia Gertie e Bob, e desarma este sem que tenha sequer tempo de empunhar as armas, e ainda depois de ter mandado deste mundo um dos homens de Dano. Que classe de indivíduo é, Preston?
Zane sorriu, apostando outra pequena quantidade na roleta. A sua sorte alternava, aproveitando-o ligeiramente. A seu lado, Yarbough falava em tom de verdadeira admiração.
—Se eu soubesse, Yarbough, creia-me que me sentiria um pouco mais tranquilo. Às vezes preocupa-nos não saber qual o limite onde podem chegar os nossos impulsos.
—Não me engana, Preston. Não é nada impulsivo. Por acaso pode sê-lo impulsionado por alguma injustiça, mas nada mais. Quando enfrenta alguma coisa, é porque tem confiança em si e sabe que se vai sair bem disso. Ê como quando vejo as minhas cartas e resolvo arriscar-me; ainda que sabendo que o meu adversário pode vencer-me na jogada, porque as minhas cartas são fracas. Ê a confiança no triunfo, a convicção de que serei mais hábil ou mais farsante do que os outros. Jogar com vantagem não tem emoção, ainda que às vezes haja necessidade de o fazer. É o desconhecido, a indecisão do resultado final, que incita a jogar.
—Ê mais ou menos, o que sinto quando empunho uma arma — sorriu Zane. — Se soubesse sempre que vou ser o primeiro a fazê-lo e a disparar, carecia de emoção, confiava até que um dia acontecia ser o outro o primeiro, e eu não poderia voltar a sacar e a gozar essa emoção. Creia-me, Yarbough, ambos no fundo nos parecemos. A sua arma são as cartas, a minha o revólver.
—Foi «pistoleiro» profissional, talvez?

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

COL012.05 Eu sou a «Dama»... e eu Zane Preston

A porta de entrada na sala de jogo era um gigante naipe, com um negro sinal de espadas no meio, simbolizando o ás do mesmo naipe. Na sala, havia imensas mesas onde se arriscavam grandes fortunas e as próprias vidas, em cartas como aquela. Havia também roletas, dados e todas as espécies de jogos de azar. Por cima das mesas de jogo os espelhos refletiam, as cenas alucinantes dos buscadores de fortunas, 'andando em busca da sorte, sem nunca a alcançarem. A casa era quem ganhava sempre.
Numa das mesas, especialmente, o grupo de curiosos era maior, pois também as ofertas eram muito grandes. A pilha de notas e fichas formavam um 'conjunto assombroso sobre o pano verde da mesa. As cartas deslizavam, suavemente, precursoras da fortuna, ou da desgraça para cada um daqueles quatro homens sentados à volta da redonda mesa.
Dava cartas com mãos ágeis e gestos impassíveis um jovem loiro, esbelto, e falto de expressão, vestia camisa de seda riscada, o impecável levita negra, e colete rameado, com uma grossa corrente de ouro cruzando de um lado a outro do colete, tinha um ar de senhor, se bem que os seus olhos frios e o crispado dos seus lábios totalmente faltos de emoção o acusavam 'ao observador mais atento como jogador profissional, concentrado nas suas cartas e espiando as expressões e reações dos restantes jogadores, para adivinhar as suas cartas.
— Fala-te, Yasbough — disse um dos jogadores.
—Vou com quinhentos—disse, depois duma breve pausa o aludido.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

COL012.04 Regresso a Santa Fé

—Passaram ao largo—riu loucamente Valerie, voltando para junto de Zane. —Nem sequer suspeitaram que tivéssemos desviado a fuga para aqui.
Seguiram sem vacilar. Zane, sentado entre duas altas rochas, que se erguiam para o céu como duas agulhas de granito, formando entre elas um refúgio natural, magnífico, sorriu, baixando o percutor do seu revólver sem disparar. Estava olhando reflexivamente Valerie Louis, como se não pudesse crer ainda, possível a presença da jovem a seu lado...
—És admirável—disse de repente Zane.
Ela devolveu-lhe o olhar agressivamente. Não houve suavidade na sua voz ao suplicar:
— Só agora notas isso, Zane Preston? Porque sou admirável, agora? Talvez por ter-te salvo a vida?
—Não é só por isso. Penso como é difícil compreender-te. Outra mulher, nas tuas circunstâncias, teria deixado que apodrecesse ali. Incluso talvez, atendendo ao que uma vez prometeste, tivesses ajudado a colocar-me a corda no pescoço. E em vez disso, ajudas-me a fugir, acaso também subornaste Wilson para...
—Algo parecido. Mas os meus sentimentos não mudaram apesar de tudo, Zane.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

COL012.03 Valerie, um fantasma do passado, vem salvar Zane

Valerie Louis podia ser tudo no mundo, menos a personificação do milagre. Era formosa, sugestiva, tentadoramente sensual e provocante, de beleza singular e mais singular personalidade. Mas de tudo isso a possuir dotes milagrosos, ia um abismo. Os seus poderes acabavam exatamente onde terminavam os seus encantos físicos.
E sem dúvida, para o homem encerrado aquela noite na prisão militar de S. Domingo, Valerie Louis ia originar o grande milagre com que o preso já não contava.
Chegou na noite em que S. Domingo pensava na terrível e ameaçadora Lei de Lynch, pois todos os habitantes julgavam o preso culpado da espantosa carnificina da diligência. Chegou numa carruagem particular conduzida por ela própria, e logo deu conta de que algo misterioso e violento pairava no ambiente, não pensando que a sua chegada iria afetar diretamente tudo isso.
Poucos minutos depois o empregado da Posta de S. Domingo, propriedade de um mestiço nascido no México, era o único que se via naquele lugar. De modo que foi ele quem recebeu Valerie.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

COL012.02 O enigma da diligência

Nunca em toda a sua vida, Zane Preston se havia encontrado em semelhante situação.
Um profundo desconcerto e inexplicável temor supersticioso, que estava acima do medo (físico, paralisava-o, enquanto o seu olhar se fixava nos infelizes viajantes daquela sinistra carruagem abandonada no meio do deserto.
Algo grunhiu nas alturas e Zane levantou os olhos para o céu azul com íntimo ódio. Sempre detestara aquelas malditas aves negras e horrendas, os abutres sedentos de cadáveres, que os adivinham a milhas de distância.
Voavam lentamente, repulsivos, sobre a diligência.
Zane tomou uma rápida resolução. Prendeu o seu cavalo atrás da diligência, pegou no homem caído no caminho e colocou-o entre os seus desditosos companheiros. Depois, fechou as portas sem dificuldade, devido à sua enorme força.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

COL012.01 Os cavaleiros

Zane Preston sentia-se culpado. Não era a primeira vez que experimentava tal sensação de culpa, pois Zane tinha muitas coisas na vida com que sentir-se culpado, e todas elas bastante más. Mas todo o seu afã de regeneração encontrava, como sempre, a mesma porta fechada. E por tudo isso fugia de Santa-Fé aproveitando as primeiras horas do amanhecer.
O Sol em breve aparecia no horizonte. A claridade que vinha detrás das dunas da argila vermelha dos desertos do Novo México, era muito difusa, muito azul e fantástica ainda, era qualquer coisa de muito remota.
Zane Preston tinha fugido a poucas coisas na vida, e muito menos de qualquer homem. Agora, pela primeira vez fugia. Mary Coffin foi a única pessoa a consegui-lo.
Não queria continuar em Santa-Fé e continuar mentindo a Mary ou, o que era pior, ceder por uma momentânea debilidade, o que de modo algum lhe convinha. E assim era melhor ser cobarde, ao menos uma vez na vida.
Não era de um homem que fugia agora, como um furtuito ladrão ou como «pistoleiro» temeroso de ser descoberto. Fugir de uma mulher também tem a sua parte heroica. E no seu caso era preciso ter uma enorme força de vontade e um grande valor para tomar tal resolução. Esta estava tomada e o caminho a seguir pensado.

domingo, 10 de novembro de 2019

COL012.00 Reencontro com «A dama de Santa Fé»


Zane Preston foi salvo por quatro mulheres e uma delas era, com certeza, a Dama Negra, uma formosa mulher que, de cabelos loiros, vestida de negro e comandando uma quadrilha destruira uma diligência, escalpelara os que lá viajavam e apoderara-se do rico carregamento que transportava.

Zane Preston assistiu aos resultados dessa ação quando, fugindo da união com Mary Coffin, saiu de Santa Fé com o objetivo de apanhar essa mesma diligência para um local longínquo, mas acabou por ser acusado pelo corrupto O’Hara de ter praticada tão nefando acto. Decidiu então tudo fazer para provar a sua inocência.

A novela desenrola-se então através das ações de ataque a Zane onde parecem intervir o chefe de uma quadrilha, uma beldade que dirigia um saloon em Santa Fé, os irmãos de Mary que queriam vingar a sua honra, mas ao mesmo tempo beneficiou da ajuda da bela Valerie que sonhava com o casamento com ele, apesar de, no passado, já ter sido sujeita a uma ação de abandono.

Livro misterioso, muito interessante que peca pela péssima tradução que torna alguma passagens quase ilegíveis. Tentámos nalguns casos corrigir, mas confessamos a nossa impossibilidade de afastar tanto disparate. É pena…