segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

PAS589. Mulheres do Oeste selvagem

Em Nevada, como na Califórnia, como em todo o Far-West, as mulheres, e especialmente as mulheres brancas, constituíam uma insignificante minoria.
A população das zonas mineiras crescera desmedidamente no espaço de poucos anos. Mas era, essencialmente, população masculina: homens duros, aventureiros perigosos que procuravam enriquecer a todo o custo, mesmo a tiro.
Num ambiente primitivo, bárbaro e selvagem, toda a gente procurava viver só, sem laços femininos que prendessem, sem lágrimas que pusessem freio à sua audácia.
Por outro lado, eram poucas as mulheres que se atreviam a viver ali, numa sociedade em que o revólver constituía a lei suprema.
Estavam na proporção de uma para cinquenta, em relação aos homens. E pela sua própria escassez, precisamente, era lógico que os homens lhes dispensassem todo o género de considerações.
A maioria das mulheres que se atreviam a partir para o Oeste em busca de fortuna tinham pouco de recomendáveis. No entanto, o simples facto de serem mulheres conferia-lhes uma situação elevada na sociedade.
E ninguém que se prezasse se atrevia a levantar a mão contra elas. A sua palavra era aceite como verdade indiscutível nos poucos julgamentos que se efetuavam.

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