sábado, 4 de janeiro de 2020

KNS049.02 Um juiz mais duro do que era esperado

No seu gabinete, Ken concluiu:
— Isto é tudo, advogado Landis. Espero que tenha compreendido as minhas instruções.
 O advogado que ia encarregar-se da defesa de Eva meneou a cabeça.
— Em toda a minha vida de advogado, nunca encontrei um juiz que me apontasse os pontos débeis da acusação para que eu pudesse fazer uma defesa mais eficaz.
Mantinha uma pasta de couro sobre os joelhos, segurando-a com ambas as mãos. Possuía um rosto que demonstrava inteligência e o seu olhar era de pessoa honrada.
— Faço-o porque considero a acusada inocente.
— Estou convencido disso, mas não esperava a sua ajuda.
— Bem; trabalhe a fundo e quando estiver preparado, avise-me. Não efetuarei o julgamento antes, aconteça o que acontecer. Landis levantou-se. Parecia que desejava dizer alguma coisa e que, finalmente, não tivesse valor.
22 • —
— Fale, advogado. Adivinho que tem mais alguma coisa para dizer.
— Com efeito — humedeceu os lábios com a ponta da língua. — Pensou no perigo que está correndo?
— Que sabe você disso?
— Em Tombstone faz muito tempo que vigora uma lei... diferente da que figura no Código. Temo por você. Se vai demasiado longe, talvez essa lei caia em cima de si.
— E que lei é essa? Como advogado não pode ignorar que existe apenas uma lei...
— Prefiro continuar a ignorar, senhor juiz. Não sou... valente.
Ken sorriu.
— Não se preocupe. Se tiver ocasião, demonstrar-lhe-ei que não existe mais justiça que a minha.
Landis inclinou a cabeça, murmurou algumas palavras de despedida e saiu do gabinete. A visita seguinte foi a de Craig. Viu-o nervoso e preocupado.
— Quando será o julgamento?
— Tardará ainda um pouco, Craig. Existem muitos pontos escuros, e desde já, não acredito na culpabilidade da acusada.
O alcaide saltou na cadeira.
— Que diz?
— Surpreende-o?...
A primeira autoridade de Tombstone, balbuciou, sem encontrar palavras adequadas. 
— Pois... claro. É... é uma ideia muito singular a sua, senhor juiz.
— Temo que tenham dado por verdadeiros uma série de factos não comprovados, Craig. As vezes tenho a louca intuição de que têm muita pressa em enforcar essa mulher.
O alcaide estremeceu.
— Não... fixou a data ainda?
— Não.
Ken levantou-se e escolheu numa estante um grosso volume.
— Se não tem mais assuntos a tratar comigo, Craig... Estou muito ocupado.
O alcaide saiu do gabinete rangendo os dentes e com os nervos tensos. Na rua, na sua caleche, Melvin Patton aguardava. Craig dirigiu-se diretamente para o pequeno veículo e subiu, sentando-se junto do fazendeiro. Da janela do seu gabinete, Ken presenciou a cena com um sorriso que anunciava tormenta. Não podia ouvir as palavras dos dois homens, mas imaginava. Patton agitou as rédeas e o cavalo pôs-se em marcha, afastando dali o ligeiro veículo.
— Que notícias traz, Craig?
— Esse homem suspeita de alguma coisa.
O rancheiro soltou uma maldição.
— Teremos de matá-lo.
— Patton! — exclamou Craig, aterrorizado.
— Medo, Craig?
— Medo, sim. Imagina o que sucederá se falharmos?
— Os meus homens nunca falham. Encarregarei Porter de fazer o trabalho.
— E que acontecerá quando na cidade souberem do assassinato do juiz?
— Não podem condenar outra pessoa que não seja o culpado da sua morte, e ninguém saberá quem o matou.
Continuaram em silêncio. A caleche voava pela senda que conduzia ao rancho Patton. O alcaide disse obstinado:
— Não gosto disto.
O rancheiro esticou as rédeas e o cavalo deteve-se.
— Estou a ficar cansado com os teus escrúpulos. Onde queres ir parar?
Craig mordeu os lábios.
— Chegarei até ao fim, sim.

***

Ken saiu do gabinete e fechou a porta com cuidado dando duas voltas à chave. Era meio--dia e em Tombstone o Sol obrigava toda a gente a dormir a sesta.
— Não se incomode a guardar a chave. Nunca mais a utiliza.
A voz tinha soado nas suas costas, da sombra do alpendre, a um escasso metro dele. O indivíduo tinha um revólver na mão e um sorriso maléfico nos lábios.
— Quem é você e que faz com uma arma?
— Você vem do Este, não é verdade, Juiz? — perguntou o indivíduo. — Não deve saber para que servem estes brinquedos.
— Oh, sim! — exclamou Ken. —Com eles na mão, chega-se muito rápido à forca.
— Gracioso — e torceu a boca.
O jovem fixou-o para gravar na sua memória as feições do desconhecido, cujo rosto estava meio oculto pelo chapéu.
— Quem o mandou?
— Pessoas a quem a sua presença incomoda.
— Acaso o alcaide, o xerife... ou Melvin Patton?
O outro pôs-se rígido.
— Cale o bico e prepare-se para morrer. Sabe demasiado.
Ken meneou lateralmente a cabeça.
— As pessoas de Tombstone são muito parvas, pelo que vejo. Nunca um assassinato iludiu outro assassinato. Vamos, largue esse «Colt» e entregue-se. Cometeu um delito ameaçando um Juiz.
— O «Juiz Tumba», não?
O seu riso foi áspero, como uma porta mal oleada.
— Exato — e moveu-se ligeiramente.
— Quieto! — gritou o pistoleiro, e o seu revólver apontou na direção do coração de Ken.
Na mão do juiz, a pesada chave de ferro tornava-se uma arma perigosa.
— Reze se sabe, Juiz. Prometo-lhe fazer um trabalho perfeito... Nunca matei um Juiz!
Tentou apertar o gatilho, e Ken adivinhou a contração da mão do pistoleiro antes do gesto produzir-se. Inclinou-se para o lado e estendeu o braço, com violência. A pesada chave percorreu o breve espaço que a separava do rosto do assassino e apanhou-o em cheio. Este soltou um horrível grito de dor, ao sentir o nariz amachucado e vários dentes partidos pela pancada. Soltou o «Colt» e levou ambas as mãos ao rosto cheio de sangue, que brotava abundantemente do apêndice nasal e dos lábios cortados.
As mãos de Ken atuaram rapidamente. A mão desfechou um violento golpe na nuca do pistoleiro, que caiu como fulminado por um raio. Com ele a seus pés, o jovem ajustou melhor a sua levita, recuperou a sua chave e olhou em redor.
O disparo não parecia ter chamado a atenção de ninguém, como se não se tivesse dado nada. Desarmou o «pistoleiro» e foi até à esquina para ir buscar o cavalo onde ele tinha ido montado até ali. Encontrou-o à sombra e pegou nas rédeas, levando-o até junto do assassino. Pegou-lhe pelos braços, corno se fosse um fardo de palha, e colocou-o sobre o lombo do nobre animal.
Depois, a passo, tranquilamente, dirigiu-se com o seu prisioneiro para o gabinete do xerife. Ao vê-lo chegar, o xerife saltou da cadeira.
— Que... que significa isso?...
— Falharam o golpe, nada mais — disse Ken. — Este homem tentou assassinar-me e... tem uma cela adequada para ele?
Went ocupou-se do assassino e ensanguentado pistoleiro.
— Conhece-o? — perguntou Ken.
— É um «gun-man» chamado Porter.
— Ponha-o incomunicável até que eu me ocupe dele. Sabe muitas coisas.
Porter começou a recobrar o conhecimento quando se encontrava encerrado na cela. Os seus gritos de dor ouviam-se em todo o gabinete. Sentia o nariz e a boca destroçados e a dor enlouquecia-o.
— Traga-lhe um médico, xerife. Mas que não o visite mais ninguém. É uma ordem.
— Sim, senhor Juiz.
No «saloon» de Mabel havia poucos clientes. Vários forasteiros comiam num canto onde a luz do sol tinha dificuldade em chegar. A formosa mulher sorriu-lhe da esquina do balcão.
— Um pouco tarde para comer, eh, Ken?
— Tive... trabalho.
— Estou inteirada. Você é um tipo duro e eles não o imaginavam assim. Na próxima vez não cometerão idêntico erro.
— Você inteira-se de tudo.
— Não é difícil para mim; há sempre um vagabundo que por um copo de «whisky» corre a contar-me o que ouve ou vê enquanto apanha Sol.
Uma criada colocou um talher na mesa mais próxima para servir a comida do juiz, e o jovem, entretanto, tomou um aperitivo.
— Não sofreu nenhum dano, Ken?
— Nenhum. Esse pistoleiro estava demasiado seguro de si.
— Isso ensiná-lo-á a não andar sem armas.
— Oh, não. Imagina um juiz fazendo uso da força?
— Hoje fê-lo.… para salvar a vida.
— Mas sem intenção. A dignidade é essencial.
Mabel sacudiu a melena escura.
— Se não muda de ideias, terá graves aborrecimentos. Não traga revólveres, se isso lhe parece mal, mas use um «Derringer». Eu posso oferecer-lhe um. É leve, não avulta e mata a pouca distância.
— Eu só mato com o código na mão, Mabel. E agora, se me permite, farei honra ao seu cozinheiro... Claro, que seria um prazer tê-la por companheira.
Ken entrou na cela de Porter. Tinha o rosto ligado e, de quando em quando, soltava um gemido de dor.
— Lamento o ocorrido, rapaz, mas tu foste o culpado. E agora, deves usar a inteligência, porque senão pensas assim, ver-te-ás muito em breve com a corda ao pescoço. Quem te pagou para matar-me?
— Vá para o inferno!
— Amanhã penso julgar-te, e garanto-te que o meu veredicto será culpado e a pena a forca.
O pistoleiro estremeceu.
— Não sei nada.
— Estás certo? Não penses que te vou pedir muito. Se não falas imediatamente, amanhã és enforcado.
— Deixe-me em paz e morra!
Ken encolheu os ombros.

***

O Juiz Ken Adams, vestido de toga, terminou:
— ...em vista do mesmo, tendo em conta os antecedentes do acusado e dos delitos que lhe atribuem, condeno-o a ser enforcado até morrer. Que Deus tenha pena da sua alma.
A gélida sentença causou um estremecimento de terror na sala. O réu, com o rosto coberto, estremeceu e balbuciou:
— Não podem fazer-me isso a mim. Não podem — gritou.
O xerife Went pousou a mão no ombro de Porter, retendo-o, mas o pistoleiro sacudiu-a de cima, gritando:
— Têm de ajudar-me. Têm de fazê-lo ou direi tudo o que sei.
Ken, porém, disse:
— A sentença será cumprida amanhã ao amanhecer.
Levantou-se, tirou a toga e saiu da sala. Outro homem saiu ao mesmo tempo, mas este em direção da rua. Era Melvin Patton, pálido, colérico e raivoso. Seguia-o Clem Yorkers, o seu homem de confiança, um tipo alto de olhar cinzento pálido.
-- Este homem é mais duro do que pensávamos, chefe.
Melvin olhou-o com fúria.
— É tudo quanto te ocorre dizer?
— Que esperava ouvir?
— A data da sua morte.
Yorkers começou a rir, suavemente.
— Tem pressa?
— Sim.
— Antes ou depois de partirem o pescoço a Porter? Já vimos até onde aguenta. Até agora manteve a boca fechada, mas quando o forem buscar para ser cumprida a sentença, confessará o pouco que sabe.
— Precisas da minha resposta?
— Matá-lo-emos agora mesmo. Vá para o rancho que eu irei depois.
Separou-se dele e aproximou-se de dois indivíduos aparentemente desocupados que choupavam cigarros apagados encostados à parede do Tribunal.
O xerife Went passava naquele momento com Porter, empunhando uma espingarda. Ao passar junto da Yorkers, este piscou o olho ao representante da lei, que meneou a cabeça, compreendendo.
O pistoleiro, depois de ter trocado umas breves palavras com os indivíduos desocupados, desapareceu na esquina. Os curiosos que tinham assistido ao julgamento, saíam comentando o que se passara, e em breves segundos a sala ficou vazia.
Longe, ouviu-se um disparo. Naquele momento apareceu à. porta Ken Adams, e voltou a cabeça instintivamente para o lugar de onde vinha o tiro. Os dois indivíduos levaram as mãos às armas. Ken notou-o. E o seu sexto sentido avisou-o do perigo. impulsionando-o a uma ação decidida. A sua mão desapareceu por um décimo de segundo debaixo do sovaco esquerdo, para surgir com um luxuoso «Derringer». Os dois assassinos começaram a disparar velozmente.
Mas, Ken, milagrosamente, não foi atingido pelas balas. Encostado ao poste de madeira, o jovem apertou o gatilho. Urna vez e depois outra.
As duas pequenas balas saíram uma atrás da outra silvando o ar, e os dois agressores detiveram de repente os seus movimentos. Duas rosetas na testa, eram o sinal de que nunca mais fariam uso das armas. Ken viu-os cair com pena. Mas nos seus olhos havia um brilho perigoso.
Os tiros tinham feito fugir as testemunhas do drama. Ken voltou a carregar a pequena, mas mortífera arma oferecida por Mabel e voltou a guardá-la no fundo da sovaqueira. Devia a sua vida àquele pequeno brinquedo. Depois, movido por um súbito impulso, correu em direção ao lugar onde tinha soado o disparo de rifle.
Havia um grupo de pessoas em volta de algo caído no chão, próximo do gabinete do xerife. Ken abriu caminho até encontrar-se perante Ray Went, que explicava aos curiosos:
— Tentou escapar, e...
No solo, a seus pés, estava o cadáver de Porter, o condenado à morte, com um buraco sangrento no meio das costas.
— Xerife. 
Went voltou o olhar para o Juiz. O olha de Ken era significativo. O puxão do jovem foi violento, arrancando a «estrela» do peito da camisa de Went, e com a esquerda deu-lhe uma humilhante bofetada que encheu de sangue os lábios do representante da lei.
— Está destituído, Went. Matou este homem cobardemente porque sabia demasiado, você ocupará agora o seu lugar. Entregue-me a arma e entre no escritório.
Ken não levava arma alguma na mão. As testemunhas, ante a rude reação do juiz, recuaram impressionadas. Por sua parte, Went pareceu que ia replicar pela força, mas o frio olhar do jovem imobilizou-o e baixou a cabeça.
— As suas armas.
Este ofereceu-as mansamente, e ainda dominado pela magnética personalidade do juiz, entrou no gabinete e, pouco depois, numa das celas. O cinturão que até àquele momento tinha sido do xerife, colocou-o Ken na cintura, e ao entrar na cela, tirou a levita.
Desprovido daquela peça da cidade, ficava mais patente a sua atlética figura e a perigosa agilidade dos seus membros. Dentro da cela, com Went, interrogou:
— De quem recebe ordens, Went? Melhor será que fale, e que o faça quanto antes. Já viu o fim que teve Porter... às suas mãos. Foi morto pelas costas e à. traição, por que julgava seu amigo. Diga tudo o que sabe ou ver-se-á nas mesmas circunstâncias. Ou com a corda ao pescoço, porque eu vou enforcá-lo por assassínio.
O ex-xerife começou a suar e passou a língua pelos lábios ressequidos, várias vezes.
— Não sei nada — disse por fim. — Matei Porter em exercício do meu dever. Ele quis escapar.
— Julga-me idiota? Porter não tinha forças para o tentar. Era uma boa ocasião para acabar com quem sabe demasiado.
— Pense o que quiser, mas eu...
— De acordo. Também chegará a sua vez.
Saiu da cela com um seco chiar dos gonzos. Ao passar diante da cela de Eva, sentiu fixos nele os olhos femininos. No gabinete estava Curtis, o comissário, que acabava de chegar a correr, a julgar pela sua respiração.
Ao ver o juiz, franziu a testa, e a sua perplexidade cresceu ao ver o cinturão de Went à cintura de Ken. Este perguntou:
— Você é pessoa honrada?
O comissário gaguejou. — Oiça, eu...
— Em Tombstone há demasiadas pessoas que não são o que aparentam. Por exemplo, havia um xerife que não era mais do que um delinquente. Agora é só carne para a forca. E você, é como ele?
— Quer dizer que?...
— Went está ali dentro, ocupando uma das celas, e seguramente será enforcado. Vai entendendo? Matou Porter porque este sabia algo comprometedor para a pessoa que ordenou o seu assassínio. Went fazia parte de um bando e...
Curtis sacudiu a cabeça negando fervorosamente.
— Juro-lhe que não tenho nada a ver com Went!
— De acordo. Confiarei em você, mas se me atraiçoa, ver-se-á ali dentro.
— Deixe-o nas minhas mãos e verá como fica contente comigo.
— Vigie bem para que Went não fuja, que ninguém o veja. Entendido?
O comissário disse que sim.
— Garanto-lhe que estou inocente em tudo... Palavra... Sou um homem honrado e...
Mas Ken não o escutava já, porque tinha pegado na sua levita e tinha saído do gabinete. Na rua encontrou-se com Craig, que corria para o gabinete do xerife. Respirava com dificuldade tal era a sua agitação. O jovem parou, fulminando com o olhar o alcaide.
— Também você é da mesma força de Went?
Craig balbuciou.
— Eu...
— Responda-me.
— Nnnnão...
— Alegro-me por você. Mas deverá demonstrar-me que é um homem honrado. Não posso fiar-me em você, só baseado na sua palavra.
Tinha começado a andar e Craig corria atrás dele, em ridículos pequenos saltos com que pretendia acompanhar os largos passos do jovem.
— Para começar, diga-me: Que se passa em Tombstone?
-- Que eu saiba...
-- Lembre-se que prometeu ser leal. Vai começar a sua colaboração, pondo-me já obstáculos?
Craig mordeu os lábios.
— Verá que sucede o mesmo que nas outras cidades fronteiriças; há tráfego de um lado para o outro da fronteira. O México está muito próximo.
— Que espécie de tráfego?
--- Comércio e...
— E o quê?
— Gado.
— Gado roubado, que se passa, uma vez trocadas as marcas, não?
— Ssssim...
— De que forma se faz esse negócio?
— Não posso sabê-lo. Há bandos que roubam manadas e depois as passam...
-- Do México para o Arizona?
— Creio... que sim.
— E uma vez nesta parte do país?
— Vendem-nas.
— Quem faz esse negócio?
Disse isto parando, e quase encostando o seu ombro ao de Craig. Este recuou e sacudiu a cabeça com energia.
— Não posso sabê-lo.
— Não me diz a verdade.
— Está a chamar-me mentiroso...
— Exatamente.
— Não tem o direito de duvidar da minha palavra! — gritou. — Abusa da sua autoridade oficial para…
Ken fixou o rosto do seu interlocutor.
— Saberei se me engana ou não, Craig. Se me mentiu, não haverá espaço suficiente que possa pôr entre nós. O meu braço o apanhará.
Encontrava-se diante do hotel, e sem mais palavras entrou, deixando-o no meio da rua.

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