(Coleção Kansas, nº 56)
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
domingo, 29 de novembro de 2015
sábado, 28 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
KNS051. Metido numa emboscada
(Coleção Kansas, nº 51)
Como podem ver esta menina tem pelo na venta e, de revólver na mão, é um verdadeiro perigo.
Sam Fletcher é um daqueles autores do tipo "a tiro e a murro", embora com tramas bem urdidas, por isso, não há que dizer muito acerca deste livro o qual, apesar de tudo, consta nas minhas estantes há mais de quarenta anos e já passou por várias vicissitudes.
A capa, de Cortiella, foi excelente, infelizmente uma alma malvada entreteve-se a riscá-la. Mas é suficiente para mostrar que, com aquela rapariguinha frágil, não se brinca
terça-feira, 24 de novembro de 2015
6_BALAS#067. O quinto homem
Esta é a história da perseguição a cinco homens por um «cow-boy» que acabou por encontrar a felicidade, na pessoa de uma jovem. O quinto homem, esse, ocultava-se sob a identidade de pessoa exemplar.
A história é igual a tantas outras, contada por John Weiber com um ritmo satisfatório. Disponibilizamo-la por inteiro num momento em que a descoberta de "passagens" se nos revela um tanto difícil.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
domingo, 22 de novembro de 2015
BIS099. Ladrões na Califórnia
(Coleção Bisonte, nº 99)
Quando o estado da Califórnia foi integrado na União deixando de pertencer ao México, as relações de propriedade foram revistas e muitas concessões foram atribuídas a americanos. Isto gerou algum desagrado entre mexicanos e pessoas que trabalhavam para os mesmos o que motivou uma má recepção aos novos proprietários. Esta novela integra-se neste processo de transferência de propriedade, vindo juntar-lhe os problemas suscitados por ladrões de gado e outros marginais.
Assim, a recepção a um dos novos proprietários texanos foi festejada com armas e duelos. Apesar de tudo, o relacionamento deste com o anterior proprietário mexicano, uma pessoa educada, pai de duas raparigas lindíssimas, caracterizou-se pelo respeito e, a breve trecho, pela amizade o que foi solidificado pela relação com uma das meninas.
Esta é a única obra registada em Portugal de Burt Temple. Infelizmente, o livro está trucidado faltando-lhe uma série de cadernos pelo que, sendo possível, adivinhar-lhe os contornos, não é viável uma leitura efectiva.
A capa, não assinada, mostra um vaqueiro que acabou de disparar para defender a posse das reses reivindiacda por ladrões sem vergonha.
sábado, 21 de novembro de 2015
BIS098. Sozinho contra todos
(Coleção Bisonte, nº 98)
Era um homem só.
Os proprietários endinheirados da região decidiram proibir a passagem de reses provenientes do Texas a fim de evitar o contágio por doença daquelas que possuiam. Deram-lhe uma estrela de xerife... e esperaram que ele se impusesse com os seus meios.
Em pouco tempo, viu-se entre o fogo dos comerciantes e donos de bares, por um lado, e o dos condutores do gado indesejado.
Tentaram corrompê-lo usando uma mulher. Trouxeram pistoleiros para o abater. A todos resistiu sózinho... e encontrou o amor que o ajudou a libertar daquela vida cruel.
Uma boa novela contada por Phil Nolan, autor que, em Portugal, apenas assinou dois registos na colecção Bisonte.
A capa, não assinada, mostra um aspecto da luta do homen só.
Os proprietários endinheirados da região decidiram proibir a passagem de reses provenientes do Texas a fim de evitar o contágio por doença daquelas que possuiam. Deram-lhe uma estrela de xerife... e esperaram que ele se impusesse com os seus meios.
Em pouco tempo, viu-se entre o fogo dos comerciantes e donos de bares, por um lado, e o dos condutores do gado indesejado.
Tentaram corrompê-lo usando uma mulher. Trouxeram pistoleiros para o abater. A todos resistiu sózinho... e encontrou o amor que o ajudou a libertar daquela vida cruel.
Uma boa novela contada por Phil Nolan, autor que, em Portugal, apenas assinou dois registos na colecção Bisonte.
A capa, não assinada, mostra um aspecto da luta do homen só.
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
BIS095. O enigma do X tatuado
(Coleção Bisonte, nº 95)
Era uma estranha seita cujos membros eram reconhecidos por terem um X tatuado no braço. Acerca deles tinha-se estabelecido a convicção de que eram um bando de criminosos que se protegiam uns aos outros. Mas esta não era a verdadeira realidade, pois a muita gente honesta tinha sido tatuado o X. Estas pessoas sentiam agora que ostentavam um estigma de criminosos.
Este podia ser o mote para uma história excelente. Mas não foi assim. O autor perdeu-se na descrição de tiroteios por tudo e por nada, perseguições e o livro passou para o lote dos INTRAGÁVEIS.
Joe Brower é um autor desconhecido, apenas com uma obra registada em Portugal. Isto é um sinal da crise a atingir a colecção Bisonte e a APR cada vez mais a apresentar autores sem currículo.
A capa não está assinada, mas o penteado do indivíduo que levou com a bala é semelhante ao que posou para o "vagabundo da fronteira" pelo que deixamos a hipótese de ser de Carlos Alberto. Reparem na magnífica paisagem da cena: os cactos, o azul do céu...
Este podia ser o mote para uma história excelente. Mas não foi assim. O autor perdeu-se na descrição de tiroteios por tudo e por nada, perseguições e o livro passou para o lote dos INTRAGÁVEIS.
Joe Brower é um autor desconhecido, apenas com uma obra registada em Portugal. Isto é um sinal da crise a atingir a colecção Bisonte e a APR cada vez mais a apresentar autores sem currículo.
A capa não está assinada, mas o penteado do indivíduo que levou com a bala é semelhante ao que posou para o "vagabundo da fronteira" pelo que deixamos a hipótese de ser de Carlos Alberto. Reparem na magnífica paisagem da cena: os cactos, o azul do céu...
terça-feira, 17 de novembro de 2015
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
BIS093. O vagabundo da fronteira
(Coleção Bisonte, nº 93)
Um coronel irlandês, desejoso de contar os seus feitos na terra natal, resolveu organizar uma expedição para encontrar e caçar alguns búfalos. Contratou alguns homens entre os quais um batedor, um índio "Cheyenne", e um vagabundo a quem admirava pela habilidade com as armas. Este tinha uma perspectiva racista sobre os índios e suspeitou desde princípio do batedor a quem associava sistematicamente a ideia de traição. Não estava de todo enganado já que o objectivo do índio era desviar a expedição dos seus verdadeiros objectivos procurando com isso preservar a manada que alimentava a sua tribo de uma matança como era normal com alguns predadores. O coronel não se rodeara de grandes cuidados e ostentara frequentemente os bens que transportava com ele, despertando a cobiça de bandidos. Assim, em determinado dia, partiu uma caravana sustentada por um sonhador, guiada por um índio com intenção de que não atingissem o seu objectivo, protegida por um indivíduo com notável habilidade para as armas e seguida por um conjunto de meliantes que se queriam apoderar do espólio do coronel. Uma mistura explosiva...
Trata-se de mais um livro de Cesar Torre que nos traz muitas vezes o sabor da colonização da América e o sentido humanista da igualdade entre os homens.
A capa, de Carlos Alberto, mostra um momento da prisão da personagem central da novela motivada pelo facto de quere beber álcool numa povoação dominada pela proibição do seu consumo imposta por um grupo de mulheres.
Trata-se de mais um livro de Cesar Torre que nos traz muitas vezes o sabor da colonização da América e o sentido humanista da igualdade entre os homens.
A capa, de Carlos Alberto, mostra um momento da prisão da personagem central da novela motivada pelo facto de quere beber álcool numa povoação dominada pela proibição do seu consumo imposta por um grupo de mulheres.
domingo, 15 de novembro de 2015
BIS092. O destino manda
(Coleção Bisonte, nº 92)
Ted Niobrara gozava as delícias de um encontro proibido com Bonita Alvarado, a esposa prometida de Trevor Malcolm, quando a sua atenção foi despertada por sinais de sangue que se dirigiam para um palheiro. Foi aí encontrar baleado o seu amigo Jim Carpenter o qual tinha enveredado pela senda do crime na quadrilha Butch Lane.
Ted decidiu proteger o seu amigo e quando o xerife chegou ao local do encontro em perseguição do mesmo, deparando com a sua ligação a Bonita, mentiu garantindo que Jim não se encontrava ali. No rancho de Malcolm, o xerife avisa-o do estranho encontro da prometida com o vaqueiro e Ted e Bonita são obrigados a fugir depois de este matar o rancheiro.
O destino de Ted e Bonita é aquele que Jim queria abandonar o qual acabou por se estabelecer numa povoação fronteiriça, Stonefield, utilizando um nome diferente e sob a capa de uma pessoa honesta. Jim tornou-se num vaqueiro voluntarioso de Norma Reed, uma jovem e bonita viúva que não tardou a enamorar-se dele. O sossego de que Jim desfrutava foi quebrado ao fim de algum tempo por alguém que o reconheceu, alguém que pertencera à sua quadrilha na qual agora Ted granjeava fama de sanguinário. E os papéis parecem inverter-se: Jim a servir a lei, Ted a viver de roubos e assaltos e a aproximar-se do rancho de Norma. Como iria ser o seu reencontro?
Este livro de Dick York é muito interessante e muito bem escrito, pelo que procedemos à sua interrogação no Novelas. Mas quem é este Dick York apenas com uma obra registada na Biblioteca Nacional? Acresce à nossa dúvida o facto de a capa ter sido elaborada por Carlos Alberto. Isso faz-nos que Dick York é um autor português... talvez aquele que se apresenta como tradutor, Dr. Carvalho Lima o que nada tem de estranho já que o mesmo assinou obras com o estranho pseudónimo de Alaric Holvam (um anagrama do seu nome).
sábado, 14 de novembro de 2015
BIS091. Uma brincadeira perigosa
(Coleção Bisonte, nº 91)
Frank Mc Fair até é um autor que goza de algum prestígio entre os apreciadores de novelas do Oeste, sendo, por vezes, comparado a Peter Debry. Eu próprio tenho uma boa recordação de alguns livros. No entanto, esta "Brincadeira Perigosa" arruma-se de vez entre os INTRAGÁVEIS. Não consegui... é tudo.
A capa também nada tem de simpático com aquela gorducha sem graça que parece sofrer de papeira. Quem terá escolhido a modelo? Era uma fase difícil para as colecções da APR
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
terça-feira, 10 de novembro de 2015
PAS553. «Pokerface», o morto-vivo
Não soube quanto tempo se manteve prostrado, mas pareceu-lhe ouvir pessoas andarem à, sua volta.
Foi-as distinguido pouco a pouco e encontrou-se no mesmo estado em que se encontrava agora, absolutamente incapaz de sentir, de compreender o que o cercava. Todas as manifestações de vitalidade estavam suspensas, amortecidas. O coração não acelerava as suas pulsações por motivo algum.
Ouviu algumas vozes considerá-lo como morto por diversas vezes.
E quando, a despeito de tudo isso, conseguiu pôr-se em pé, ele próprio teve a sensação de que se movia como um autómato; que, se praticava actos idênticos aos das outras pessoas, era porque o hábito o levava a isso e não porque a natureza lho impusesse.
Não dormia. Apenas se estendia na cama e ficava sem pensar, mas com a consciência nítida do que se passava à sua volta. Passava dias inteiros sem comer fazia-o naturalmente, levado pelo hábito.
Supondo-o adormecido, ouviu certa ocasião o médico que o examinara, referir-se ao seu caso.
— Não sofre dúvida que tem a morte dentro do corpo — disse ele, explicando o assunto a outras pessoas — mas não é por qualquer forma possível determinar o tempo que vai demorar a agonia. Todo o seu organismo está em completo estado de letargo, uma espécie de paralisia psíquica, como nós, os médicos a classificamos, em consequência do «choque anímico» sofrido.
O médico prosseguiu a conversa. Cristopher ouviu por diversas vezes proferir palavras que não compreendia... «Traumatismo psíquico»... «Hipertensão reversível»... «Espasmo dos vasos cerebrais»... «Estigma de Von Berkman»...
— Morrerá, necessariamente, num prazo relativamente curto, apagando-se pouco a pouco, a não ser que algum fenómeno desconhecido obrigue a sua natureza a reagir, ainda que muito debilmente. Pode afirmar-se que a única coisa que nele se mantém viva é a ideia fixa que o domina: o sentimento da vingança».
Era a realidade. Cristhoper sentia-se prisioneiro dentro do seu próprio corpo, nessa espantosa situação de permanente pesadelo. A única coisa que vagamente sentia era a repugnante sensação da carne barbaramente retalhada dos entes que mais ardentemente amara.
Levantou-se e saiu do hospital para onde o tinham conduzido. Instintivamente, com o escasso dinheiro que trazia consigo, uma vez que os assassinos o tinham despojado das suas economias, adquiriu dois «Colts» 45.
E começou a alucinante busca do homem a que chamavam Bill. Era um inveterado jogador de cartas, que a partir daquele momento nunca mais saiu das tavolagens. Começaram a chamá-lo «Pokerface» (Cara de Poker) e a temê-lo pela diabólica rapidez com que manejava as armas. Novo México, Arizona, Colorado, Utah. Uma imensa galeria de caras que a morte convertera em máscaras de papelão. E sempre com a ideia fixa de descobrir o tal sempre à espera de que alguém pronunciasse aquele nome.
Foi-as distinguido pouco a pouco e encontrou-se no mesmo estado em que se encontrava agora, absolutamente incapaz de sentir, de compreender o que o cercava. Todas as manifestações de vitalidade estavam suspensas, amortecidas. O coração não acelerava as suas pulsações por motivo algum.
Ouviu algumas vozes considerá-lo como morto por diversas vezes.
E quando, a despeito de tudo isso, conseguiu pôr-se em pé, ele próprio teve a sensação de que se movia como um autómato; que, se praticava actos idênticos aos das outras pessoas, era porque o hábito o levava a isso e não porque a natureza lho impusesse.
Não dormia. Apenas se estendia na cama e ficava sem pensar, mas com a consciência nítida do que se passava à sua volta. Passava dias inteiros sem comer fazia-o naturalmente, levado pelo hábito.
Supondo-o adormecido, ouviu certa ocasião o médico que o examinara, referir-se ao seu caso.
— Não sofre dúvida que tem a morte dentro do corpo — disse ele, explicando o assunto a outras pessoas — mas não é por qualquer forma possível determinar o tempo que vai demorar a agonia. Todo o seu organismo está em completo estado de letargo, uma espécie de paralisia psíquica, como nós, os médicos a classificamos, em consequência do «choque anímico» sofrido.
O médico prosseguiu a conversa. Cristopher ouviu por diversas vezes proferir palavras que não compreendia... «Traumatismo psíquico»... «Hipertensão reversível»... «Espasmo dos vasos cerebrais»... «Estigma de Von Berkman»...
— Morrerá, necessariamente, num prazo relativamente curto, apagando-se pouco a pouco, a não ser que algum fenómeno desconhecido obrigue a sua natureza a reagir, ainda que muito debilmente. Pode afirmar-se que a única coisa que nele se mantém viva é a ideia fixa que o domina: o sentimento da vingança».
Era a realidade. Cristhoper sentia-se prisioneiro dentro do seu próprio corpo, nessa espantosa situação de permanente pesadelo. A única coisa que vagamente sentia era a repugnante sensação da carne barbaramente retalhada dos entes que mais ardentemente amara.
Levantou-se e saiu do hospital para onde o tinham conduzido. Instintivamente, com o escasso dinheiro que trazia consigo, uma vez que os assassinos o tinham despojado das suas economias, adquiriu dois «Colts» 45.
E começou a alucinante busca do homem a que chamavam Bill. Era um inveterado jogador de cartas, que a partir daquele momento nunca mais saiu das tavolagens. Começaram a chamá-lo «Pokerface» (Cara de Poker) e a temê-lo pela diabólica rapidez com que manejava as armas. Novo México, Arizona, Colorado, Utah. Uma imensa galeria de caras que a morte convertera em máscaras de papelão. E sempre com a ideia fixa de descobrir o tal sempre à espera de que alguém pronunciasse aquele nome.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
PAS552. Encontro com a morte
Cravou as esporas nos flancos do cavalo para que acelerasse a marcha e retesou ao mesmo tempo as rédeas para o impedir de avançar. Sentiu um medo terrível.
Por fim via-se a transpor a porta de entrada, enquanto todos os pelos do corpo se eriçavam, ao notar um silêncio anormal e aterrador. Lembrou-se de que talvez não se encontrasse ninguém em casa por qualquer circunstância.
Os seus olhos, porém, atentaram na desordem que reinava por toda a casa, mesa e cadeiras derrubadas e o corpo de sua mulher estendido no meio de toda aquela confusão. Correu para junto dela. Uma grande mancha de sangue alastrava pelo peito e pelas costas.
Ergueu a cabeça, retorceu a boca e abriu os olhos.
— Bill... Chama-se Bill…
Paralisaram-se-lhe os olhos, ficou de boca aberta escorrendo dela uma baba sanguinolenta. Estava morta.
Sentindo-se dominado por um pânico terrível, por urna convulsão que lhe agitava todo o organismo e lhe obscurecia as ideias, fazendo-o tremer violentamente, Melwin Cristopher levantou-se. Procurou os seus filhos e encontrou os seus corpos barbaramente mutilados e desfeitos.
Recrudesceu a sua angústia e o seu mal-estar. O choque fora demasiadamente brutal, espantoso. Dominado pela ideia de que tudo aquilo não passava de um sonho fantástico, com a sensação nítida de que a massa encefálica lhe sala das paredes cranianas, desmaiou.
Quando recuperou a lucidez, o pensamento continuava em pleno vácuo, impossibilitando-o de ajustar as ideias. Continuava, apesar de tudo, a viver a realidade do monstruoso acontecimento, a sentir a impressão viscosa e repugnante do contacto com aqueles corpos destroçados, assassinados com um sadismo terrível.
Por fim via-se a transpor a porta de entrada, enquanto todos os pelos do corpo se eriçavam, ao notar um silêncio anormal e aterrador. Lembrou-se de que talvez não se encontrasse ninguém em casa por qualquer circunstância.
Os seus olhos, porém, atentaram na desordem que reinava por toda a casa, mesa e cadeiras derrubadas e o corpo de sua mulher estendido no meio de toda aquela confusão. Correu para junto dela. Uma grande mancha de sangue alastrava pelo peito e pelas costas.
Ergueu a cabeça, retorceu a boca e abriu os olhos.
— Bill... Chama-se Bill…
Paralisaram-se-lhe os olhos, ficou de boca aberta escorrendo dela uma baba sanguinolenta. Estava morta.
Sentindo-se dominado por um pânico terrível, por urna convulsão que lhe agitava todo o organismo e lhe obscurecia as ideias, fazendo-o tremer violentamente, Melwin Cristopher levantou-se. Procurou os seus filhos e encontrou os seus corpos barbaramente mutilados e desfeitos.
Recrudesceu a sua angústia e o seu mal-estar. O choque fora demasiadamente brutal, espantoso. Dominado pela ideia de que tudo aquilo não passava de um sonho fantástico, com a sensação nítida de que a massa encefálica lhe sala das paredes cranianas, desmaiou.
Quando recuperou a lucidez, o pensamento continuava em pleno vácuo, impossibilitando-o de ajustar as ideias. Continuava, apesar de tudo, a viver a realidade do monstruoso acontecimento, a sentir a impressão viscosa e repugnante do contacto com aqueles corpos destroçados, assassinados com um sadismo terrível.
domingo, 8 de novembro de 2015
PAS551. Regresso a casa
... Galopava sobre um terreno de cor vermelha, semeado aqui e além de manchas verdes... Por entre os sicómoros e os sobreiros, deslizava a água fresca de alguns riachos.
Estava de regresso ao seu rancho, onde o aguardavam sua mulher e seus filhos. Não lhe importava a fadiga da jornada, nem as dores que sentia nos braços. Sentiria a carícia refrescante dos lábios de sua esposa, o acolhedor repouso dos seus afagos, a satisfação de ver brincar os seus inocentes filhos.
A risonha visão esfumou-se. A terra tornou-se negra e o seu coração começou a pulsar desordenadamente, repercutindo-se-lhe nas fontes e na garganta. Da casa que ele mesmo tinha construído não saía fumo. Ninguém o esperava à porta da rua.
sábado, 7 de novembro de 2015
POL097. "Pokerface"
(Coleção Pólvora, nº 97)
Esta é a história de Melwin Cristopher, um morto-vivo, um homem reputado em cinco dos Estados do «Far-West» como homem frio e cruel, insensível a qualquer espécie de emoção, pela mão do grande novelista Joseph Tell.
De inicio, um pouco anedótica, vai ganhando em dramatismo até que o autor nos conta a história da figura principal devotada à procura do homem que lhe assassinou a família. Nessa busca acabou por cruzar-se com um banqueiro desonesto e o acaso acabou por o conduzir àquele a quem tanto desejava encontrar. Aqui ficam algumas passagens que retratam o início desta difícil jornada…
De inicio, um pouco anedótica, vai ganhando em dramatismo até que o autor nos conta a história da figura principal devotada à procura do homem que lhe assassinou a família. Nessa busca acabou por cruzar-se com um banqueiro desonesto e o acaso acabou por o conduzir àquele a quem tanto desejava encontrar. Aqui ficam algumas passagens que retratam o início desta difícil jornada…
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
terça-feira, 3 de novembro de 2015
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
domingo, 1 de novembro de 2015
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