quarta-feira, 30 de abril de 2014

ARZ066. Regeneração Contrariada


(Coleção Arizona, nº 66)



Tex «Gatilho» Brady era um homem com um passado não muito pior do que o de outros homens do Oeste, criados na violência e na luta constante… que intentava regenerar-se e devolver o que não lhe pertencia: cerca de quatrocentos e vinte mil dólares roubados no banco Mineiro de Redlands. Mas alguém que conhecia os seus propósitos resolveu converter-se em dono de todo esse dinheiro e atacou-o na sombra, depois de ter morto a sua fiel noiva que esperou anos e anos pelo seu regresso…
Trata-se de um livro cheio de ação de Johnny Garland, um autor que também usa o nome Donald Curtis. As sequelas da guerra perpassam a sua narrativa, vendo-se a personagem principal sistematicamente envolvida em incidentes que não esperava num ambiente que era bem diferente daquele que conhecera naquela terra até sete anos antes, altura em que, não tendo sido possível condená-lo, fora, apesar de tudo, expulso do estado da Califórnia por sete anos…
Chamamos ainda a atenção para o disparate de título que a capa apresenta. A Coleção Arizona parecia não colher todas as atenções das pessoas da APR, apesar da qualidade de alguns livros.


Passagens selecionadas:


PAS248. Regresso ao passado
PAS249. No rancho «Duas Ferraduras»
PAS250. Chegada a um mundo diferente
PAS251. Morta por não trair
PAS252. Caído aos pés de uma mulher
PAS253. Uma fuga carregado de notas


 

sábado, 26 de abril de 2014

ARZ063, Dinheiro Sangrento


(Coleção Arizona, nº61)
 
 
 
Este livro mostra uma Coleção Arizona de cabeça perdida. Depois de gatar o nome do autor de Cadeias de Sangue, aparece uma novela que nada tem a ver com o Oeste do tempo dos «cow-boys» e caberia perfeitamente na Coleção FBI. Lá mais para a frente virá a riscar o título de um dos livros (Arizona, 70).
Isto repetir-se-á num dos meses seguintes na Coleção Pólvora com o título «A branca selvagem».
Enfim, julgamos que tudo se relacionava com a dificuldade suscitada pelo surgimento da IBIS e com o acordo desta com a Bruguera, envolvendo os autores mais conhecidos da literatura popular…


segunda-feira, 21 de abril de 2014

PAS296. Caminhada para uma vida nova

Fleming caminhava imerso em profundas reflexões.
- Senhor Fleming!
Circunvagou o olhar e viu Lyn Apppleton no alto da almofada de um dos seus carros.
- Bons dias, Lyn…
Só depois deu conta de que a tinha chamado pelo seu nome. Mas ela pareceu não dar importância.
- Quer subir?
John subiu e sentou-se a seu lado.
- Já estou informada do que sucedeu ontem à noite – disse a jovem, fustigando os cavalos. – Falei com o senhor Hudson e fiquei inteirada de que o senhor é uma pessoa importante…
Fleming não respondeu.

PAS295. A redenção do assassino

 Fleming começou a andar lentamente na direção do «cow-boy». Não podia admitir ainda que aquele jovem, merecedor do seu afeto durante as semanas de viagem, fosse o assassino que procurava há meses.
Frank viu-o e piscou-lhe um olho, sem deixar de tocar o instrumento. Marcava o ritmo da valsa, batendo com o pé esquerdo no sobrado de madeira.
Naquele momento, John Fleming desejou, do fundo da alma, ter-se equivocado outra vez.
Subitamente, Frank afastou a harmónica dos lábios e arrojou-se sobre Fleming ao mesmo tempo que gritava:
- Cuidado, John!
Soou um tiro por trás do detetive e este voltou-se dando ao gatilho.

domingo, 20 de abril de 2014

PAS294. Uma harmónica toca «Há uma rapariga bonita no Mississipi»

Goldstein chegou a roçar a culatra de uma das suas armas, mas ao ver o cano do revólver que lhe apontavam, cerrou os dentes e murmurou:
- Qual é o seu jogo, Fleming?
- Abaixo a máscara. Não lhe servirá nenhuma treta! Está colhido como um novilho.
- Vai assassinar-me a sangue-frio?
- Vou entrega-lo à justiça, cujos representantes se encarregarão de dar-lhe o que merece.
- A mim?
Os homens que estavam próximo haviam-se calado e o silêncio estendia-se a pouco e pouco pela sala. Alguns curiosos acercavam-se, para não perderem nenhum pormenor do acontecimento.
- Creio que não está bom da cabeça, Fleming –dizia o capataz.
- Vamos, dirija-se para a porta! – ordenou o «detetive».
Nathan soltou um grunhido, mas obedeceu e pôs-se a andar, passando por diante de John Fleming. Este seguiu-o, sem deixar de lhe apontar o «Colt».
Naquele instante, uma harmónica emitiu as notas alegres da valsa «Há uma rapariga bonita no Mississipi».
Fleming parou, franzindo a testa. Quando se voltou para inspecionar o interior da sala, puxaram-lhe pela manga. Era o cego.
- Oiça –disse-lhe – Esse homem que prendeu não é o assassino. Equivocou-se. Tem que acreditar. O ruído dos passos não coincide.
O «detetive» mexeu a cabeça e, para lá, numa mesa a umas três jardas, viu Frank Winters tocando harmónica. Um homem e uma mulher faziam-lhe companhia, ante uma garrafa de whisky e três copos. Frank sorria e os seus olhos tinham uma vivacidade extraordinária. A mulher mirava-o, deslumbrada.
(Coleção Búfalo, nº 12)

 

PAS293. A vida sacrificada dos filhos da planície

A Lua escondia-se atrás das nuvens, deixando às trevas o senhorio da Terra.
O gado dormia imerso em silêncio.
Enrolou um cigarro e, enquanto fumava, entreteve-se a recordar os acontecimentos desde que Teresa Jurado lhe surgira na sua vida. Até então, a sorte estivera do seu lado. A pista da harmónica levara-o, inexoravelmente, até aos homens que, de uma forma ou de outra, a tinham possuído. Aquela cadeia tinha um fim e perguntava a si mesmo se já estaria ante o último elo ou se teria de continuar ainda à procura dele. Inclinava-se para a primeira hipótese, visto que se devia ter em conta o factor tempo e, partindo do princípio de que os assassínios se cometeram um ano antes, era muito improvável que a harmónica houvesse saído das mãos do homem que a roubara.
Um ruído de passos interrompeu as suas cogitações.

sábado, 19 de abril de 2014

PAS292. Um perfume de Paris para o «cow-boy»

As reses caminhavam morosamente, levantando nuvens de pó quando as patas encontravam terra ressequida.
Os mugidos, o entrechocar dos cornos e o cheiro que flutuava na atmosfera marcavam a passagem da carne movediça para Noroeste.
Um jovem de uns vinte e cinco anos, de rosto simpático e de olhar impregnado de vivacidade, acercou-se de João.
- Novo, hem? – comentou em voz alta.
Era preciso gritar para que as palavras não se perdessem entre os ruídos produzidos pelo grande rebanho.
- Chamo-me Frank Winters – continuou. – Já sei que és Fleming. A senhorinha Appleton falou-me de ti, após a questão com o bando de Palmer…
- Muito prazer em conhecer-te, Frank…

REV001. Retorno ao número 12 da Búfalo

Uma passagem pelo COISAS levou-me à aquisição de mais algumas antiguidades. Uma das que o Xavier me arranjou é o número 12 da coleção Búfalo cujo título é "Sinfonia de morte". O livro é interessante e merece a extração de algumas passagens, para lá de uma referência.
Assim, ao que já publicámos, vamos juntar o texto seguinte:
 
«John Flemming é um detetiva da Pinkerton e foi procurado por uma jovem mexicana, Teresa Jurado, com o objetivo de o levar a descobrir as razões e o autor do assassinato do seu irmão em Abilene, oferecendo-lhe avultada quantia com esse objetivo.
Flemming aceita. No início das investigações conta com um cego que «assistiu» à cena do assassinato o qual lhe deu alguns pormenores. O assassino tocava harmónica e uma das músicas favoritas que costumava tocar era a valsa «Uma rapariga bonita espera por ti no Missouri», verdadeira sinfonia de morte.
Após um conjunto assinalável de peripécias, Flemming vem a acompanhar uma leva de gado para Abilene, cuja proprietária era uma jovem de incrível beleza. Entre aqueles vaqueiros, ele procurava encontrar o assassino do irmão de Teresa. Mal sabia que o vaqueiro de quem se viria a tornar grande amigo tinha um segredo terrível… que veio a partilhar no momento da morte.
Este livro de Keith Luger, sem ser excelente, tem muitos momentos de interesse e de elevada beleza, sendo um hino à vida dos cow-boys e à beleza que desfrutam enquanto esta decorre.»

sexta-feira, 18 de abril de 2014

PAS291. Idílio interrompido

Por entre os vidros da janela, Elisa Rawson viu aproximar-se um cavaleiro. Depois de o reconhecer, deu um toque nos cabelos e desceu a escada que levava ao vestíbulo. Embora os seus olhos estivessem circundados por traços ligeiramente violáceos e o rosto apresentasse sinais de fadiga, aquela mulher continuava extraordinariamente bela, pois toda a sua beleza quase era constituída pela majestade do seu porte.
- Sê bem-vindo, Dan! – saudou-o com um sorriso cordial. – Já principiava a duvidar qua ainda conhecesses o caminho para esta casa.
- Tenho andado muito atarefado e, por essa razão, foi-me totalmente impossível procurar-te há mais tempo. No entanto, não quis deixar que o tempo passasse sem que eu tivesse o prazer de te ver.
Dan Karpis apertou suavemente as mãos que a mulher lhe estendia.
- Continuas simplesmente deliciosa, Elisa…
- És muito amável, Dan.
- Como se encontra James?
- Felizmente, bem. Foi dar um passeio. Adivinhei que virias hoje e quis esperar-te… sozinha.
Entraram em casa com as mãos apertadas. Dan sentia-se feliz, por ela lhe ter permitido que continuasse a segurar-lhe as mãos.
- Não sabes quanto agradeço a tua visita, Dan… Têm acontecido certas coisas que me despedaçam os nervos… O desaparecimento de Eva… todas essas mortes absurdas e a deserção de toda a minha equipa de trabalhadores. O gado já não sai para o pasto há quase uma semana.
- Isso não pode ser… Quando regressar a casa, mandar-te-ei alguns homens do meu rancho para te fazerem o serviço até que recrutes mais pessoal.
- És muito amável, Dan… Algum dia, espero, te devolverei todos estes favores…
- Para isso, não tens mais que pronunciar uma palavra. Com ela ficarei suficientemente recompensado… Diz-me, Elisa, queres casar comigo? Não para o mês que vem, nem daqui a uma semana, mas hoje, agora mesmo. Cada dia que passa sinto que te amo mais e receio, de um momento para o outro, comportar-me ridiculamente… Que me respondes, Elisa?
A mulher sorriu como só ela o sabia fazer… tornou mais forte a pressão sobre a mão dele que apertava entre as suas. A verdade é que Elisa Rawson amava aquele homem e não o tinha desposado pelo simples facto de o filho não querer que ela voltasse a casar, pelo menos, enquanto a sua situação com Eva não estivesse devidamente concretizada.
- Que queres que te diga, se, na verdade, é isso mesmo que eu desejo. Claro que James…
- James é um homem para ter necessidade de andar atrás da mãe.
- Estamos agora metidos num pequeno problema, mas, quanto tudo estiver arrumado,…
- Poderemos casar?
- Sim… Eu já não sou jovem e sinto que te amo… quase desesperadamente.
- É assim que pessoas da nossa idade amam, a menos que não sejamos demasiado idosos.
Elisa estendeu o rosto, num desejo evidente de ser beijada. Os seus lábios, húmidos de prazer, entreabriram-se na sua direção. Dan Karpis não pôde furtar-se ao desejo de a beijar. E a sua boca colou-se àquela que se lhe oferecia com tal descaramento.
Durante vários instantes, estiveram assim, estreitamente unidos e sem desejos de se separarem, até que um sexto sentido os avisou de uma presença estranha. Ergueram a cabeça e viram, sob o umbral da porta, que haviam deixado aberta, a enorme figura de Manuel «Cuco» Olivares.
O mexicano não lhes permitiu reagir. Empunhou velozmente o revólver e descarregou sobre eles todo o conteúdo do tambor. Elisa Rawson e Dan Karpis não tiveram tempo de fazer o mais ligeiro movimento defensivo. Ainda abraçados, ainda com o sabor do seu primeiro e último beijo de amor, caíram no solo mortos.
Então, «Cuco», sem se poder conter, avanço para eles e cuspiu-lhes em cima.
- Porca! – exclamou. – Desavergonhada!
(Coleção Búfalo, nº 70)

PAS290. Um índio surdo-mudo falso

Quando Roy Gale e o comandante da Polícia Rural se dispunham a seguir na perseguição dos atacantes, surgiu na rua uma carreta índia, conduzida por um corpulento pele-vermelha, coberto por uma manta de cores garridas. Em silêncio, como que embaraçado pela infinita dor pela queda dos seus irmãos, pegou num dos cadáveres e colocou-o na carreta.
Roy  e Bill Trenan aproximaram-se.
- Escuta, índio – exclamou o jovem. – Conheces a que tribo pertencem estes homens?
O pele-vermelha levou a mão à boca e depois aos ouvidos, como se pretendesse explicar que era surdo-mudo. Em seguida, sempre com a cabeça inclinada, continuou a recolher os corpos. Porém, quando se preparava para pegar no segundo, Roy Gale gritou-lhe, como que avisado por sexto sentido:
- Tudo isto me parece muito estranho… Mostra-me o teu rosto…
Imediatamente o corpo sem vida que o homem carregava nos possantes braços voou ao encontro de Roy e de Trenan, que, sem contarem, se desequlibraram e ca´ram de costas. Quando conseguiram erguer-se, e empunhar as armas, já o estranho homem havia saltado sobre o cavalo que pertencera a um dos cada veres e fugia a toda a brida. Roy e o comandante da Polícia Rural empreenderam a perseguição.
(Coleção Búfalo, nº 70)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

HBD0029. O número 30 da Coleção Ciclone

Hoje, no Páginas de BD, vamos apresentar a digitalização do fascículo número 30 da Coleção Ciclone. Este é composto por duas histórias de Vance Flanagan, desenhadas por José de la Fuente, uma aventura de Davy Crockett, não assinada, e uma aventura de Simbad, esta com o objetivo de fornecer integralmente a revista.
Esta revista foi sujeita a alguns maus tratos, já que, naquele tempo, ter-me-á passado pela cabeça colorir algumas vinhetas. Mas mantém a sua graça...

Se preferirem encontram aqui uma versão para download.


 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

PAS289. Perfume diabólico

«Cuco» não conseguia despegar o olhar das belas formas do corpo de Elisa Rawson. Desde que entrara ao seu serviço, muito antes do marido falecer, «Cuco» deixara-se apaixonar pela patroa. A mulher conhecia os sentimentos do seu empregado e procurava tirar o melhor partido dessa circunstância.
- Temos de tentar uma vez mais – disse a mulher.
Manuel engoliu em seco e o seu olhar tornou-se mais descarado. Ela sorriu-lhe e o instinto animal do homem animou-o a pegar-lhe num braço. No entanto, qualquer coisa na sua mente não lhe permitiu satisfazer aquele desejo.
- Estou completamente à sua disposição, Elisa…
- Vamos para o alpendre. Ali, poderemos falar mais à vontade. Não tenho interesse em que James ou Eva surpreendam a nossa conversa.
Enquanto seguia a mulher, os olhos de «Cuco» brilhavam intensamente e os seus lábios entreabriam-se de desejo.
- Você está divinal esta manhã, Elisa.
- Somente esta manhã?
O homem não pôde suportar por mais tempo a paixão que o dominava. Ergueu os braços, desejoso de acariciar aquele belo e sensual rosto. Ela, porém, afastou-o com suavidade, mas continuou a sorrir-lhe provocadoramente.

PAS288. Simplesmente Eva

Ao cabo de alguns minutos, a rapariga, já completamente estabelecida da emoção causada pelo tiroteio, envolveu o jovem num olhar brilhante de admiração:
- Permita-me que lhe agradeça o que fez por mim, senhor Gale – disse. – Não sei o que aconteceria sem a sua pronta intervenção.
- Por vezes, os pistoleiros encontram estas oportunidades!
- Não me parece que esteja contente com o seu ofício… Porque o não deixa e se dedica a outro qualquer, menos arriscado?
 - Sempre gostei deste modo de vida… embora, com uma pontinha de paroxismo, eu agora principie a lamentar não o ter feito já.
- Por que razão?
- Você é a única razão, Eva… Quer que lhe diga uma coisa?
- Fale… - animou-o a rapariga. – Não tenha receio de falar.
Roy Gale encostou a cabeça no estofo, mais para perto do rosto da rapariga e, num fio de voz, murmurou:
- Sabe que… Bem, eu quero dizer que me parece que estou a ficar enamorado por você.

terça-feira, 15 de abril de 2014

HBD0028. Jerry Spring em «O segredo da mina abandonada»



Hoje, no Páginas de BD, vamos proceder à apresentação da digitalização da aventura de Jerry Spring «O segredo da mina abandonada», de acordo como ela foi publicada na Cavaleiro Andante, nos fascículos 210 a 252, em 1954. Atendendo à sua extensão, procedemos à sua divisão em quatro passagens, as quais no seu conjunto correspondem à publicação integral:
- Jerry e Pancho: o encontro
- A sobrinha de Pancho trata Jerry
- A descoberta do segredo da mina
- Um nobre animal procura o seu dono

HBD0027. Aventuras de Jerry Spring publicadas em Portugal

Tendo por fonte a Bedeteca Portugal, eis as aventuras de Jerry Spring publicadas em Portugal:
 
O segredo da mina abandonada (Golden Creek, le secret de la mine abandonnée), 1954, Jijé, Cavaleiro Andante #210 a #252
O mistério do rancho grande (Le splendide cavalier [Yucca Ranch]), 1954, Jijé e Rosy, Cavaleiro Andante #254 a #298
Lua de prata (Le visage pâle [Lune d'argent]), 1955, Jijé, Cavaleiro Andante #300 a #339; Mundo de Aventuras (2ª fase) #325 a #326
Tráfico de armas/Uma aventura no México (La révolution méxicaine [Trafic d'armes]), 1955, Jijé, Mundo de Aventuras (2ª fase) #54 a #55 e #70 a #71
A passagem dos índios (La passe des Indiens), 1955, Jijé, Mundo de Aventuras (2ª fase) #191 a #192
O desfiladeiro da morte (La piste du grand nord), 1956, Jijé, Cavaleiro Andante #340 a #378
A herdeira do rancho (Le ranch de la malchance), 1956, Jijé, Cavaleiro Andante #384 a #397 Inquérito arriscado (Enquête à San Juan), 1957, Jijé, Cavaleiro Andante #398 a #417
O testamento do velho Tom (Le testament de l'oncle Tom), 1957, Jijé, Cavaleiro Andante #419 a #427
Forte Red Stone (Fort Red Stone), 1958, Jijé e P. Gillain, Mundo de Aventuras (2ª fase) #114 a #115
O rei da serra (Le maître de la sierra), 1960, Jijé e P. Gillain, Zorro #54 a #69
O mistério do saco vazio (?), ?, Jijé, Nº Especial Cavaleiro Andante #Natal 1960
El Zopilote (El Zopilote), 1962, Jijé, Álbum Edições 70 [1983]
Pancho «fora-da-lei»/Pancho em apuros (Pancho hors la loi), 1963, Jijé, Mundo de Aventuras (2ª fase) #165 a #166; Álbum Edições 70 [1983]
Os broncos de Montana (Les broncos du Montana), 1963, Jijé, Spirou (1ª série) #1 a #22; Álbum Edições 70 [1984]
Meu amigo Red (Mon ami Red Lover), 1964, Jijé, Mundo de Aventuras (2ª fase) #137; Álbum Edições 70 [1984]*
O lobo solitário (Le loup solitaire), 1964, Jijé, Mundo de Aventuras (2ª fase) #93; Álbum Edições 70 [1984]*
Os vingadores do Sonora (Les vengeurs du Sonora), 1965, Jijé, Mundo de Aventuras (2ª fase) #466 a #467
Jerry contra KKK (Jerry Spring contre K.K.K.), 1966, Jijé e Lob, Mundo de Aventuras (2ª fase) #235
O duelo (Le duel), 1966, Jijé e Lob, Mundo de Aventuras (2ª fase) #257
A rapariga do canyon (La fille du canyon),1976, Jijé e P. Gillain, Spirou (2ª série) #1 a #23; Jornal da BD #67

HBD0026. Joseph Gillain (Jijé)

Desde muito novo, Jijé tem lições de desenho junto do escultor Alex Daoust, frequentando até entrar no jornal Le Croisé em 1935 várias escolas de Artes. Em 1939, cria a série Blondin & Cirage para o magazine Petits Belges. Nesse mesmo ano, Jijé entra na revista Spirou. Em 1940, as fronteiras entre a Bélgica e a França encerram e impedem Rob-Vel de continuar a sua criação Spirou, encarregando-se Jijé de continuar a série. Em 1941, concebe a série Valhardi. Entre 1948 e 1950, desenha a biografia do fundador do escutismo, Baden-Powell.
Em 1954, surge um dos melhores westerns da BD, Jerry Spring, desenhando vinte e cinco episódios até 1977, contando com vários argumentistas (Rosy, Goscinny, Dubois, Philippe Gillain). Em 1966, sucede a Albert Uderzo na execução gráfica de Tanguy & Laverdure,com argumento de Jean-Michel Charlier. Em 1979, com argumento do seu filho mais novo, Laurent Gillain, e Charlier, desenha dois episódios de Barba Ruiva (de Victor Hubinon). Faleceu em 1980, tendo o município de Gedinne dado o seu nome a uma das suas praças e em 2003 abriu em Bruxelas o museu Jijé.
 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

PAS287. De como o «cow-boy» com agilidade felina salvou a menina do malvado

Roy desceu da diligência, dirigindo-se ao posto de abastecimento. Ao entrar, afastou-se um pouco para o lado, deixando passar três mexicanos que lhe lançaram um olhar rápido e distraído. Ao chegar junto ao balcão, chamou o empregado e pediu-lhe:
- Dê-me, por favor, duas chávenas de chá numa bandeja, para levar para a diligência.
De súbito, aos seus ouvidos chegaram fortes gargalhadas, vindas do exterior, logo seguidas de um grito de mulher. Em dois saltos, Roy aproximou-se da porta, observando o que se passava. Sentiu o sangue ferver-lhe nas veias e uma terrível pressão no peito, cortando-lhe a respiração.
Um dos mexicanos, rindo estrepitosamente, obrigou Eva a descer do veículo, enquanto outro continha Dan Karpis em respeito, apontando-lhe um revólver. O terceiro visava, com a sua arma, os restantes passageiros.
- Não se assustem, senhores! – ouviu Roy Gale dizer a um deles. – Não se trata de qualquer maldade… Gosto desta rapariga e quero roubar-lhe um beijo, nada mais. Como veem, é pouca coisa.
O homem alongou o braço e procurou arrastar a jovem para fora. Ela quis retroceder, mas não tinha forças suficientes para lhe fugir.

BUF070. Um demónio no coração


(Coleção Búfalo, nº 70)
 
 
 
Este livro de A.G.Murphy promete muito, mas fica muito longe de outros que já referenciámos. Primeiro, é a confusão no grau de parentesco ou ausência dele entre Eva e James: inicialmente, tratava-o por irmão, depois era noiva; claro que isto era possível dado que James era filho da madrasta de Eva, mas gera confusão já que o texto não deixava prever esta «evolução». Depois, é a facilidade com que o autor põe pessoas que fazem parte da melhor sociedade de Austin, um dos quais ex-candidato a governador, na pele de gente que, às claras, comete ou manda cometer os maiores crimes e continua a ser aceite na elite da sociedade.
Tirando esses pormenores, a história é engraçada e lê-se bem até ao fim. O governador do Texas foi assassinado e o seu sucessor faz-se proteger por um irmão que é capitão na polícia rural e dispara bem que se farta, sem revelar o seu grau de parentesco. Roy, irmão do governador, tem uma entrada teatral na diligência que o conduzirá a Austin e aí trava conhecimento com Eva, ficando apaixonados, depois de dar uma lição a uns mexicanos que procuravam abusar da rapariga.
Na chegada a Austin começa a desenhar-se o conflito entre Roy e o noivo de Eva que, naturalmente, não gostou nada de os ver a arrulhar. A mãe deste, madrasta de Eva, vem a revelar-se como alguém que tem o demónio no coração e entre os seus trabalhadores conta com o mexicano Manuel «Cuco», apaixonado por ela, a quem incube das maiores patifarias. «Cuco» obedece-lhe docilmente, na esperança de ela lhe corresponder e, por outro lado, está ligado a uma personagem na origem do assassinato do governador.
Assim, na sua atuação, Roy consegue o «dois em um»: afasta o pseudo noivo da rapariga e a malvada  mãe deste e neutraliza a quadrilha que procura influir na nomeação do governador com o objetivo de levar este a ter determinada política.